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Unhas fortes e cabelos fracos: o que isso revela sobre sua saúde?
Você já se pegou olhando para as unhas fortes e bem cuidadas, mas percebeu que os cabelos estão cada vez mais fracos, quebradiços ou até caindo mais do que o normal?
Essa situação, embora pareça curiosa ou até contraditória, é mais comum do que se imagina e pode levantar dúvidas sobre o que está acontecendo no seu organismo.
Ter unhas saudáveis ao mesmo tempo em que os cabelos mostram sinais de fragilidade pode indicar desequilíbrios sutis no corpo, que muitas vezes passam despercebidos.
Nem sempre é algo grave, mas entender essa diferença pode ajudar a identificar carências nutricionais, efeitos do estresse ou hábitos que precisam de atenção.
aqui, no SaúdeLAB, vamos explicar por que isso acontece, quais são as causas mais prováveis para esse contraste entre unhas e cabelos, e o que pode ser feito de forma prática e segura para melhorar a saúde capilar.
É comum ter unhas fortes e cabelos fracos?
Sim, é perfeitamente possível — e até frequente — que uma pessoa tenha unhas aparentemente saudáveis e resistentes, enquanto os cabelos demonstram sinais de fraqueza, quebra ou queda excessiva.
Isso acontece porque, apesar de ambos serem formados por queratina (uma proteína fibrosa que compõe estruturas como cabelos, unhas e pele), os fatores que afetam seu crescimento e qualidade são diferentes.
As unhas costumam reagir mais rapidamente a mudanças nutricionais ou ao uso de suplementos, como a biotina, por exemplo.
Já os cabelos dependem de uma rede mais complexa de influências, incluindo o bom funcionamento do sistema hormonal, a circulação sanguínea no couro cabeludo, o nível de estresse e a presença (ou ausência) de diversos micronutrientes.
Além disso, o ciclo de crescimento capilar é mais lento e sensível, o que faz com que qualquer desequilíbrio — mesmo discreto — possa afetar a saúde dos fios de maneira mais evidente do que nas unhas.
Por isso, o contraste entre unhas fortes e cabelos fracos nem sempre é um sinal de que tudo está bem, mas sim um convite para olhar mais de perto para o que o corpo está tentando sinalizar.
📌 Leitura Recomendada: 8 tipos de doenças das unhas: o que elas podem estar tentando te dizer sobre sua saúde
O que pode causar cabelos fracos mesmo com unhas saudáveis?
Diversos fatores podem estar por trás dessa diferença, desde desequilíbrios nutricionais até alterações hormonais ou práticas que danificam os fios ao longo do tempo. Entenda as principais causas a seguir:
Suplementação incompleta ou mal direcionada
Muitas pessoas recorrem a suplementos para fortalecer unhas e cabelos, mas nem sempre os nutrientes escolhidos atendem às necessidades específicas dos fios.
Por exemplo, a biotina (vitamina B7) pode melhorar a resistência das unhas rapidamente, mas o crescimento saudável dos cabelos geralmente exige um conjunto mais amplo de nutrientes, como:
- Ferro
- Zinco
- Proteínas (em especial, aminoácidos sulfurados como cisteína e metionina)
- Vitaminas do complexo B
- Vitamina D
Além disso, é importante lembrar que o efeito dos suplementos nos cabelos tende a ser mais lento e gradual do que nas unhas, exigindo tempo, regularidade e orientação adequada para surtir efeito.
Estresse crônico ou alterações hormonais
O estresse contínuo, especialmente quando não é reconhecido ou controlado, pode ter um impacto direto na saúde capilar.
Isso acontece porque o excesso de cortisol, o chamado “hormônio do estresse”, afeta o ciclo de crescimento dos fios, favorecendo a queda ou o enfraquecimento.
Além disso, mudanças hormonais naturais, como as que ocorrem no pós-parto, na menopausa ou em distúrbios da tireoide, também podem enfraquecer os cabelos — mesmo que as unhas permaneçam normais.
O couro cabeludo é especialmente sensível a oscilações hormonais, o que o torna vulnerável a esse tipo de influência.
Genética e envelhecimento
A predisposição genética também deve ser considerada.
Algumas pessoas têm uma tendência natural a ter cabelos mais finos, com menor densidade ou mais suscetíveis à quebra, independentemente de hábitos ou alimentação.
Com o passar dos anos, o envelhecimento também pode levar à redução da espessura e da força dos fios, mesmo com unhas ainda fortes e com boa aparência.
Uso de químicas, calor e maus hábitos capilares
Diferentemente das unhas, que raramente recebem agressões externas intensas, os cabelos são frequentemente expostos a procedimentos como alisamentos, tinturas, uso de chapinhas, secadores em alta temperatura e escovas agressivas.
Esses fatores danificam a estrutura do fio, provocando ressecamento, quebra e perda de brilho.
Mesmo uma alimentação equilibrada pode não ser suficiente para compensar os danos físicos acumulados nos cabelos ao longo do tempo.
Falta de diagnóstico adequado
Algumas condições clínicas passam despercebidas ou são tratadas apenas com foco estético, quando na verdade requerem investigação mais aprofundada.
