Doenças que causam esquecimento repentino: saiba quando se preocupar e como cuidar da sua memória

O esquecimento é uma experiência comum na vida cotidiana. Aliás, todos nós já passamos por momentos em que não conseguimos lembrar de algo que deveríamos saber. No entanto, quando o esquecimento se torna frequente e repentino, pode ser um sinal de algo mais sério. Hoje, no SaúdeLAB, discutiremos doenças que causam esquecimento repentino e também forneceremos dicas para manter a memória sempre em bom estado.

Quando o esquecimento é preocupante?

O esquecimento ocasional é considerado normal, especialmente à medida que envelhecemos. No entanto, existem situações em que o esquecimento se torna preocupante e pode ser um sintoma de uma doença subjacente. Portanto, aqui estão alguns sinais de que o esquecimento pode ser motivo de preocupação:

  • Esquecimento frequente de informações importantes, como eventos recentes, compromissos ou datas importantes.
  • Dificuldade em lembrar informações que foram previamente conhecidas.
  • Dificuldade em aprender novas informações ou habilidades.
  • Alterações no comportamento, como mudanças repentinas de humor ou irritabilidade.
  • Problemas de concentração e dificuldade em realizar tarefas diárias.

É importante ressaltar que esses sintomas não são exclusivos de uma única doença. Portanto, é essencial buscar uma avaliação médica adequada para determinar a causa subjacente do esquecimento repentino.

Leia mais: Primeiros sinais de Alzheimer? Veja 07 sintomas que requerem atenção

Doenças que causam esquecimento repentino 

Existem várias doenças que podem contribuir para o esquecimento repentino. Aliás, aqui estão algumas das mais comuns:

  • Doença de Alzheimer: Uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta a memória, o pensamento e o comportamento.
  • Demência vascular: Resultante de danos nos vasos sanguíneos do cérebro, levando a problemas de memória e dificuldades cognitivas.
  • Acidente vascular cerebral (AVC): Um derrame cerebral pode afetar a memória, dependendo da área do cérebro afetada.
  • Depressão: A depressão pode levar à dificuldade de concentração e perda de memória.
  • Doença de Parkinson: Além dos sintomas motores, a doença de Parkinson pode afetar a memória e a função cognitiva.
  • Esclerose Múltipla: Uma doença autoimune que afeta o sistema nervoso central, incluindo o cérebro.
  • Tumores cerebrais: Dependendo da localização e do tamanho do tumor cerebral, pode haver comprometimento da memória e outras funções cognitivas.
  • Encefalite: Uma inflamação do cérebro que pode ser causada por infecções virais, bacterianas ou autoimunes.
  • Hipotireoidismo: Uma condição em que a glândula tireoide não produz hormônios suficientes.
  • Deficiência de vitamina B12: A falta de vitamina B12 no organismo pode prejudicar a função cognitiva e causar esquecimento repentino.

Essas são apenas algumas das doenças que podem estar associadas ao esquecimento repentino. No entanto, é importante entender que cada pessoa é única, e a presença de esquecimento repentino não necessariamente indica uma doença grave. Portanto, uma avaliação médica completa é fundamental para um diagnóstico correto.

Fatores que contribuem para o esquecimento repentino

Além das doenças mencionadas, existem vários fatores que podem contribuir para o esquecimento repentino, sem necessariamente serem doenças específicas. Inclusive, aqui estão alguns exemplos:

  • Estresse e ansiedade: Altos níveis de estresse e ansiedade podem afetar a função cognitiva e a capacidade de memória.
  • Falta de sono adequado: A privação do sono interfere no funcionamento adequado do cérebro, incluindo a memória.
  • Uso excessivo de álcool e drogas: O consumo excessivo de álcool e o uso de drogas podem afetar negativamente a memória e as funções cognitivas.
  • Lesões cerebrais traumáticas: Traumas na cabeça, como concussões ou lesões cerebrais, podem levar a problemas de memória.
  • Medicamentos: Alguns medicamentos podem ter efeitos colaterais que afetam a memória e a função cognitiva. Dentre os medicamentos podemos citar:
    • Benzodiazepinas: Esses medicamentos são usados ​​para tratar a ansiedade e a insônia, e podem causar efeitos sedativos e prejudicar a memória.
    • Antidepressivos tricíclicos: Alguns antidepressivos tricíclicos, como amitriptilina e imipramina, podem ter efeitos colaterais que afetam a memória e a concentração.
    • Anticonvulsivantes: Alguns medicamentos anticonvulsivantes, como a fenitoína, podem causar problemas de memória e dificuldades cognitivas.
    • Antipsicóticos: Alguns antipsicóticos, como a olanzapina e a quetiapina, podem ter efeitos colaterais que afetam a memória e o pensamento.
    • Medicamentos para dormir: Medicamentos como zolpidem e zopiclona, usados ​​para tratar a insônia, podem ter efeitos sedativos que afetam a memória e a cognição.

É importante reconhecer que esses fatores podem ser modificados através de mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, com a ajuda de profissionais especializados.

Dicas para manter a memória em bom estado

Embora o esquecimento seja inevitável em certa medida, existem estratégias que podem ajudar a manter a memória em bom estado. Assim, aqui estão algumas dicas úteis:

  • Exercite o cérebro: Engaje-se em atividades que estimulem o cérebro, como jogos de memória, quebra-cabeças, leitura e aprendizado de novas habilidades.
  • Tenha uma dieta saudável: Alimentos ricos em nutrientes, como frutas, vegetais, peixes, nozes e sementes, podem ajudar a promover a saúde cerebral.
  • Mantenha-se fisicamente ativo: A prática regular de exercícios físicos estimula o fluxo sanguíneo para o cérebro e promove a saúde cognitiva.
  • Durma o suficiente: Priorize um sono adequado, pois o descanso adequado é essencial para a consolidação da memória.
  • Gerencie o estresse: Encontre maneiras saudáveis de lidar com o estresse, como praticar técnicas de relaxamento, meditação ou atividades que tragam prazer e bem-estar.
  • Mantenha-se socialmente ativo: Manter conexões sociais e participar de atividades sociais pode estimular o cérebro e promover a saúde mental.

Doenças que causam esquecimento repentino podem ser assustadoras

O esquecimento repentino pode ser preocupante, especialmente quando ocorre com frequência e interfere nas atividades diárias. Entretanto, embora seja necessário considerar a possibilidade de doenças subjacentes, é importante lembrar que existem fatores não patológicos que também podem contribuir para o esquecimento repentino.

Portanto, adotar um estilo de vida saudável, envolvendo exercícios mentais, alimentação adequada, sono de qualidade, gerenciamento de estresse e atividades sociais, pode ajudar a manter a memória em bom estado.

No entanto, é essencial buscar orientação médica para um diagnóstico adequado caso haja preocupações persistentes em relação ao esquecimento repentino.

Por fim, continue a leitura: Quais são os primeiros sinais de Parkinson? Não tenha medo de saber

Compartilhe seu amor
Elizandra Civalsci Costa
Elizandra Civalsci Costa

Farmacêutica (CRF MT n° 3490) pela Universidade Estadual de Londrina e Especialista em Farmácia Hospitalar e Oncologia pelo Hospital Erasto Gaertner. - Curitiba PR. Possui curso em Revisão de Conteúdo para Web pela Rock Content University e Fact Checker pela poynter.org. Contato (65) 99813-4203

Artigos: 1002