Sintomas da síndrome de Guillain-Barré: como identificar e buscar ajuda

A síndrome de Guillain-Barré é uma doença autoimune rara, onde o sistema imunológico do corpo ataca erroneamente os nervos, afetando a comunicação entre o cérebro e as outras partes do corpo.

Quais os sintomas da síndrome de Guillain-Barré? Nos últimos tempos essa doença tem gerado grande preocupação. A Índia, por exemplo, teve aumento expressivo no número de casos da doença. Desde o início do ano, mais de 160 pessoas foram diagnosticadas, e algumas mortes suspeitas também foram registradas.

Esse surto alarmante, chama a atenção para uma questão de saúde pública global, já que a síndrome de Guillain-Barré não afeta apenas a Índia.

A partir de 2015, o Brasil registrou um aumento de casos, especialmente após a propagação dos vírus Zika e Chikungunya.

Outros países, como o Peru, também enfrentaram surtos relacionados a infecções virais e bacterianas nos últimos anos.

Mas o que são exatamente os sintomas da síndrome de Guillain-Barré? Como ela é tratada? E o que você precisa saber sobre essa condição rara e potencialmente grave?

A seguir, tudo o que você precisa entender sobre essa doença.

O que é a síndrome de Guillain-Barré

A síndrome de Guillain-Barré é uma doença autoimune rara, onde o sistema imunológico do corpo ataca erroneamente os nervos, afetando a comunicação entre o cérebro e as outras partes do corpo.

Neste ataque, entre os sintomas de síndrome de Guillain-Barré, a fraqueza muscular – que pode evoluir para paralisia – é um dos mais comuns.

Em sua maioria, essa condição é desencadeada por uma infecção anterior, como uma gripe, uma infecção intestinal ou até mesmo uma infecção por Campylobacter, uma bactéria frequentemente associada a infecções alimentares.

Essa bactéria é uma das principais responsáveis pelo aumento de casos de síndrome de Guillain-Barré observados em diferentes regiões.

A doença tem uma incidência rara, afetando cerca de 1 a 4 pessoas a cada 100.000 habitantes, com picos entre as faixas etárias de 20 a 40 anos.

Como identificar os sintomas da síndrome de Guillain-Barré?

De acordo com o Ministério da Saúde, os sintomas da síndrome de Guillain-Barré geralmente começam de maneira gradual, com os pacientes notando uma sensação de dormência ou formigamento nas extremidades, como os pés e as mãos.

A dor, em particular nas costas ou nas pernas, também pode ocorrer em cerca de metade dos casos.

O principal sintoma observado na síndrome é a fraqueza muscular progressiva, que começa pelos membros inferiores e pode subir até afetar os braços, o tronco e até a face.

Dependendo da gravidade, a fraqueza pode evoluir para paralisia total dos membros.

Em casos extremos, quando os músculos respiratórios são afetados, a doença pode se tornar fatal se não for tratada a tempo.

Além da fraqueza muscular, outros sintomas da síndrome de Guillain-Barré podem incluir:

  • Sensação de formigamento ou queimação nos braços e pernas;
  • Dor lombar ou nas pernas;
  • Fraqueza muscular que pode afetar diferentes partes do corpo, inclusive a face;
  • Dificuldades respiratórias, caso os músculos responsáveis pela respiração sejam afetados;
  • Alterações na coordenação muscular e reflexos diminuídos ou ausentes;
  • Sonolência ou confusão mental;
  • Crises de epilepsia, em casos mais graves.

Por conta da natureza da doença, é importante que qualquer um dos sintomas mencionados seja acompanhado de perto, e o paciente busque atendimento médico com urgência.

Causas e fatores associados ao desenvolvimento da doença

A síndrome de Guillain-Barré pode ser desencadeada por uma série de infecções.

A principal causa da síndrome de Guillain-Barré é uma bactéria chamada Campylobacter jejuni, que costuma provocar infecções intestinais e é passada por alimentos contaminados.

Além disso, alguns vírus, como os da dengue, chikungunya e zika, também podem causar a doença.

Por exemplo, surtos causados por infecções virais como o zika, principalmente em 2016, trouxeram à tona a relação entre a síndrome de Guillain-Barré e as infecções transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti.

