Frieira (Pé-de-atleta): o que é, sintomas, tratamento e como evitar

A frieira, popularmente conhecida como pé-de-atleta, é uma infecção fúngica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.

Apesar de ser um problema comum, pode causar desconforto intenso, coceira, mau cheiro e, em casos mais graves, até feridas que comprometem a saúde dos pés.

Se você já sentiu aquela ardência entre os dedos ou percebeu a pele descamando nos pés, este artigo é para você.

Aqui, no SaúdeLAB, explicamos o que é a frieira, como identificar seus sintomas, os melhores tratamentos disponíveis e, principalmente, como evitar que ela volte a incomodar no dia a dia.

Descubra também mitos e verdades, dicas práticas de prevenção e respostas às dúvidas mais frequentes sobre esse problema tão comum — mas que pode ser solucionado com cuidado e informação correta.

O que é frieira ou pé-de-atleta?

A frieira, também conhecida como pé-de-atleta, é uma infecção fúngica superficial que afeta principalmente a pele dos pés.

O nome técnico dessa condição é tinea pedis, e ela é causada por fungos dermatófitos — microrganismos que se alimentam da queratina presente na camada mais externa da pele.

O termo “pé-de-atleta” é usado popularmente porque o problema é comum em pessoas que praticam esportes e passam longos períodos com os pés úmidos e abafados, dentro de tênis.

No entanto, qualquer pessoa pode desenvolver a frieira, especialmente em ambientes quentes e úmidos.

Os locais mais afetados são:

• Entre os dedos dos pés (principalmente entre o quarto e o quinto dedo),
• Planta do pé,
• Bordas laterais dos pés.

A proliferação dos fungos ocorre com mais facilidade quando a pele permanece molhada por muito tempo, em ambientes abafados e sem ventilação.

Por isso, fatores como uso contínuo de calçados fechados, suor excessivo, falta de higienização adequada e ambientes públicos úmidos aumentam o risco de desenvolver a infecção.

Frieira é uma micose causada por fungos que se instalam na pele dos pés, especialmente entre os dedos, em condições de calor, umidade e pouca ventilação.

Quais os sintomas de frieira?

A frieira costuma começar de forma discreta, mas os sintomas se intensificam rapidamente se não houver tratamento. Os sinais mais comuns incluem:

• Coceira intensa entre os dedos dos pés, que pode piorar após o banho ou ao tirar os sapatos.
• Pele esbranquiçada, que descama com facilidade ou apresenta rachaduras.
• Odor desagradável, associado à umidade e ao crescimento fúngico.
• Ardência ou sensação de queimação local.

Em casos mais graves, surgem pequenas bolhas, feridas ou fissuras profundas, que podem causar dor e aumentar o risco de infecção bacteriana secundária.

A frieira pode se tornar crônica quando não tratada adequadamente, provocando ressecamento, escurecimento da pele e alterações persistentes na textura da região afetada.

Como se pega frieira? É contagiosa?

Sim, a frieira é uma condição altamente contagiosa. A transmissão ocorre principalmente pelo contato direto com superfícies contaminadas, como:

• Pisos de vestiários, chuveiros coletivos, academias e piscinas públicas.
• Calçados, meias ou toalhas compartilhados.
• Sapatos fechados usados por longos períodos, que criam um ambiente propício à proliferação de fungos.

Além disso, algumas condições aumentam o risco de infecção, como:

• Suor excessivo nos pés (hiperidrose);
• Falta de ventilação, especialmente ao usar calçados sintéticos ou impermeáveis;
• Micose em outras áreas do corpo, como as unhas (onicomicose), que pode facilitar a reinfecção dos pés.
• Manter os pés secos, arejados e limpos é essencial para evitar a contaminação e a recorrência da frieira.

Como tratar frieira? Opções seguras e eficazes

O tratamento da frieira varia de acordo com a gravidade dos sintomas. Casos leves podem ser tratados com medidas caseiras, enquanto infecções persistentes exigem medicamentos antifúngicos tópicos ou orais.

