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Exame de prolactina: para que serve, quando fazer e o que pode indicar
O exame de prolactina é um dos testes hormonais mais solicitados quando há suspeita de alterações no ciclo menstrual, dificuldade para engravidar ou sintomas que envolvem o equilíbrio do organismo.
Muitas pessoas chegam a essa pesquisa após sentir sinais fora do comum ou ao receber a solicitação do médico e querer entender o motivo. O fato é que esse exame costuma trazer respostas importantes sobre o funcionamento da hipófise e o impacto da prolactina em vários processos do corpo.
Hoje, você vai entender de forma clara para que serve o exame, quando ele é indicado, quais cuidados precisam ser tomados antes da coleta e o que significam os resultados alterados.
O que é a prolactina e qual o seu papel no corpo
A prolactina é um hormônio produzido pela hipófise, uma pequena glândula localizada na base do cérebro. Ela é mais conhecida por estimular a produção de leite durante a gestação e a amamentação.
No entanto, sua função não se limita ao período reprodutivo. A prolactina também participa da regulação da ovulação, do equilíbrio hormonal e de processos metabólicos.
Nos homens, embora seja menos discutida, a prolactina também exerce funções importantes, como influenciar a produção de testosterona e o funcionamento sexual.
Quando seus níveis estão alterados, podem surgir sintomas que dificultam a qualidade de vida e levantam dúvidas sobre causas hormonais.
O que é o exame de prolactina e para que ele serve
O exame de prolactina é uma análise de sangue que mede a quantidade desse hormônio circulando no organismo. Ele é solicitado para investigar sintomas, acompanhar tratamentos ou esclarecer possíveis distúrbios hormonais.
Como a prolactina pode variar conforme o horário, o estresse e alguns estímulos físicos, o exame costuma seguir orientações específicas para garantir resultados confiáveis.
A principal função desse exame é identificar se os níveis hormonais estão dentro do esperado. Assim, o médico consegue avaliar se há alterações que possam explicar problemas como irregularidade menstrual, dificuldade para engravidar, queda da libido ou sintomas relacionados à hipófise.
Quando o exame de prolactina é indicado
O exame costuma ser indicado quando o paciente apresenta sinais que sugerem desequilíbrio da prolactina ou quando é necessário investigar condições hormonais específicas.
Entre as situações mais frequentes estão alterações no ciclo menstrual, períodos de ausência de menstruação e dificuldade para engravidar.
A prolactina acima do normal pode interferir na ovulação, o que faz desse exame um dos primeiros passos na investigação da fertilidade feminina.
Outra indicação comum é a presença de galactorreia, que é a saída de leite pelas mamas fora do período de gravidez ou amamentação.
Tanto mulheres quanto homens podem apresentar esse sintoma, que geralmente está associado a níveis elevados do hormônio.
Em homens, o exame também é solicitado quando há diminuição da libido, disfunção sexual ou suspeita de alterações nos hormônios reprodutivos.
O exame também é importante quando existem sintomas sistêmicos, como fadiga persistente, dores de cabeça frequentes, alterações emocionais e uso de medicamentos que podem interferir na prolactina.
Em alguns casos, ele é solicitado para investigar problemas na hipófise, especialmente quando há suspeita de tumores benignos, como os prolactinomas.
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Como se preparar para o exame: cuidados essenciais
A preparação adequada é fundamental para que o exame reflita a situação real do paciente.
A prolactina é um hormônio sensível a estímulos físicos e emocionais, por isso alguns cuidados ajudam a evitar resultados falsamente elevados.
Alguns laboratórios solicitam jejum, embora ele não seja obrigatório em todos os casos. O mais importante é evitar esforço físico intenso na véspera e no dia do exame, pois o exercício pode elevar temporariamente os níveis do hormônio.
Também é recomendado evitar relações sexuais, estímulo das mamas e situações que possam gerar estresse emocional, já que esses fatores interferem diretamente na liberação de prolactina.
O horário da coleta também influencia. Em geral, a recomendação é fazer o exame pela manhã, de preferência após um período de descanso adequado.
Pacientes que usam medicamentos contínuos devem informar ao médico e ao laboratório, principalmente quando se trata de antidepressivos, antipsicóticos e alguns anti-hipertensivos, que podem alterar a dosagem hormonal.
Valores de referência: o que é considerado normal
Os valores de referência da prolactina podem variar entre laboratórios e de acordo com sexo e fase da vida. No entanto, existem faixas gerais que servem como orientação.
Em mulheres que não estão grávidas, os níveis normais costumam ficar abaixo de 25 ng/mL. Em homens, esse valor tende a ser um pouco menor. Já durante a gestação e o período de amamentação, a prolactina aumenta naturalmente e pode atingir valores muito elevados sem indicar qualquer problema.
É importante reforçar que a interpretação desses números não deve ser feita de forma isolada. Resultados fora da faixa podem ter relação com fatores transitórios, erros de preparação ou medicamentos. Por isso, o acompanhamento com um profissional é indispensável.
