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Gin com energético faz mal? Descubra os riscos dessa combinação
Será que misturar gin com energético faz mal? Nos últimos anos, o gin se tornou uma das bebidas alcoólicas mais populares, sendo utilizado em diversos drinks sofisticados e refrescantes.
O clássico gin tônica, por exemplo, é uma escolha comum entre os apreciadores de coquetéis. No entanto, uma tendência que tem ganhado espaço é a mistura de gin com energético, uma combinação que promete dar mais disposição e energia para festas e eventos noturnos.
Apesar de parecer inofensiva, essa mistura pode trazer sérios riscos à saúde. O energético, que contém cafeína e outros estimulantes, pode mascarar os efeitos do álcool, fazendo com que a pessoa beba mais do que deveria.
Além disso, o impacto dessa combinação no coração, no cérebro e no organismo como um todo pode ser bastante preocupante.
Hoje, aqui no SaúdeLAB, vamos compreender como o gin e o energético agem no corpo, quais são os principais riscos dessa mistura e por que ela deve ser evitada.
O que acontece quando misturamos gin com energético?
Para entender os perigos dessa combinação, primeiro é preciso saber como cada uma dessas substâncias age no organismo.
O efeito do gin (álcool) no corpo
O gin é uma bebida alcoólica destilada, e como qualquer outro tipo de álcool, ele tem um efeito depressor no sistema nervoso central. Isso significa que ele reduz a atividade cerebral, provocando relaxamento, diminuição dos reflexos e alteração na percepção da realidade.
Os principais efeitos do álcool incluem:
- Sonolência e sensação de relaxamento.
- Diminuição da coordenação motora e dos reflexos.
- Redução da capacidade de julgamento e tomada de decisões.
- Aumento da desidratação (já que o álcool tem efeito diurético).
Com o consumo excessivo, esses efeitos se intensificam, levando a tontura, náusea, vômito e, em casos mais graves, intoxicação alcoólica.
O efeito do energético (cafeína e estimulantes) no corpo
Os energéticos são bebidas que contêm cafeína, taurina e outros estimulantes que aumentam o estado de alerta e reduzem a sensação de cansaço. A principal função dessas bebidas é dar mais energia e foco, sendo muito utilizadas por pessoas que querem se manter acordadas por mais tempo.
Os principais efeitos do energético incluem:
- Aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial.
- Sensação de mais disposição e alerta.
- Redução da fadiga e do sono.
- Maior liberação de adrenalina no corpo.
- O problema da mistura: efeito mascarador do energético
O grande problema da combinação de gin com energético é que os efeitos estimulantes do energético podem “esconder” os sinais da embriaguez.
Normalmente, quando uma pessoa consome álcool, o corpo dá sinais de que já foi o suficiente: a pessoa começa a se sentir sonolenta, tonta e com reflexos mais lentos. Esses sinais servem como um alerta natural para evitar um consumo exagerado.
No entanto, quando o energético entra em cena, a cafeína e outros estimulantes reduzem essa sensação de cansaço e sonolência, fazendo com que a pessoa se sinta mais desperta e ache que ainda pode beber mais.
Como resultado, ela pode acabar ingerindo muito mais álcool do que o seu corpo consegue metabolizar, o que aumenta significativamente o risco de intoxicação alcoólica, desidratação severa e outros problemas de saúde.
Misturar gin com energético faz mal sim
Misturar gin com energético pode parecer uma ótima ideia para quem quer curtir a noite com mais energia e disposição. No entanto, essa combinação pode trazer riscos sérios para a saúde. A seguir, explicamos os principais efeitos colaterais desse mix perigoso.
Sobrecarga no sistema cardiovascular
O gin e o energético afetam o coração de maneiras opostas. O álcool presente no gin tende a diminuir a pressão arterial e desacelerar o sistema nervoso, enquanto os energéticos aumentam a frequência cardíaca e a pressão arterial devido à alta concentração de cafeína e outros estimulantes.
Quando misturados, esses efeitos conflitantes podem sobrecarregar o coração, aumentando o risco de:
- Taquicardia (batimentos cardíacos acelerados).
- Aumento da pressão arterial.
- Arritmias (alterações no ritmo do coração).
- Maior risco de infarto ou AVC em pessoas predispostas.
Isso é especialmente perigoso para quem já tem problemas cardíacos ou para aqueles que consomem essa mistura em grandes quantidades.
Maior risco de consumo excessivo de álcool
O energético pode “enganar” o corpo, fazendo com que a pessoa se sinta menos bêbada do que realmente está. Isso ocorre porque a cafeína reduz a sonolência e a fadiga causadas pelo álcool, dando a falsa sensação de que o corpo ainda aguenta mais bebida.
Com isso, há um risco maior de:
- Beber muito mais do que o recomendado sem perceber.
- Desenvolver intoxicação alcoólica.
- Se envolver em comportamentos de risco, como dirigir alcoolizado.
Ou seja, essa combinação pode levar a um consumo exagerado de álcool, tornando a noite muito mais perigosa.
