Estudo revela que jovens que sofrem castigos físicos descontam o estresse na comida

O consumo de ultraprocessados entre adolescentes funciona como válvula de escape

Cuidar das nossas emoções é fundamental, e muitas vezes a gente deixa esse cuidado de lado, e no caso dos jovens elas estão à flor da pele. Principalmente, em casos onde eles sofrem castigos físicos, e o SaúdeLab de hoje mostra estudo que mostra que isso aumenta as chances de descontar as emoções na comida, como ultraprocessados.

Adolescentes que sofrem violência têm mais chances de consumir ultraprocessados

De acordo com estudo da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), jovens adolescentes que sofrem algum tipo de violência podem aumentar o consumo de alimentos. Contudo, estes alimentos são em grande maioria de baixa qualidade nutricional.

Sendo assim, para descontar suas emoções, os alimentos ultraprocessados acabam funcionando como uma maneira de descontar o estresse. No estudo, os autores avaliaram os dados de mais de 100 mil jovens em mais de três mil escolas públicas e privadas no Brasil.

Dentre os estudantes, 15,3% sofreram algum tipo de punição física no mês que ocorreu as entrevistas. Neste grupo, o consumo de alimentos como salgadinhos é de quatro vezes por semana. Ou seja, é 44% maior, e no caso de doces esse número é de 22%, bebidas açucaradas 38%.

No entanto, a probabilidade de comer feijão e vegetais neste período caiu 25% a 19%. Nesse sentido, mais da metade dos adolescentes entrevistados consumia biscoitos e doces pelo menos quatro vezes por semana.

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Relação de estresse e comida

De acordo com a nutricionista Emanuele Souza Marques, professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, uma das líderes do estudo, os jovens preferem estes alimentos para aliviar a tensão, já que eles servem como comidas afetivas, dado que elas confortam e remete a bons momentos.

O profissional alerta que estes jovens acabam sofrendo um duplo dano, tanto emocional como nutricional, dado que o consumo desses alimentos fazem mal para saúde. Principalmente, pelo fato que os hormônios do estresse estimulam ainda mais o desejo de comer este tipo de comida que contém muito sódio, doce e gordura.

Afetando, o crescimento e a saúde. A nutricionista Thais Abad, das Clínicas Einstein, afirma que os alimentos ultraprocessados funcionam como um sistema de recompensa do cérebro. Uma vez que eles são desenvolvidos justamente para serem super palatáveis.

Contudo, os pesquisadores ressaltam que em alguns casos a escolha alimentar também deve ser investigada, para que os jovens consigam fazer escolhas mais saudáveis. Por fim, é preciso se preocupar, dado que a estimativa é que a cada ano metade de crianças e adolescentes de até 17 anos. Sofram algum tipo de violência, cerca de 300 milhões sofrem castigos violentos.

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