Tratamento caseiro e cuidados diários

Algumas medidas simples podem ajudar no controle inicial da frieira e na prevenção da recorrência:

• Lavar os pés com sabonete antisséptico e secar muito bem, especialmente entre os dedos.
• Aplicar talco antifúngico ou bicarbonato de sódio, que ajudam a manter a pele seca e inóspita para fungos.
• Fazer banhos de imersão com vinagre de maçã ou chá preto frio, que possuem leve ação antifúngica natural.

Essas estratégias podem funcionar em casos leves ou nos estágios iniciais da infecção. No entanto, se não houver melhora após alguns dias, é fundamental iniciar o tratamento medicamentoso.

Pomadas e medicamentos antifúngicos

Quando os sintomas são mais evidentes, o uso de medicamentos antifúngicos tópicos é indicado. Os princípios ativos mais usados incluem:

• Clotrimazol
• Miconazol
• Terbinafina

Essas substâncias estão disponíveis em cremes, sprays e loções de uso local. Algumas opções de uso comum incluem:

• Clotrimazol 1% (Canesten®, Dermodex®)
• Terbinafina 1% (Lamisil®)
• Miconazol 2% (Daktarin®, Vodol®)

O tempo médio de tratamento varia de 2 a 4 semanas, dependendo da resposta da pele.

É fundamental manter a aplicação mesmo após o desaparecimento dos sintomas, conforme orientação médica, para evitar recaídas.

Nos casos mais resistentes ou extensos, pode ser necessário o uso de antifúngicos orais, como o itraconazol ou a terbinafina oral, sempre com prescrição médica.

Quando procurar um médico?

Algumas situações exigem avaliação médica imediata, como:

• Sintomas que persistem por mais de 2 semanas, mesmo com cuidados locais.
• Presença de feridas abertas, sangramento ou secreção, que indicam infecção bacteriana associada.
• Pessoas com diabetes, doenças vasculares ou sistema imunológico comprometido, que têm risco aumentado de complicações.

Nesses casos, o dermatologista poderá indicar exames, ajustar o tratamento e orientar medidas de prevenção mais específicas.

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Como evitar frieira? Prevenção prática no dia a dia

A frieira é uma infecção que pode ser facilmente evitada com hábitos simples no dia a dia, especialmente nos períodos mais quentes e úmidos do ano.

Veja as principais medidas de prevenção recomendadas por especialistas:

• Seque bem os pés após o banho, especialmente entre os dedos. A umidade é o ambiente ideal para a proliferação de fungos.
• Use meias de algodão, que absorvem melhor o suor e permitem maior ventilação. Troque as meias diariamente ou mais vezes ao dia se transpirar muito.
• Evite sapatos fechados por longos períodos, principalmente os de materiais sintéticos. Sempre que possível, opte por calçados abertos ou respiráveis.
• Nunca ande descalço em pisos úmidos públicos, como vestiários, saunas, academias, piscinas e chuveiros coletivos. Use chinelos nesses locais.
• Não compartilhe toalhas, calçados ou meias com outras pessoas, pois os fungos podem sobreviver por muito tempo nesses objetos.
• Use talcos antifúngicos ou sprays secativos nos pés em dias mais quentes ou antes de colocar sapatos fechados, para controlar o suor e dificultar a proliferação fúngica.

A prevenção é o melhor tratamento. Pequenos cuidados evitam infecções recorrentes e desconfortos duradouros.

Frieira pode voltar? Como evitar recidivas

Sim, a frieira pode voltar com facilidade, principalmente se o tratamento anterior não for feito corretamente ou se os cuidados com os pés forem negligenciados.

A frieira tem alta taxa de recorrência, principalmente em pessoas com sudorese intensa ou que voltam a expor os pés à umidade frequente.

Um dos principais fatores de recidiva é a micose nas unhas (onicomicose). Fungos presentes nas unhas podem reinfectar a pele, criando um ciclo difícil de quebrar.

Mesmo após a cura clínica, é essencial reforçar os cuidados diários, como manter os pés secos, arejados e usar calçados apropriados.

Também é importante hidratar a pele dos pés com frequência, pois a pele seca e rachada pode se tornar mais vulnerável à entrada de microrganismos.

A prevenção contínua e o cuidado com a saúde das unhas são fundamentais para evitar que a frieira volte.

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Frieira é o mesmo que micose nos pés?