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Prolactina alta: principais causas e o que pode indicar
A prolactina elevada, chamada de hiperprolactinemia, pode ter diversas origens. Algumas são transitórias e simples, enquanto outras exigem investigação mais detalhada. Entre as principais causas estão:
- Estresse físico ou emocional: situações de ansiedade, noites mal dormidas ou estresse intenso podem elevar a prolactina temporariamente.
- Uso de medicamentos: antidepressivos, antipsicóticos, antieméticos, opióides e alguns anti-hipertensivos interferem nos receptores de dopamina e podem aumentar o hormônio.
- Hipotireoidismo: níveis baixos de hormônios da tireoide estimulam a liberação da prolactina, sendo uma causa comum de hiperprolactinemia.
- Síndrome dos ovários policísticos (SOP): costuma aparecer em mulheres com ciclos irregulares, podendo estar associada à prolactina elevada.
- Prolactinoma: tumor benigno da hipófise que leva à produção excessiva de prolactina. Embora menos comum, pode causar sintomas como dores de cabeça, alterações visuais e ausência de menstruação.
- Gravidez e amamentação: elevam a prolactina naturalmente, sem indicar qualquer problema.
- Estímulo das mamas ou relações sexuais antes do exame: fatores que aumentam de forma transitória os níveis hormonais.
A interpretação adequada depende do contexto clínico, por isso níveis elevados devem ser avaliados por um profissional, que poderá solicitar exames complementares quando necessário.
Prolactina baixa: é comum? O que pode indicar
A prolactina baixa é incomum e, na maioria das vezes, não causa sintomas evidentes. Quando ocorre, pode estar relacionada a:
- Alterações na hipófise: condições que afetam a produção hormonal da glândula.
- Uso de medicamentos dopaminérgicos: substâncias que aumentam a ação da dopamina podem reduzir a prolactina.
- Alguns distúrbios hormonais ou metabólicos: menos frequentes, mas possíveis.
- Dificuldades na amamentação: em alguns casos, níveis muito baixos podem prejudicar a produção de leite após o parto.
Assim como na prolactina alta, o ideal é que valores reduzidos sejam interpretados por um especialista, que avaliará se há necessidade de investigação adicional.
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Medicamentos que podem alterar os níveis de prolactina
Alguns medicamentos têm impacto direto na prolactina e podem alterar significativamente o resultado do exame.
Isso acontece porque certas substâncias interferem na ação da dopamina, que é o principal regulador natural da prolactina no organismo. Quando a dopamina é bloqueada ou reduzida, os níveis desse hormônio tendem a aumentar.
Por isso, informar todos os medicamentos em uso ao médico e ao laboratório é fundamental antes da coleta.
Entre os medicamentos que mais elevam a prolactina estão alguns tipos de antidepressivos, especialmente os que atuam nos níveis de serotonina, e os antipsicóticos, que bloqueiam receptores dopaminérgicos.
Anti-histamínicos, opióides e alguns anti-hipertensivos também podem causar aumento do hormônio. Já medicamentos com ação dopaminérgica, como aqueles usados no tratamento da doença de Parkinson, podem reduzir a prolactina.
A influência desses remédios reforça a importância de não interpretar o exame isoladamente. Em muitos casos, o ajuste da dose ou a troca da medicação pode normalizar os níveis hormonais sem necessidade de tratamentos adicionais.
O que fazer quando o resultado dá alterado
Quando o exame apresenta valores alterados, o primeiro passo é não tirar conclusões precipitadas.
A prolactina é sensível a vários fatores e, em muitos casos, o médico pode solicitar a repetição do exame para confirmar se o resultado foi influenciado por estresse, estímulo das mamas ou outros fatores transitórios.
Se a alteração persistir, exames complementares podem ser necessários, como avaliação da função da tireoide, dosagem de outros hormônios ou, em casos específicos, exames de imagem da região da hipófise.
A conduta dependerá da causa identificada. Algumas situações exigem apenas acompanhamento e ajustes de medicamentos. Outras precisam de tratamento mais específico com endocrinologista.
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Tratamento: quando é necessário e quais são as opções
O tratamento da prolactina alterada varia de acordo com o motivo da alteração. Quando a causa está relacionada a medicamentos, o médico pode avaliar a troca ou o ajuste da dose.
Em casos de hipotireoidismo, o controle da tireoide costuma normalizar a prolactina. Quando o problema é emocional, medidas para reduzir o estresse e melhorar o sono podem ser suficientes.
Nos prolactinomas e em situações de hiperprolactinemia significativa, o tratamento geralmente envolve medicamentos chamados agonistas dopaminérgicos, que ajudam a reduzir a produção de prolactina pela hipófise.
Esses medicamentos são eficazes e costumam apresentar bons resultados quando usados sob orientação adequada.
O exame de prolactina é uma ferramenta importante para esclarecer sintomas comuns, como irregularidade menstrual, saída de leite fora do período de amamentação, dificuldade para engravidar ou alterações emocionais.
É um exame simples, mas sua interpretação exige análise cuidadosa. Como a prolactina pode variar por diversos motivos, o acompanhamento médico é essencial para um diagnóstico seguro e para definir se há necessidade de tratamento.
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