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Você tem esses azeites de oliva em casa? ANVISA interdita marcas que operavam de forma irregular
Um alerta recente das autoridades sanitárias brasileiras trouxe à tona um problema que pode estar presente na cozinha de muitos consumidores. Os azeites de oliva.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), em conjunto com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), determinou a proibição imediata de duas marcas de azeite de oliva que circulavam no mercado nacional.
A decisão, publicada no Diário Oficial da União, levanta questões importantes sobre segurança alimentar e fiscalização de produtos.
Aqui, no SaúdeLAB, você vai entender detalhadamente o caso, os motivos por trás da medida e como proceder. Acompanhe para entender se você pode ter um desses produtos em casa e quais são os riscos envolvidos.
A descoberta que levou à proibição
Tudo começou com uma investigação de rotina do Ministério da Agricultura, que identificou irregularidades em lotes de azeite de oliva de duas marcas específicas. As análises revelaram problemas que iam desde questões burocráticas até potenciais riscos à saúde pública.
Os produtos em questão não cumpriam requisitos básicos estabelecidos pela legislação brasileira. Entre as irregularidades encontradas, destacam-se a falta de registro nos órgãos competentes, informações incorretas ou incompletas nos rótulos e a impossibilidade de rastrear a origem das matérias-primas utilizadas na produção.
As marcas de azeites de oliva envolvidas
As duas marcas afetadas pela medida são Alonso e Quintas D’Oliveira.
No caso da Alonso, há uma particularidade importante: existe outra marca homônima, de origem chilena, que continua regularizada no mercado.
A versão proibida é distribuída pela empresa Comércio de Gêneros Alimentícios Cotinga Ltda., cujos produtos apresentaram origem desconhecida e falhas graves no processo de fabricação.
Quando um alimento tem sua origem desconhecida, diversos riscos entram em cena.
A falta de controle sobre a matéria-prima significa que não há garantia sobre as condições de cultivo, extração ou processamento.
Isso pode levar à presença de contaminantes, adulterações com óleos de qualidade inferior ou mesmo problemas microbiológicos que comprometem a segurança do produto.
Histórico das marcas proibidas
Vale destacar que esta não é a primeira vez que essas marcas enfrentam problemas com a fiscalização. Em outubro de 2024, o Ministério da Agricultura já havia determinado a suspensão temporária de lotes específicos desses mesmos azeites, após identificar irregularidades em suas composições e processos de fabricação.
Na ocasião, as marcas Alonso (da Comércio de Gêneros Alimentícios Cotinga Ltda.) e Quintas D’Oliveira receberam notificações para regularizar sua situação, mas continuaram operando fora dos padrões exigidos pela legislação brasileira.
A proibição definitiva anunciada agora em 2025 representa o desfecho de um processo que se estende por vários meses de fiscalização.
Como identificar os produtos irregulares
Consumidores que possuem azeite dessas marcas em casa devem ficar atentos a alguns detalhes:
- Verificar o nome completo do fabricante no rótulo
- Observar se consta o número de registro na ANVISA
- Checar a data de fabricação e validade
- Comparar com as informações divulgadas nos comunicados oficiais
É importante ressaltar que alguns lotes já haviam sido apreendidos em outubro de 2024, mas a proibição agora se estende a toda a comercialização desses produtos.
Os possíveis efeitos na saúde
O consumo de alimentos de origem desconhecida ou produzidos fora dos padrões sanitários adequados pode trazer consequências variadas. No caso específico de azeites adulterados, os riscos incluem:
- Reações alérgicas devido à presença de substâncias não declaradas
- Problemas gastrointestinais causados por contaminação microbiológica
- Ingestão de compostos potencialmente tóxicos presentes em óleos de baixa qualidade
Embora não haja relatos generalizados de intoxicações relacionadas a esses produtos específicos, a medida preventiva das autoridades visa justamente evitar que problemas mais graves venham a ocorrer.
O que fazer se você possui esses produtos
Caso identifique em sua casa algum dos azeites mencionados, a orientação é clara:
- Interromper imediatamente o consumo do produto
- Entrar em contato com o estabelecimento onde foi feita a compra para informações sobre recall ou reembolso
- Em caso de dúvidas, consultar os canais oficiais da ANVISA ou do MAPA
- Descarte adequado do produto, evitando seu uso para qualquer finalidade
Como escolher um azeite de qualidade
Este caso serve como alerta para a importância de conhecer a procedência dos alimentos que consumimos. Ao comprar azeite de oliva, alguns cuidados básicos podem fazer diferença:
- Preferir produtos com selos de certificação reconhecidos
- Verificar sempre o registro na ANVISA
- Observar informações claras sobre origem e composição
- Dar preferência a embalagens que protegem o produto da luz
A importância da fiscalização alimentar
O episódio reforça o papel fundamental dos órgãos reguladores na proteção da saúde pública. Medidas como essa demonstram que o sistema de vigilância sanitária está atento, mesmo que os problemas possam passar despercebidos pelos consumidores no dia a dia.
Para se manter informado sobre alertas como este, vale acompanhar regularmente os comunicados oficiais da ANVISA e do MAPA, disponíveis em seus portais na internet.
Consumo consciente e seguro
A proibição dessas duas marcas de azeite serve como um lembrete importante sobre a necessidade de atenção aos produtos que colocamos em nossa mesa. Enquanto as autoridades trabalham para manter o mercado seguro, os consumidores também têm seu papel ao fazer escolhas conscientes e relatar possíveis irregularidades.
A segurança alimentar é uma responsabilidade compartilhada entre fabricantes, reguladores e consumidores. Casos como este mostram que, quando todos fazem sua parte, os riscos podem ser identificados e contidos antes que se tornem problemas maiores.
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