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Aspartame faz mal? Estudo revela o que esse adoçante causa no corpo
Você já deve ter se perguntado: aspartame faz mal? Essa é uma dúvida muito comum, especialmente entre quem busca substituir o açúcar por alternativas consideradas “mais saudáveis”.
Seja em refrigerantes, sucos de caixinha, iogurtes ou produtos diet/light, o aspartame está presente em uma grande variedade de alimentos industrializados.
Mas será que ele é seguro para o nosso corpo? E como ele afeta o açúcar no sangue, a insulina e até a fome?
Um novo estudo publicado na revista científica Advances in Nutrition trouxe respostas importantes sobre os efeitos do aspartame no organismo.
A pesquisa revisou dezenas de estudos anteriores para entender, de forma mais abrangente, o que já se sabe sobre esse adoçante.
A seguir, você verá aqui no SaúdeLab, o que a ciência já descobriu sobre o aspartame, o que muda no seu corpo quando você consome esse adoçante e por que ele ainda causa tanta polêmica.
Por que tanta gente quer saber se o aspartame faz mal?
A dúvida sobre se o aspartame faz mal cresce à medida que mais pessoas buscam alternativas ao açúcar comum.
O consumo exagerado de açúcar está diretamente ligado ao aumento da obesidade, ao risco de diabetes tipo 2 e a outras doenças crônicas.
Por isso, muitas pessoas optam por adoçantes de baixa caloria, como o aspartame, acreditando que eles são mais seguros.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o consumo de açúcares livres (aqueles adicionados aos alimentos industrializados) não ultrapasse 10% do total de calorias diárias.
Para quem quer reduzir esse consumo, uma das soluções mais usadas é trocar o açúcar por adoçantes.
É aí que entram os chamados adoçantes artificiais, como o aspartame, a sucralose e a sacarina.
Mas embora sejam usados há décadas, ainda há muitos questionamentos sobre os seus efeitos no organismo, especialmente quando o uso é frequente ou de longo prazo.
O que é o aspartame, afinal?
O aspartame é um adoçante artificial de baixa caloria.
Ele é cerca de 200 vezes mais doce que o açúcar comum, o que significa que apenas uma pequena quantidade é suficiente para adoçar um alimento ou bebida.
No corpo humano, o aspartame é quebrado em três substâncias: ácido aspártico, metanol e fenilalanina, todas naturalmente presentes em diversos alimentos.
O problema é que, quando consumido em grandes quantidades, há quem tema que esses componentes possam trazer riscos à saúde.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o aspartame é considerado seguro quando consumido dentro da quantidade diária recomendada.
Vale destacar que pessoas com uma condição genética rara chamada fenilcetonúria (PKU) não podem consumir aspartame, pois seu organismo não consegue processar a fenilalanina corretamente.
Por isso, produtos com esse adoçante trazem um alerta no rótulo.
O que diz a nova pesquisa sobre o aspartame?
Para entender melhor se o aspartame faz mal, pesquisadores analisaram mais de 100 estudos científicos que investigaram os efeitos do adoçante no organismo.
O foco foi verificar como ele influencia os níveis de glicose no sangue, insulina e hormônios ligados ao apetite.
Os estudos analisados incluíram pessoas saudáveis, diabéticos, pessoas com sensibilidade ao aspartame e até mesmo indivíduos com fenilcetonúria (a condição genética rara que citamos acima).
A ideia era entender como diferentes perfis reagem ao consumo desse adoçante.
Os resultados mostraram que:
- Quando comparado ao açúcar comum, o aspartame causou menos elevações na glicose e na insulina, o que, à primeira vista, é positivo.
- Isso indica que, ao contrário do açúcar, o aspartame não provoca picos de açúcar no sangue nem grandes liberações de insulina.
- No entanto, esses efeitos mais evidentes foram observados apenas em estudos de curto prazo (duração de dias ou semanas).
- Já em estudos de médio e longo prazo, os efeitos do aspartame foram menos perceptíveis ou até inexistentes.
Aspartame e glicemia: qual é o impacto no organismo?
Uma das maiores preocupações das pessoas que buscam reduzir o consumo de açúcar é saber como os adoçantes afetam a glicemia, ou seja, a quantidade de açúcar no sangue.
