Sintomas de arritmia cardíaca: como identificar, quando preocupar e o que fazer

A sensação de que o coração está batendo forte, acelerado ou fora do ritmo costuma assustar. Muitas pessoas procuram entender se esses sinais podem indicar uma arritmia cardíaca, especialmente quando se repetem, surgem de maneira repentina ou vêm acompanhados de mal-estar.

Como os sintomas podem variar de intensidade, reconhecer o que é normal e o que merece atenção ajuda a agir no momento certo e buscar avaliação profissional antes que o problema evolua.

Aqui, você encontra uma explicação clara e direta sobre os principais sintomas de arritmia cardíaca, como diferenciá-los de situações comuns como ansiedade e estresse, quando esses sinais representam risco e o que costuma ser feito na avaliação médica.

O objetivo é oferecer informação confiável, baseada em conhecimento técnico, para que você entenda o que observar e quando procurar ajuda.

O que é arritmia cardíaca

Arritmia cardíaca é qualquer alteração no ritmo dos batimentos. O coração pode bater mais rápido, mais devagar ou de forma irregular. Apesar de ser um termo que gera preocupação, nem todas as arritmias são graves.

Algumas são passageiras, ligadas ao estresse, ao consumo de estimulantes ou à desidratação; outras, porém, podem indicar doenças cardíacas que precisam de acompanhamento.

O ponto central é que a arritmia interfere no fluxo de sangue bombeado pelo coração. Quando esse fluxo não é eficiente, o corpo passa a emitir sinais de que algo não vai bem, e é justamente aí que surgem os sintomas.

Sintomas de arritmia cardíaca: quais são e como se apresentam

Os sintomas variam conforme o tipo de arritmia, a velocidade dos batimentos e a sensibilidade de cada pessoa. Alguns indivíduos percebem alterações discretas, enquanto outros sentem impacto significativo na rotina.

Um dos sintomas mais comuns é a palpitação, a sensação de que o coração está acelerado, batendo mais forte ou “pulsando no peito”. Em muitos casos, essas palpitações aparecem de forma súbita, mesmo em repouso, e podem durar poucos segundos ou vários minutos.

Também é frequente a percepção de batimentos irregulares, como se o coração falhasse ou desse pequenos “saltos”.

A tontura é outro sintoma importante. Ela acontece quando o cérebro recebe menos sangue momentaneamente. A pessoa pode sentir instabilidade, visão turva e sensação de desmaio.

Falando em mal-estar, a fraqueza repentina também aparece, especialmente em arritmias mais rápidas.

A falta de ar é um sintoma que merece atenção, principalmente quando surge acompanhada de desconforto no peito.

Nem sempre há dor, mas muitos descrevem uma pressão, aperto ou incômodo localizado na região torácica.

Em quadros mais intensos, pode haver síncope, que é o desmaio de origem cardíaca. Geralmente acontece por queda brusca na pressão ou na quantidade de sangue bombeada. Esse é sempre um sinal de alerta e exige avaliação médica imediata.

Outra manifestação possível é a ansiedade associada aos sintomas físicos. Uma pessoa que sente o coração disparar sem motivo pode entrar em estado de tensão, mas é importante destacar que, em alguns casos, o quadro emocional surge como consequência da arritmia e não como causa.

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Sintomas leves x sinais de alerta: quando realmente preocupar

Nem toda palpitação é grave. Muitas vezes, o sintoma aparece após café, bebidas energéticas, noites mal dormidas, desidratação ou períodos de estresse. Nesses casos, tende a ser passageiro e sem repercussões importantes.

Por outro lado, existem sinais que indicam risco e exigem atenção imediata. Palpitações persistentes que duram vários minutos, sensação de desmaio iminente, fraqueza intensa, dor no peito e dificuldade para respirar são sintomas que não devem ser ignorados.

Se houver desmaio, a orientação é procurar atendimento de urgência.

Alterações que surgem durante atividade física também são relevantes, pois podem indicar problemas estruturais do coração.

Da mesma forma, palpitações acompanhadas de sudorese fria ou palidez podem representar alterações no ritmo com impacto sobre a circulação.

É arritmia ou ansiedade? Como diferenciar

Essa é uma das dúvidas mais comuns. Tanto a arritmia quanto a ansiedade podem causar sensação de batimentos acelerados. A diferença está na forma como o sintoma se apresenta.

Na ansiedade, o aumento dos batimentos costuma vir associado a situações de estresse, preocupação intensa ou crises de pânico. Os sintomas aparecem em ondas, acompanhados de tremores, respiração rápida e sensação de perigo iminente.