Sim, frieira é um tipo de micose, causada por fungos que atacam a camada superficial da pele dos pés. No entanto, o termo “micose nos pés” pode se referir a diferentes condições fúngicas:

• A frieira (tinea pedis) ocorre principalmente entre os dedos e nas bordas dos pés.
• A onicomicose é a micose que afeta as unhas, provocando alterações como espessamento, descoloração e fragilidade.
• Já a tinea corporis é a micose que afeta outras partes do corpo, como pernas, braços ou tronco, podendo também ocorrer próxima aos pés.

Portanto, toda frieira é uma micose, mas nem toda micose nos pés é frieira. Cada uma tem características próprias e requer tratamentos específicos.

✅ Tabela comparativa: Frieira x Chulé x Micose nas unhas

Frieira tem cura?

Sim, a frieira tem cura, desde que seja tratada corretamente com o uso adequado de antifúngicos e cuidados de higiene.

De acordo com a Harvard Medical School, a frieira é uma das micoses de pele mais comuns e pode ser tratada com antifúngicos tópicos ou orais, dependendo da gravidade.

O tratamento geralmente é simples, mas deve ser seguido com regularidade e até o fim do período indicado, mesmo que os sintomas desapareçam antes disso.

A interrupção precoce do tratamento pode deixar fungos vivos na pele, provocando recaídas e aumentando o risco de resistência ao medicamento.

Casos persistentes ou que retornam com frequência devem ser avaliados por um dermatologista, que pode investigar condições associadas, como onicomicose ou imunidade baixa.

A cura da frieira depende tanto do uso correto dos medicamentos quanto da mudança de hábitos que evitam a reinfecção.

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FAQ – Dúvidas frequentes sobre frieira

Separamos abaixo as respostas para as perguntas mais comuns sobre frieira (pé-de-atleta). Confira para esclarecer suas dúvidas sobre sintomas, tratamentos e cuidados essenciais para acabar de vez com esse problema incômodo.

Posso usar pomada de micose na frieira?

Sim. Pomadas antifúngicas são a base do tratamento da frieira. Produtos com clotrimazol, miconazol ou terbinafina ajudam a combater os fungos que causam a infecção. O ideal é aplicar duas vezes ao dia na região afetada, mantendo o tratamento por pelo menos duas semanas — mesmo que os sintomas desapareçam antes.

Chá de alho ou vinagre ajudam mesmo?

Esses ingredientes possuem propriedades antifúngicas naturais e podem ajudar em casos iniciais como complemento.

Banhos de pés com vinagre de maçã ou chá de alho podem reduzir o crescimento fúngico, mas não substituem os medicamentos antifúngicos recomendados. Para casos mais graves ou persistentes, é fundamental seguir orientação médica.

Quem tem frieira pode usar sapato fechado?

Pode, desde que alguns cuidados sejam seguidos. O uso de sapatos fechados deve ser moderado e sempre com meias limpas, de algodão, que absorvam a umidade. Prefira calçados ventilados e evite permanecer com os mesmos sapatos o dia todo. Se possível, alterne os pares diariamente para que eles sequem completamente.

É perigoso deixar a frieira sem tratamento?

Sim. A frieira pode evoluir para fissuras, feridas e infecções bacterianas, especialmente se a pele estiver rachada. Em pessoas com diabetes ou baixa imunidade, essas complicações podem se tornar graves. Além disso, a falta de tratamento favorece a propagação do fungo para outras partes do corpo ou mesmo para outras pessoas.

Qual o melhor sabonete para frieira?

Sabonetes antissépticos, como os que contêm enxofre ou triclosano, são os mais indicados para a higiene diária dos pés com frieira. Eles ajudam a controlar o crescimento de fungos e bactérias. Use durante o banho, esfregando bem entre os dedos e enxaguando com água morna. Após o uso, seque completamente os pés.

Frieira e chulé são a mesma coisa?

Não. Embora possam ocorrer juntos, são problemas diferentes. A frieira é uma infecção causada por fungos, enquanto o chulé (bromidrose) é o mau cheiro causado por bactérias que se alimentam do suor.

Ambos se favorecem da umidade e do abafamento dos pés, por isso os cuidados de higiene e ventilação ajudam a prevenir os dois problemas.

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