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Vacinação para cães e gatos: guia completo para tutores
A vacinação para cães e gatos é essencial para manter a saúde e o bem-estar dos pets, protegendo-os contra uma série de doenças graves e potencialmente fatais.
Assim como os humanos, os animais de estimação também precisam de proteção contra infecções causadas por vírus, bactérias e outros patógenos.
No entanto, muitos tutores ainda têm dúvidas sobre quais vacinas são necessárias, quando devem ser aplicadas e quais os cuidados a serem tomados antes e depois da vacinação.
Neste guia completo do SaúdeLAB, vamos abordar tudo o que você precisa saber sobre o cronograma de vacinação para cães e gatos, a importância da imunização e os cuidados específicos para pets resgatados ou adotados.
Por que a vacinação é importante?
A vacinação é um dos pilares fundamentais da medicina preventiva, não apenas para os humanos, mas também para os animais de estimação. A imunização funciona ao “ensinar” o sistema imunológico do pet a reconhecer e combater organismos causadores de doenças, sem que o animal precise contrair a doença de fato.
Esse processo envolve a introdução de uma forma inativada ou atenuada do patógeno, que estimula a produção de anticorpos, preparando o organismo do pet para responder rapidamente a futuras exposições ao mesmo patógeno.
A importância da vacinação regular em animais de estimação reside na capacidade de prevenir uma série de doenças virais e bacterianas que podem ser altamente contagiosas e, muitas vezes, fatais.
Doenças como a cinomose, parvovirose e raiva em cães, e a leucemia viral felina (FeLV) e panleucopenia em gatos, são apenas alguns exemplos de enfermidades que podem ser evitadas com um esquema de vacinação adequado.
Além disso, a vacinação também desempenha um papel importante na saúde pública, especialmente no caso da raiva, que pode ser transmitida para humanos.
Cronograma de vacinação para cães e gatos
Estabelecer um cronograma de vacinação para cães e gatos é fundamental para garantir que os pets estejam protegidos ao longo de suas vidas. Desde filhotes, cães e gatos devem receber uma série de vacinas para estimular o desenvolvimento de uma imunidade robusta.
A seguir, apresentamos um calendário básico de vacinação para cães e gatos, que inclui as vacinas mais importantes e o período de reforço necessário.
Filhotes de cães
- 6 a 8 semanas: Primeira dose da vacina múltipla (V8 ou V10) que protege contra doenças como cinomose, parvovirose, leptospirose, entre outras.
- 12 semanas: Segunda dose da vacina múltipla.
- 16 semanas: Terceira dose da vacina múltipla + primeira dose da vacina antirrábica.
- Anualmente: Reforço da vacina múltipla e da vacina antirrábica.
Filhotes de gatos
- 6 a 8 semanas: Primeira dose da vacina tríplice (ou quádrupla) que protege contra panleucopenia, calicivirose, rinotraqueíte e FeLV (caso incluída).
- 12 semanas: Segunda dose da vacina tríplice/quádrupla.
- 16 semanas: Terceira dose da vacina tríplice/quádrupla + primeira dose da vacina antirrábica.
- Anualmente: Reforço da vacina tríplice/quádrupla e da vacina antirrábica.
Cada pet é único, e o cronograma de vacinação pode variar dependendo de fatores como idade, histórico de saúde, estilo de vida e região geográfica. Portanto, é essencial que os tutores consultem um veterinário para adaptar o calendário de vacinação para cães e gatos filhotes às necessidades específicas de seus pets.
Além das vacinas iniciais, é crucial entender o conceito de vacinas de reforço. Mesmo após o término do ciclo inicial de vacinação, os pets precisam de doses de reforço anuais ou trienais, dependendo do tipo de vacina e do risco de exposição.
Esses reforços ajudam a manter o nível de imunidade elevado, garantindo proteção contínua contra as doenças.
Quais vacinas são essenciais para cães e gatos?
A vacinação é um componente crucial para a proteção dos cães e gatos contra várias doenças infecciosas.
Entre as vacinas disponíveis, algumas são consideradas essenciais (ou “vacinas núcleo”) devido à sua capacidade de proteger contra doenças graves e comuns que podem ser fatais ou altamente contagiosas.
As vacinas polivalentes para cães e gatos oferecem proteção contra múltiplas doenças em uma única aplicação, facilitando o processo de imunização.
Vacinas essenciais para cães
Veja agora quais as vacinas não devem ser negligenciadas de você tem um cachorrinho.
V8 ou V10 (Vacina Polivalente)
Protege contra cinomose, hepatite infecciosa canina, parvovirose, coronavirose, leptospirose (diferentes cepas) e outras doenças virais. Esta vacina é crucial porque cobre algumas das doenças mais letais para cães, como a parvovirose, que é altamente contagiosa e pode ser fatal em filhotes.
Vacina antirrábica
Protege contra a raiva, uma doença viral que afeta o sistema nervoso central e é fatal tanto para animais quanto para humanos. A raiva também é uma zoonose, o que significa que pode ser transmitida para humanos, reforçando a importância desta vacina.