A associação entre essas infecções e a síndrome foi observada em vários países, como Brasil e Peru, onde os casos de Guillain-Barré aumentaram durante os surtos dessas doenças.

Além disso, outras infecções bacterianas e virais, como o vírus Epstein-Barr, o HIV, a hepatite, e até o vírus da gripe, também estão entre os fatores associados ao desenvolvimento da síndrome.

Diagnóstico: como confirmar a doença?

O diagnóstico da síndrome é feito com base em uma série de testes clínicos.

O principal exame para confirmar a doença é a análise do líquido que circula ao redor da medula espinhal (líquor), coletado com uma agulha nas costas.

Além disso, testes nos nervos podem ser feitos para verificar se há danos no sistema nervoso.

Dada a gravidade da síndrome, é fundamental que o diagnóstico seja realizado de maneira precoce.

A doença pode progredir rapidamente, e o tratamento adequado é essencial para evitar complicações, como a paralisia respiratória.

Tratamento da síndrome de Guillain-Barré

Embora a síndrome de Guillain-Barré seja uma doença rara, o tratamento é muito eficaz quando iniciado logo no início.

No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece diversos recursos para tratar a doença, incluindo medicamentos como a imunoglobulina intravenosa (IgIV) e a plasmaférese.

Esse procedimento ajuda a remover os anticorpos que atacam os nervos do paciente.

Além disso, a reabilitação clínica também é uma parte importante do tratamento, com fisioterapia, acompanhamento fonoaudiológico e psicológico.

Tais serviços ajudam na recuperação e na adaptação do paciente aos efeitos da doença.

Em muitos casos, a síndrome pode ser tratada com sucesso, e os pacientes podem se recuperar completamente com o tempo, mas é importante destacar que a evolução pode variar, e o acompanhamento contínuo é essencial.

Prevenção: como evitar o contágio?

Muito embora não seja possível evitar todas as infecções que podem levar à síndrome de Guillain-Barré, é importante adotar medidas preventivas para reduzir os riscos.

Algumas dessas medidas incluem:

  • Cuidados com a higiene alimentar, garantindo o consumo de alimentos bem cozidos.
  • Evitar a exposição a ambientes com surtos de doenças transmitidas por mosquitos, como a dengue e o zika.
  • Manter-se atualizado com vacinas, especialmente em regiões onde surtos de doenças virais, como o vírus da gripe e a hepatite, são comuns.

Sintomas da síndrome de Guillain-Barré: famoso diagnosticado

Em 2024, o ator Reynaldo Gianecchini compartilhou publicamente que foi diagnosticado com a síndrome de Guillain-Barré.

Em uma entrevista ao podcast PodDelas, ele relatou como a condição impactou sua mobilidade, afetando parte de seus movimentos.

O depoimento do ator trouxe ainda mais visibilidade para a gravidade dessa doença, mostrando que ela pode atingir qualquer pessoa, independentemente de sua fama ou estilo de vida.

A importância do diagnóstico precoce

Em resumo, os sintomas da síndrome de Guillain-Barré podem ser graves e evoluir rapidamente, tornando o diagnóstico precoce e o tratamento urgente de extrema importância.

Apesar da doença ser rara, os surtos em várias partes do mundo mostram como é fundamental que a população esteja informada sobre os sinais de alerta.

Se você ou alguém próximo apresentar sintomas como fraqueza muscular, dormência ou dificuldades respiratórias, procure um médico o quanto antes para avaliação e tratamento adequados.

A síndrome de Guillain-Barré, embora rara, é uma condição tratável, especialmente quando detectada em suas fases iniciais.

A atenção à saúde e o acesso rápido a cuidados médicos são essenciais para evitar complicações graves e garantir uma recuperação plena.

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Enf. Raquel Souza de Faria
Enf. Raquel Souza de Faria

Sou Raquel Souza de Faria, Enfermeira (COREN – MG 212.681) Especialista em Docência do Ensino Superior, Consultora de Enfermagem em Núcleo de Segurança do Paciente, Gestora de Serviços de Atenção Básica/Saúde da Família. Empresária e Empreendedora, amante da Fitoterapia e das Terapias Holísticas, oferecendo bem-estar e prevenção de doenças como Auriculoterapêuta e Esteticista.
E-mail: raqueldefaria68@gmail.com

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