Queijo é remoso? Confira agora seus efeitos na cicatrização

Assim que passamos por um processo cirúrgico ou outro que envolva um processo de cicatrização, as orientações com relação à alimentação são sempre mais rigorosas. Afinal, o organismo precisa estar preparado para se recuperar rapidamente. Neste caso, será que o queijo é remoso?

O termo “remoso” é comumente usado para descrever alimentos que não devem ser consumidos em períodos de convalescência.

Entre esses alimentos, o queijo é frequentemente citado, mas será que essa fama tem fundamento?

Neste artigo do SaúdeLAB, exploraremos as relações entre o queijo, a cicatrização e a saúde, desmistificando crenças e destacando práticas baseadas em evidências científicas.

O que são alimentos remosos?

O conceito de alimentos remosos vem de crenças populares, referindo-se àqueles que poderiam causar inflamação ou prejudicar a cicatrização. Historicamente, essa classificação inclui alimentos ricos em gorduras, laticínios, e certos tipos de carne.

Entretanto, essa classificação não é baseada em critérios científicos estritos, mas sim em tradições e observações empíricas ao longo dos anos. Mas, mesmo que sejam apenas baseados em observações, é muito importante sim estarmos atentos à alimentação nesta fase de recuperação.

Afinal, este é um momento que seu corpo está fragilizado, e escolher uma alimentação adequada vai fazer toda diferença no seus processo de recuperação.  Inclusive, existem vários estudos científicos que comprovam que a alimentação interfere na cicatrização.

Quais são as características dos alimentos remosos?

Existe um grupo de características que podem dizer se um alimento é remoso mesmo ou não. Portanto, confira agora as principais razões para um alimento ser considerado remoso.

Inflamatórios

Neste grupo estão os alimentos que são considerados capazes de promover inflamação no corpo, o que pode atrasar a cicatrização de feridas ou agravar condições inflamatórias existentes.

Ricos em gordura

Alimentos com altos níveis de gorduras saturadas e trans são frequentemente classificados como remosos, pois podem contribuir para o aumento dos níveis de inflamação no corpo.

Alérgenos potenciais

Alimentos que comumente causam reações alérgicas ou sensibilidades, como laticínios, frutos do mar e certos tipos de nozes, são às vezes considerados remosos.

Difíceis de digerir

Alimentos que são pesados ou difíceis de digerir podem ser vistos como remosos, pois acredita-se que sobrecarregam o sistema digestivo e, por extensão, afetam a cicatrização.

Queijo é remoso mesmo, ou não?

O queijo é um produto lácteo derivado do leite, conhecido pela sua rica composição nutricional, incluindo proteínas, cálcio e vitaminas. Inclusive, existem diversos tipos de queijo, variando em textura, sabor e processos de maturação.

Alguns, como os queijos frescos, têm alto teor de umidade e são mais suaves, enquanto queijos maturados são mais secos e intensos. A variedade de queijos traz diferentes contextos para a discussão sobre serem ou não remosos.

A realidade é que a resposta depende de vários fatores, incluindo o tipo de queijo, a quantidade consumida, e a saúde individual da pessoa. Por exemplo:

Queijos frescos, com alto teor de água e menos gordura, tendem a ser menos problemáticos. Já queijos maturados e ricos em gordura podem ser mais difíceis de digerir, o que, em teoria, poderia interferir na cicatrização se consumidos em excesso.

Portanto, quanto mais branco e fresco, menos remoso é o queijo.

Outro ponto a se considerar é a condição individual. Por exemplo, pessoas com sensibilidade à lactose, alergia às proteínas do leite ou problemas digestivos podem experimentar mais inflamação e, portanto, uma cicatrização mais lenta ao consumir queijo. Então, para essas pessoas, o queijo pode ser considerado “remoso”.

A quantidade de queijo consumida também faz diferença, pois o consumo moderado de queijo, dentro de uma dieta equilibrada, é improvável que tenha um impacto negativo significativo na cicatrização de uma pessoa média.

No entanto, o consumo excessivo de alimentos ricos em gorduras saturadas, incluindo alguns tipos de queijo, pode contribuir para um estado inflamatório no corpo, potencialmente afetando a cicatrização.

Recomendações e dicas práticas

Para quem está passando por um processo de cicatrização, seja de feridas ou tatuagens, recomenda-se manter uma dieta equilibrada e hidratação adequada.

Deste modo, incluir uma variedade de alimentos ricos em vitaminas e minerais pode auxiliar na recuperação. Neste contexto, o queijo, em moderação, pode fazer parte dessa dieta, especialmente se forem escolhidas versões mais leves e menos gordurosas.

Quais alimentos são considerados remosos?

Veja agora os principais exemplos que alimentos que podem ser considerados remosos:

  • Laticínios: Especialmente queijos gordurosos, leite integral e produtos de leite fermentado.
  • Carnes Vermelhas: Carnes processadas e cortes gordurosos de carne são muitas vezes classificados como remosos.
  • Frutos do Mar: Particularmente tipos específicos como camarão e caranguejo, em algumas tradições.
  • Alimentos Processados e Fritos: Devido ao alto teor de gordura e aditivos.

Veja agora quais alimentos são considerados não remosos

  • Carnes magras como frango e cortes magros de carne vermelha (patinho, maminha);
  • Leguminosas como feijão, lentilha, ervilha e grão-de-bico;
  • Nozes e castanhas;
  • Sementes como linhaça, girassol, abóbora e chia;
  • Vegetais e verduras como couve, brócolis, agrião, espinafre e rúcula;
  • Frutas vermelhas como amora, framboesa, mirtilo e morango;
  • Frutas e vegetais roxos como beterraba, berinjela, repolho-roxo, açaí, uva e cereja;
  • Fígado e ovos​​.

Esses alimentos são recomendados porque são ricos em nutrientes que podem ajudar no processo de cicatrização, como proteínas, vitaminas, minerais e antioxidantes, que são importantes para a reparação dos tecidos e a redução de inflamação.

Portanto, embora o conceito de alimentos remosos seja parte da sabedoria popular em muitas regiões, é importante abordá-lo com uma visão crítica e considerar as evidências científicas disponíveis, bem como as particularidades do organismo de cada pessoa.

Se houver preocupações específicas sobre a dieta e a cicatrização, consultar um médico ou nutricionista pode fornecer orientações baseadas em conhecimento atualizado e adaptadas às necessidades individuais.

Por fim, leia mais:

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