Anitta causa polêmica com lançamento de perfume íntimo: será que faz bem para saúde?

Profissionais da saúde não recomendam a prática, entenda

Mais uma vez a cantora Anitta se colocou em meio a polêmicas, desta vez, ao anunciar um perfume íntimo. A deo colônia, que chegou às lojas custando R$ 69, é apresentada nas fragrâncias marshmallow, morango e chocolate com baunilha. Segundo as instruções, o produto deve ser aplicado na região íntima externa ou na roupa. No entanto, profissionais da saúde não recomendam a prática.

“Quando analisamos com mais atenção os produtos de beleza e cuidados pessoais, descobrimos que muitos produtos químicos preocupantes estavam escondidos sob a palavra fragrância”, informou a ginecologista Adelaide Nudelman. Para ela, é perigoso alterar o PH da região vaginal, já que propicia o surgimento de doenças, como por exemplo, a candidíase, a vaginose bacteriana, bem como alergias locais.

Perfume de Anitta

Com o burburinho causado pelo lançamento do perfume, a cantora veio a público explicar que o produto tem a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e deve ser aplicado externamente. Além disso, Anitta, que se recupera de uma cirurgia delicada, garante que seu perfume é dermatologica e ginecologicamente testado.

“Inclusive, demorou bastante para lançar porque a gente teve que fazer todos os testes para garantir a eficácia e segurança”, reafirmou a cantora, que jurou usar o produto há anos.

Perfume Íntimo
Anitta lança perfume íntimo. Foto: Canva PRO

Perfume íntimo é realmente necessário?

“Uma vagina saudável não precisa cheirar a rosas, além de ser autolimpante”, defende Adelaide Nudelman. Então, é normal que após o exercício ou depois de usar um preservativo ou lubrificante haja um cheiro diferente, assim como alguns alimentos e bebidas alcoólicas influenciam no odor.

“Nos últimos anos, criaram muitos produtos para combater o odor vaginal. Isso reflete ideias culturais sobre como as mulheres devem cheirar e como cuidar de seus corpos. Porém, não são saudáveis”, afirma a especialista. Para ela, o perfume adicionado à maioria dos tampões, absorventes e absorventes íntimos mostra as marcas “explorando as inseguranças das mulheres sobre seus corpos”.

Ainda segundo a médica, os produtos íntimos com perfume costumam fazer mais mal do que bem. “Porque perfumes, sabonetes e duchas matam bactérias, incluindo as bactérias boas que a vagina precisa”. Além disso, sem essas boas bactérias, o fermento tem rédea solta. Isso pode causar um crescimento excessivo de fungos, resultando em uma infecção por fungos. Além disso, sua acidez natural impede o desenvolvimento de doenças.

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