Redução de obesidade: pesquisa da UFMG mostra impactos relevantes na população de Belo Horizonte (MG)

Veja o que pode diminuir riscos de sobrepeso em 36% da população belorizontina

A saúde cardiometabólica e a redução da obesidade estão intimamente ligadas ao modo de viver. É o que mostra a tese de doutarado defendida na Pós-graduação em Saúde Pública da UFMG, por Luciene de Almeida. Confira os detalhes aqui no Site do SaúdeLAB.

Nesse Dia Mundial da Obesidade, essas são reflexões importantes para a pauta dos órgãos governamentais e a pesquisa corrobora para isso. Entenda como viver mais próximo da natureza pode refletir positivamente na qualidade de vida e reduzir a obesidade.

Fatores de risco do bairro e a redução de obesidade

Moradores em bairros que possuem mais áreas próximas a natureza e que são mais arborizadas se mostram mais saudáveis. Foi a conclusão que chegou a pesquisadora após análises dos dados coletados via satélite RapidEye, cedidas pelo Ministério do Meio Ambiente.

A relação da obesidade com ambientes de área verde, facilita a prática de atividade física diária, melhora a qualidade de vida e consequentemente reduz o estresse. Por outro lado, locais que possuem poucas árvores, por exemplo, pioram a qualidade do ar, aumentam a temperatura e podem causar desânimo para atividades como caminhadas e outros exercícios físicos.

Segundo a autora da tese, “não adianta aconselharmos as pessoas a serem fisicamente ativas se elas não moram em um lugar que tenha estruturas que favoreçam a prática de atividade física. Focarmos em abordagens individuais é importante, mas não é suficiente para promovermos a saúde em nível populacional”, conclui.

Nesse sentido, quanto mais as pessoas têm acesso aos locais com essas características, menos chances tem para a obesidade e outras doenças metabólicas.

Dados relevantes para o controle do peso e redução da obesidade

Outros dados estatísticos que se mostram relevantes na pesquisa, revelam um percentual menor em 38% para gordura abdominal e 25% em ter nos valores baixos de colesterol HDL, o que melhora a qualidade de vida dos mineiros que vivem em Belo Horizonte.

Tais indicadores são imprescindíveis na redução da obesidade e risco para doenças cardiovasculares como diabetes, hipertensão e hipercolesterolemia.

Gordura no fígado é preocupante, alerta especialista

O cirurgião Dr. Ronaldo Andrade, especialista em transplante de órgão abdominais afirma que o excesso de peso e o acúmulo de gordura na barriga é um fator de risco grave para a saúde.  “O problema passa a acontecer quando as células de gordura começam a crescer e aparecem em locais onde não deveriam estar, como é o caso do fígado”, enfatiza o médico.

Para o cirurgião, a esteatose hepática é uma das doenças que geram preocupações. Ele afirma – “quando menos de 33% das células do fígado estão afetadas, chamamos de grau 1. No caso de 33% a 66%, podemos classificar como grau 2. Por fim, se mais de 66% das células foram atingidas, a doença é de grau 3”. Como consequência, o sobrepeso pode chegar a demandar transplante de fígado, por falência do órgão.

Por isso, sua recomendação é prevenir com alimentação saudável, fazer exercícios regulares e manter controle médico periódico. “Apesar da obesidade ser um dos principais fatores de risco, é possível reverter a situação através dos cuidados necessários”, concluiu o alerta à população.

Dia mundial da obesidade 2022

A data do Dia Mundial da Obesidade, 11 de outubro, é uma oportunidade de conscientização para a gravidade do problema de saúde. Vez que a obesidade é considerada uma doença crônica e preocupa as autoridades de saúde pelo número expressivo que aumenta a cada dia, tanto em adultos quanto em crianças.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) em parceria com outros órgãos no Brasil e exterior, fazem campanhas para a redução da obesidade e dos riscos graves relacionados ao não tratamento adequado ao longo da vida. Haja vista que tais riscos comprometem a qualidade de vida e bem-estar das pessoas.

A Sociedade de Endocrinologia e Metabologia deixa a seguinte mensagem: “quando a gordura se instala entre os órgãos do abdômen e provoca aumento no tamanho da barriga, é perigosa e precisa ser combatida; as crianças devem fazer uma hora de atividade física, de moderada a intensa, todos os dias; o consumo de alimentos ultra processados, ricos em gordura e açúcar, não deve fazer parte da rotina alimentar.”

Fonte: Universidade Federal de Minas Gerais

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