Segundo o estudo, quando o aspartame foi comparado com o açúcar, houve redução nos níveis de glicose no sangue, especialmente em experimentos de curta duração.
Isso indica que, nesse aspecto, o adoçante pode ser uma alternativa interessante para quem precisa controlar a glicemia, como é o caso de pessoas com diabetes.
Contudo, quando o aspartame foi comparado com outros adoçantes artificiais ou com placebo (como água ou bebidas sem calorias), não houve diferença significativa nos níveis de glicose.
Ou seja, o benefício está mais na substituição do açúcar do que em vantagens exclusivas do aspartame.
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E o aspartame afeta a insulina?
A insulina é o hormônio responsável por regular o açúcar no sangue.
Em pessoas com diabetes tipo 2, esse hormônio pode funcionar de forma deficiente, dificultando o controle da glicemia.
A nova pesquisa mostrou que, em estudos de curto prazo, o consumo de aspartame resultou em níveis mais baixos de insulina no sangue quando comparado ao açúcar.
Em alguns casos, porém, o aspartame aumentou a liberação de insulina quando comparado a outros adoçantes artificiais.
Isso indica que os efeitos do aspartame sobre a insulina podem variar dependendo do contexto, do alimento com o qual ele é consumido e do perfil da pessoa.
Mas, de maneira geral, o aspartame não provocou picos significativos de insulina, o que é uma boa notícia para quem busca evitar alterações hormonais bruscas.
Aspartame interfere na fome ou na vontade de comer?
Outro aspecto importante analisado pela pesquisa foi o impacto do aspartame nos hormônios ligados ao apetite.
Isso porque muitas pessoas se perguntam se o consumo frequente de adoçantes pode aumentar a fome ou o desejo por doces.
Os resultados mostraram que o aspartame teve pouco ou nenhum efeito sobre os hormônios que controlam o apetite.
Em outras palavras, ele não parece aumentar a fome nem estimular a ingestão exagerada de calorias.
Além disso, alguns estudos observaram uma redução na ingestão calórica total quando o aspartame foi usado no lugar do açúcar.
Ou seja, ele pode ajudar, sim, a consumir menos calorias ao longo do dia, especialmente se estiver substituindo produtos ricos em açúcar.
O que a ciência ainda não sabe com certeza
Embora muitos estudos apontem que o aspartame pode ser seguro e útil em determinadas situações, ainda existem lacunas importantes.
Os pesquisadores destacaram que:
- A maioria dos estudos foi de curta duração, o que dificulta avaliar os efeitos a longo prazo;
- Muitos estudos analisaram o aspartame junto com outros adoçantes ou com alimentos variados, dificultando a análise isolada dos efeitos;
- A qualidade metodológica de vários estudos foi considerada baixa ou com alto risco de viés, o que limita a confiança nos resultados;
- Há grande variação entre os perfis das pessoas estudadas, o que torna difícil tirar conclusões válidas para todos os públicos.
Por isso, mesmo que as evidências atuais indiquem que o aspartame não causa grandes alterações no metabolismo da glicose ou da insulina, mais pesquisas de longo prazo ainda são necessárias.
Aspartame faz mal? O que isso significa para você
Se você chegou até aqui, é natural que ainda se pergunte: afinal, aspartame faz mal? Com base nas evidências atuais apresentadas no estudo, podemos dizer que:
- Para a maioria das pessoas, o aspartame não causa alterações graves no organismo quando consumido com moderação;
- Ele não provoca picos de açúcar ou de insulina no sangue como o açúcar comum;
- Não há indícios fortes de que ele aumente a fome ou leve ao ganho de peso por si só;
- Para quem tem diabetes ou quer reduzir o consumo de açúcar, ele pode ser uma opção viável.
No entanto, como qualquer substância, o uso em excesso não é recomendado.
E para pessoas com fenilcetonúria, o aspartame deve ser totalmente evitado.
Mais importante do que escolher entre açúcar ou adoçante é olhar para a alimentação como um todo: mais alimentos naturais, menos industrializados, e equilíbrio nas escolhas diárias.
Isso sim faz a diferença real para sua saúde.
Se você ainda tem dúvidas ou percebe sintomas diferentes ao consumir produtos com adoçantes, converse com um nutricionista ou médico de confiança.
Afinal, cada corpo reage de forma única, e o mais importante é entender o que funciona melhor para você.
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