Entre as causas comuns de queda ou enfraquecimento dos cabelos estão:
- Eflúvio telógeno, geralmente desencadeado por estresse, doenças, cirurgias ou dietas restritivas
- Alopecia androgenética, uma forma de queda progressiva e genética
- Deficiências discretas de ferro, ferritina, vitamina D ou B12, que nem sempre aparecem nos exames de rotina, mas podem comprometer o crescimento capilar
Nesses casos, contar com a orientação de um médico (especialmente um dermatologista ou clínico geral) é essencial para realizar uma avaliação completa e definir o melhor plano de cuidado.
Quando é sinal de algo mais sério?
Nem toda queda ou enfraquecimento dos cabelos deve ser motivo de alarme, mas alguns sinais merecem atenção especial.
Em determinadas situações, o que parece apenas um incômodo estético pode revelar alterações internas que exigem avaliação médica.
Fique atenta se você perceber:
- Queda acentuada de fios (mais de 100 por dia, com acúmulo no travesseiro, escova ou ralo)
- Redução perceptível do volume capilar
- Cabelos que não crescem mais ou apresentam crescimento muito lento
- Falhas visíveis no couro cabeludo (como clareiras ou áreas com menos densidade)
- Couro cabeludo sensível, irritado ou dolorido
Esses sinais podem indicar condições como eflúvio telógeno, alopecia androgenética, disfunções hormonais ou deficiências nutricionais significativas.
Nesses casos, o mais indicado é procurar um(a) dermatologista ou clínico geral, que poderá solicitar exames, identificar causas específicas e orientar o melhor tratamento.
📌 Leitura Recomendada: Cabelo oleoso? Como problemas hormonais podem afetar seus fios
O que fazer para fortalecer os cabelos?
Se você está enfrentando cabelos fracos, mesmo com unhas saudáveis, saiba que há formas eficazes de recuperar a vitalidade dos fios.
Abaixo, reunimos um guia prático com atitudes que realmente funcionam quando colocadas em prática com constância e orientação.
1. Reavalie a suplementação com ajuda profissional
Evite tomar suplementos por conta própria: a combinação errada pode trazer pouco ou nenhum benefício.
Converse com um profissional sobre a necessidade de incluir nutrientes como:
- Ferro (especialmente em casos de ferritina baixa)
- Zinco
- Vitamina D
- Vitaminas do complexo B
- Colágeno hidrolisado e aminoácidos essenciais
- A biotina pode ser útil, mas dificilmente é suficiente sozinha.
2. Melhore a alimentação de forma estratégica
Dê preferência a alimentos que contribuem para o crescimento capilar:
- Proteínas magras (ovos, carnes, leguminosas)
- Verduras verde-escuras (ricos em ferro e magnésio)
- Frutas cítricas (aumentam a absorção do ferro)
- Oleaginosas e sementes (zinco e selênio)
- Evite alimentos ultraprocessados e ricos em açúcares, que aumentam a inflamação no organismo.
3. Reduza o estresse e cuide do sono
O estresse é um dos maiores inimigos da saúde capilar.
Invista em hábitos que favoreçam o equilíbrio emocional:
- Sono de qualidade
- Exercícios físicos regulares
- Práticas relaxantes, como respiração profunda, meditação ou uso de fitoterápicos adaptógenos (com orientação).
4. Adote uma rotina de cuidados capilares adequada
- Lave os cabelos com produtos adequados ao seu tipo de fio.
- Faça hidratação regular (pelo menos uma vez por semana).
Evite:
- Uso excessivo de chapinha e secador quente
- Prender os cabelos molhados
- Escovação agressiva
- Proteja os fios do sol e da poluição sempre que possível.
5. Procure ajuda médica para investigar possíveis causas ocultas
Em casos persistentes, é fundamental realizar exames laboratoriais como:
- Ferro e ferritina
- Vitamina D
- TSH e T4 livre (função tireoidiana)
- Vitamina B12
- Testosterona e outros hormônios, se necessário
Um diagnóstico correto é o primeiro passo para um tratamento eficaz e seguro.
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Unhas e cabelos reagem em ritmos diferentes
É importante lembrar que unhas e cabelos, embora feitos de queratina, crescem e respondem a estímulos em ritmos distintos.
As unhas crescem cerca de 3 mm por mês e reagem rapidamente a mudanças na alimentação ou suplementação.
Já os cabelos crescem em média 1 cm por mês, e os resultados costumam levar mais tempo para aparecer.
Além disso, o crescimento capilar é altamente sensível a fatores hormonais e emocionais, o que faz com que pequenas alterações no corpo tenham impacto direto nos fios — e não necessariamente nas unhas.
Por isso, não é incomum que as unhas melhorem antes dos cabelos, mesmo diante de um mesmo estímulo nutricional. Ter paciência e manter a regularidade no cuidado é fundamental para alcançar resultados duradouros.
Unhas fortes e cabelos fracos são um alerta gentil do corpo
Ver suas unhas crescerem saudáveis enquanto os cabelos continuam fracos pode parecer estranho, mas é, na verdade, uma mensagem delicada do seu organismo.
Esse contraste costuma indicar que algo está em desequilíbrio — seja uma deficiência leve, um nível de estresse mais elevado, o uso de químicas excessivas ou simplesmente uma necessidade de melhorar o cuidado com os fios.
A boa notícia é que, com atenção, orientação profissional e consistência, é possível recuperar a força e a vitalidade dos cabelos. Cuidar dos fios também é cuidar da saúde como um todo.
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