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Divulgado o laudo de mulher que deu à luz gêmeos aos 54 anos e não resistiu
No ano passado uma mulher de 54 anos morreu após dar à luz as gêmeas, o desejo de ser mãe foi interrompido depois de uma semana. Contudo, depois do ocorrido o laudo médico constatou que ele foi vítima de eclâmpsia tardia. Entenda com o blog SaúdeLab sobre este caso e essa doença.
Mulher que morreu aos 54 anos após dar à luz de gêmeas tinha eclâmpsia tardia
Em entrevista para o portal G1, o médico especialista em reprodução humana Condesmar Marcondes, acompanhou Rosemeire Aparecida Ribeiro. Ele esteve com ela desde a gestação e o parto, e explicou ao veículo que a complicação de saúde ocorreu após 10 dias do parto.
Nesse sentido, no laudo consta que a causa da morte foi anatomopatológico (por biópsia) do Serviço de Investigação de Óbito (SVO). De acordo com médico o caso é considerado algo “raríssimo” de acontecer e a eclâmpsia tardia ocorre 7 dias, 8 dias depois.
Segundo ele, Rosemeire ganhou neném e estava feliz da vida e de repente subiu a pressão. Contudo, no caso dela a descompensação se deu uma semana após o parto. O mesmo afirmou que é praticamente impossível identificar precocemente a eclâmpsia.
Geralmente a pessoa tem uma pressão normal, não tem prevenção, visto que aparentemente tudo está normal e com a vida normal. Entretanto, de repente dá um pico e a pessoa morre de uma hora para outra, sendo assim um caso raríssimo.
“Vi um caso desses uma vez e não tem relação com a idade, tinha 36 anos e 10 dias após o parto”, disse o médico Condesmar Marcondes. O mesmo descartou que a doença teria sido causada pelo procedimento de fertilização in vitro.
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Eclâmpsia
A pré-eclâmpsia é uma doença multifatorial e multissistêmica, que ocorre especificamente na gestação, e o diagnóstico ocorre com a presença de hipertensão arterial associada à proteinúria. Associada também a presença de proteína na urina, e a albumina.
Sendo assim, a pré-eclâmpsia está associada ao comprometimento de desenvolvimento placentário e de circulação uteroplacentária. Quando ocorre de modo tardio, ele geralmente está associado a síndromes metabólicas, inflamação e comprometimento endotelial crônicos. Ou seja, acaba sendo comum a presença de obesidade e doenças crônicas.
Normalmente, a paciente com eclâmpsia precisa de diagnóstico médico, visto que os sintomas indicam risco crescente. Neste caso é comum dor no lado superior direito do abdômen, dores de cabeça intensas e alterações no estado mental e na visão.
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