Impacto no sono e na recuperação do organismo
O álcool, por si só, já prejudica a qualidade do sono, pois interfere nos ciclos do sono profundo. Quando combinado com energético, que é um estimulante, o impacto é ainda pior. Muitas pessoas que misturam gin com energético relatam:
- Dificuldade para dormir após o consumo.
- Sono superficial e não reparador.
- Sensação de cansaço extremo no dia seguinte.
Isso acontece porque a cafeína presente nos energéticos pode continuar agindo por várias horas, mesmo depois que a pessoa já parou de beber. O resultado? Um corpo exausto e uma mente ainda mais cansada.
Desidratação e ressaca mais intensa
O álcool já é um grande responsável pela desidratação, pois aumenta a eliminação de líquidos pelo organismo. Os energéticos, por outro lado, podem mascarar essa desidratação, pois fazem a pessoa se sentir mais disposta no momento.
O problema é que essa falsa sensação leva a um agravamento da ressaca no dia seguinte, com sintomas como:
- Dor de cabeça intensa.
- Boca seca e sensação de sede constante.
- Fraqueza e cansaço extremo.
- Náusea e vômitos.
Ou seja, além de ser perigosa durante o consumo, essa mistura pode transformar a ressaca em um verdadeiro pesadelo.
Comparação com outras combinações perigosas
A mistura de gin com energético pode ser comparada a outras combinações de álcool com cafeína que já demonstraram ser prejudiciais, como:
Vodca com energético – Uma das combinações mais comuns, com efeitos similares ao gin com energético, aumentando o risco de intoxicação alcoólica.
Café com licor ou whisky – Embora menos intensa do que os energéticos, a cafeína do café pode mascarar os efeitos do álcool, levando a um consumo maior do que o planejado.
Refrigerante de cola com rum ou whisky – Bebidas como Coca-Cola também contêm cafeína e açúcar, podendo estimular o organismo e gerar efeitos semelhantes aos energéticos.
Esses exemplos reforçam que a combinação de álcool e estimulantes é sempre arriscada, independentemente do tipo de bebida envolvida.
Gin com energético faz mal sempre?
A combinação de gin com energético apresenta riscos significativos para a saúde, mas será que ela é sempre prejudicial? A resposta depende de vários fatores, como a quantidade ingerida, a frequência do consumo e a sensibilidade individual a álcool e cafeína.
A importância da moderação
O principal problema dessa mistura é a forma como ela afeta o organismo, especialmente quando consumida em excesso. Pessoas que bebem grandes quantidades de gin com energético correm um risco maior de intoxicação alcoólica, problemas cardíacos e ressaca intensa.
No entanto, uma ingestão ocasional e moderada pode reduzir esses riscos.
Algumas pessoas são mais sensíveis à cafeína e ao álcool do que outras, o que significa que os efeitos colaterais podem ser mais intensos para elas, mesmo com uma pequena dose. Além disso, fatores como peso, metabolismo e estado de saúde geral influenciam diretamente na forma como o corpo processa essas substâncias.
Alternativas mais seguras
Para quem gosta de drinks energéticos, mas quer reduzir os riscos, algumas alternativas podem ser mais seguras:
Optar por bebidas menos estimulantes: Em vez de misturar gin com energético, uma alternativa seria combinar o gin com sucos naturais ou água com gás e frutas, criando um drink saboroso e refrescante sem os efeitos negativos da cafeína.
Reduzir a quantidade de energético na bebida: Caso a pessoa realmente queira consumir a mistura, o ideal é limitar a quantidade de energético utilizada e alternar o consumo com água para evitar a desidratação.
Evitar o consumo frequente: Essa combinação não deve ser uma escolha habitual. Se a ideia é curtir a noite sem exageros, optar por outras bebidas pode ser a melhor solução.
Prestar atenção nos sinais do corpo: Se, mesmo com moderação, a pessoa sentir palpitações, ansiedade ou tontura, é um sinal claro de que essa bebida não faz bem ao seu organismo.
O consumo consciente é sempre a melhor abordagem quando se trata de bebidas alcoólicas, especialmente aquelas misturadas com substâncias estimulantes.
Misturar gin com energético faz mal e pode parecer uma escolha inofensiva para quem busca mais disposição durante festas e eventos, mas os riscos dessa combinação são significativos.
O energético pode mascarar os efeitos do álcool, levando a um consumo excessivo e aumentando as chances de intoxicação. Além disso, a sobrecarga no sistema cardiovascular, a piora da qualidade do sono e a desidratação são fatores que tornam essa mistura ainda mais perigosa.
O mais importante é consumir qualquer bebida alcoólica com moderação e estar atento aos sinais do corpo. Para quem gosta de drinks, existem alternativas mais seguras e saudáveis para aproveitar a noite sem comprometer a saúde.
Se o objetivo for curtir sem exageros, vale reconsiderar essa combinação e optar por bebidas menos agressivas ao organismo. Afinal, o prazer de uma boa noite não precisa vir acompanhado de riscos desnecessários.
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