Quando a crise passa, os batimentos tendem a normalizar.

Na arritmia, o sintoma pode surgir sem gatilho emocional. É comum o coração acelerar ou falhar de forma abrupta, mesmo em repouso. Em alguns casos, a pessoa está tranquila e, de repente, sente o batimento irregular.

Além disso, tontura, desmaio e falta de ar intensa são mais frequentes nas arritmias do que nas crises de ansiedade.

Apesar das diferenças, é importante reforçar que somente a avaliação médica pode confirmar o diagnóstico. Muitas pessoas com arritmia acreditam estar apenas ansiosas por anos, atrasando o tratamento.

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Como o médico investiga os sintomas

A avaliação médica é baseada na entrevista clínica e em exames simples capazes de identificar alterações no ritmo cardíaco. O eletrocardiograma (ECG) é o primeiro passo, pois registra a atividade elétrica do coração.

No entanto, arritmias intermitentes podem não aparecer no exame, já que o ECG capta apenas alguns segundos.

Por isso, o Holter de 24 horas é amplamente utilizado. Ele monitora o coração ao longo do dia, permitindo identificar episódios que não ocorreram durante o exame convencional.

Em situações específicas, o médico pode solicitar monitoramento prolongado ou exames complementares para investigar causas estruturais, como ecocardiograma ou testes de esforço.

Essa investigação ajuda a definir se a arritmia é benigna, relacionada ao estilo de vida ou se exige tratamento específico.

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O que fazer ao sentir sintomas compatíveis com arritmia

Quando os sintomas surgem de forma leve e isolada, pode ser útil parar o que está fazendo, respirar de maneira mais lenta e observar se o quadro melhora.

Evitar estimulantes como café e bebidas energéticas também ajuda, pois podem acentuar o ritmo cardíaco.

Porém, se os sintomas forem repetitivos, intensos ou acompanhados de dor no peito, falta de ar, tontura forte ou desmaio, é fundamental buscar atendimento imediato.

Mesmo quem acredita que o quadro pode ser emocional deve ser avaliado, já que somente o exame clínico confirma a origem do sintoma.

Em situações de mal-estar intenso, não é recomendado realizar esforço físico, dirigir ou tentar esperar passar. Arritmias graves podem evoluir rapidamente, por isso a avaliação profissional é indispensável.

Possíveis causas por trás dos sintomas

Diversos fatores podem desencadear arritmias ou agravar sintomas já existentes.

O estresse prolongado, noites mal dormidas e a desidratação são causas comuns, assim como o consumo de cafeína, bebidas energéticas, álcool ou alguns medicamentos estimulantes.

Alterações da tireoide, anemia e desequilíbrios eletrolíticos também influenciam o ritmo cardíaco.

Há ainda causas estruturais, como doenças do músculo cardíaco, sequelas de infarto e distúrbios do sistema elétrico do coração. Nessas situações, o acompanhamento regular é fundamental para evitar complicações.

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Tratamentos: visão geral

O tratamento depende do tipo de arritmia e da causa identificada. Algumas exigem apenas controle de fatores de estilo de vida.

Outras precisam de medicamentos específicos para estabilizar o ritmo, enquanto certos casos podem ser tratados com procedimentos como ablação ou implante de marcapasso.

A boa notícia é que, com diagnóstico correto, a maioria das arritmias tem tratamento eficaz.

Entender os sintomas da arritmia cardíaca ajuda a reconhecer sinais de alerta e buscar ajuda no momento adequado. Embora muitas alterações do ritmo sejam benignas, outras podem indicar risco e necessitar de avaliação imediata.

Observar como o sintoma aparece, sua duração e os sinais associados é essencial para diferenciar situações comuns daquelas que exigem cuidado especializado.

Se os sintomas forem frequentes, intensos ou acompanhados de mal-estar, procure atendimento médico para investigação detalhada e orientação segura.

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Enf. Raquel Souza de Faria
Enf. Raquel Souza de Faria

Sou Raquel Souza de Faria, Enfermeira (COREN – MG 212.681) Especialista em Docência do Ensino Superior, Consultora de Enfermagem em Núcleo de Segurança do Paciente, Gestora de Serviços de Atenção Básica/Saúde da Família. Empresária e Empreendedora, amante da Fitoterapia e das Terapias Holísticas, oferecendo bem-estar e prevenção de doenças como Auriculoterapêuta e Esteticista.
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