Neuroglúten: saiba mais sobre o glúten e as doenças neurológicas

Uma série de pesquisas recentes demonstraram que o glúten, uma proteína presente no trigo, pode causar graves danos à saúde de alguns indivíduos. Hoje, no Saúdelab, vamos trazer o resultado de publicações de que demonstraram a relação do glúten com doenças neurológicas, o chamado Neuroglúten.

O glúten, onipresente em nossa dieta, pode estar por trás de muitos distúrbios neurológicos: de enxaquecas a autismo, Parkinson a depressão. Acompanhe no texto para saber mais sobre o que essas pesquisas tem falado do tão temido glúten.

Neuroglúten
O neuroglúten pode estar relacionado com várias doenças neurológicas. Foto: Freepik.

O que é Neuroglúten?

O termo Neuroglúten não é novo, a palavra foi descrita, a primeira vem, em 2011 em um artigo publicado pelo Serviço de Neurologia  de Astúrias, na Espanha. Neste estudo, mais de 90 estudos foram analisados considerando os efeitos relacionados ao glúten no organismo.

Porém, a ideia que de que glúten poderia ser danoso ao sistema nervoso foi descrito, pela primeira vez, em 1966, na Revista Brain, em um artigo com o título “Neurologic Disorders Associated With Adult Celiac Disease”. Nesta análise, foram descritos 16 pacientes com alterações neurológicas importes, sendo que em 10 casos, foram relatados neuropatia severa. Além disso, todos tiveram ataxia.

O consumo de alimentos com glúten se multiplicou exponencialmente nas últimas décadas.  A proteína está presente em todos os lugares na forma de pães, pizzas, massas e bolos, principalmente. Podemos encontrá-lo entre os ingredientes de uma grande variedade de produtos, ou também na forma de vestígios, devido à contaminação cruzada.

Ao mesmo tempo, o número de pessoas com diagnóstico de doença celíaca ou intolerância ao glúten aumenta a cada dia. A tudo isso se soma ainda o desconhecimento da comunidade médica sobre os sintomas da doença e como detectá-la a tempo.

É por isso que algumas pesquisas vem estudando como o glúten sozinho é capaz de inflamar e lesar algumas áreas do nosso cérebro dando origem ao aparecimento de várias doenças neurológicas.

O que apontou as pesquisas?

Neuroglúten e epilepsia

Um artigo publicado no Journal of Neurology em julho de 2019 avaliou a sensibilidade de pessoas com epilepsia e glúten. Não há nada confirmado pelos pesquisadores, mas eles indicam restringir a ingestão de alimentos que contenham esse nutriente em pacientes com epilepsia.

Esclerose múltipla e consumo de glúten

Já outro artigo publicado na revista Multiple Sclerosis and Related Disorders em janeiro de 2019 traz informações sobre a esclerose múltipla e a relação no consumo de glúten. Mas estudos mais complexos são necessários para confirmar a relação.

Dessa forma, o Neuroglúten implica que o glúten inflama e causa lesões, levando a diferentes doenças neurológicas. Mas ainda são necessários mais estudos para aprofundar o caso.

O que é uma dieta sem glúten?

Uma dieta sem glúten consiste em eliminar estritamente as proteínas do glúten. Este tipo de dieta geralmente é usado para controlar os sintomas da doença celíaca, sensibilidade ao glúten e condições como ataxia ao glúten e alergia ao trigo.

No entanto, esse tipo de dieta é popular entre as pessoas que não sofrem de nenhuma dessas condições, partindo do pressuposto de que, ao eliminar o glúten de sua dieta, elas notaram melhorias em sua saúde e conseguiram perder peso.

Claro que pessoas com distúrbios intestinais ou doenças autoimunes certamente se beneficiarão de uma abordagem 100% sem glúten, mas sempre baseada em comida de verdade.

Mas para qualquer restrição alimentar é importante procurar um nutricionista para sugerir um cardápio de que acordo com a seu metabolismo e também marcar uma avaliação com um médico.

 

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