Vacinas essenciais para gatos
Se você tem gatinhos, essa vacinas devem fazer parte do seu cronogramas de cuidados.
Tríplice ou quádrupla (vacina polivalente)
Protege contra panleucopenia felina (parvovirose felina), calicivirose e rinotraqueíte viral felina. A versão quádrupla também inclui proteção contra clamidiose felina. Estas doenças respiratórias e digestivas são comuns e potencialmente fatais, especialmente para filhotes.
Vacina antirrábica
Assim como para cães, a vacina antirrábica é essencial para gatos, prevenindo a raiva.
Outras vacinas recomendadas
Além das vacinas essenciais, há outras que podem ser recomendadas pelo veterinário com base no estilo de vida do animal, risco de exposição e condições locais:
Vacina contra leucemia viral felina (FeLV)
Indicada principalmente para gatos que têm acesso ao ambiente externo ou vivem com outros gatos. A FeLV é uma doença infecciosa que pode levar ao câncer e imunossupressão.
Vacina contra giárdia
Indicada para cães, especialmente aqueles que frequentam locais públicos ou convivem com outros animais.
Ao escolher quais vacinas são essenciais para cães e gatos, é fundamental considerar o histórico de saúde do pet, a exposição a outras doenças e os riscos ambientais.
Vacinação para pets resgatados e adotados
Pets resgatados e adotados merecem cuidados especiais quando se trata de vacinação, principalmente porque muitas vezes o histórico de vacinação desses animais é desconhecido.
É importante que tutores de animais resgatados consultem um veterinário para a elaboração de um protocolo de vacinação pet personalizado, que pode incluir doses iniciais de vacinas essenciais, seguidas por reforços específicos.
Cuidados com a saúde de cães e gatos adotados
Veja agora quais são os cuidados indispensáveis ao adotar ou resgatar um pet:
Avaliação veterinária completa
Antes de iniciar qualquer protocolo de vacinação, é crucial que o pet passe por uma avaliação veterinária detalhada. Isso ajudará a identificar quaisquer condições de saúde que possam interferir na vacinação.
Vacinação de reforço e recomeço
Em muitos casos, será necessário começar o esquema de vacinação do zero, especialmente se não houver provas de vacinação prévia. Isso garante que o pet esteja devidamente protegido.
Adaptação e observação pós-vacina
Animais resgatados podem ter sistemas imunológicos mais comprometidos ou reações adversas mais pronunciadas. Portanto, é importante observar qualquer sinal de desconforto ou reação alérgica e retornar ao veterinário se necessário.
O guia de vacinação para pets adotados e resgatados deve ser seguido rigorosamente para garantir a saúde e o bem-estar do animal e evitar a disseminação de doenças em outros pets.
Cuidados pós-vacinação e reações adversas possíveis
Após a vacinação, é comum que os pets apresentem alguns sinais leves de reação, que geralmente desaparecem em poucas horas ou dias.
Alguns dos cuidados preventivos para pets após a vacinação incluem observar o comportamento do animal e proporcionar um ambiente tranquilo para sua recuperação. É importante que os tutores estejam cientes das reações normais e das que podem ser motivo de preocupação.
Reações comuns pós-vacinação
- Letargia e sonolência: Muitos pets ficam um pouco mais quietos ou sonolentos após serem vacinados. Esse comportamento é uma resposta natural do corpo à vacina.
- Inchaço no local da injeção: Um pequeno nódulo pode se formar no local da aplicação da vacina. Isso é geralmente normal e tende a desaparecer em alguns dias.
- Febre baixa: Uma leve elevação da temperatura pode ocorrer, o que indica que o corpo do pet está trabalhando para desenvolver imunidade.
Reações adversas que exigem atenção veterinária
Embora a maioria dos animais reaja bem à vacinação, algumas reações adversas podem ocorrer e exigem atenção imediata:
- Vômitos e diarreia persistentes: Esses sinais podem indicar uma reação alérgica mais séria.
- Dificuldade para respirar ou inchaço no rosto e pescoço: Podem ser sinais de uma reação alérgica grave, como anafilaxia.
- Apatia extrema ou colapso: Caso o pet apresente fraqueza extrema ou perca a consciência, procure um veterinário imediatamente.
É crucial que os tutores saibam quando buscar ajuda veterinária e estejam preparados para agir rapidamente em caso de reações adversas severas.
A vacinação e vermifugação são práticas fundamentais para garantir a saúde e o bem-estar dos pets ao longo de suas vidas.
Manter um cronograma de vacinação e desparasitação atualizado não apenas protege contra doenças graves e parasitas, mas também contribui para a saúde pública, prevenindo zoonoses que podem afetar humanos.
É importante que os tutores consultem regularmente um veterinário para ajustes no protocolo de vacinação e vermifugação, especialmente em casos de pets resgatados, adoções recentes ou em situações de atraso nas vacinas. A saúde dos pets é um reflexo direto dos cuidados que recebem.
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