Mulheres são negligenciadas e sintomas de infarto são confundidos com ansiedade

De 100 mulheres entre 25 a 40 anos, 42 delas já sentiram dor no peito quando estava infartando.

Geralmente, as mulheres apresentam de forma sutil sintomas de infarto, e com isso acabam enfrentando negligência médica. Desta forma o diagnóstico não é feito e dificilmente consegue um tratamento para cuidar da saúde do coração. Entenda com o SaúdeLab por que os casos são descartados e considerados ansiedade.

Mulheres sofrem negligência médica quando infarto é confundido com ansiedade

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as cardiopatias correspondem a cerca de um terço das mortes de mulheres em todo o mundo. Sendo assim, ocorrem 8,5 milhões de óbitos por ano, isto significa, mais de 23 mil mortes por dia de mulheres por infarto.

No Brasil, a taxa de mortalidade de mulheres atinge a maior taxa da América Latina. As doenças do coração atingem principalmente mulheres acima dos 40 anos, representando 30% das causas de morte. Saiba que este fato ocorre porque os sintomas de infarto são diferentes dos dos homens.

Nesse sentido, quando um homem apresenta problemas cardíacos logo ele é identificado, sendo possível impedir um infarto. No caso da mulher , o atendimento é negligenciado. Em setembro do ano passado, foi divulgado o relatório da American Heart Association (AHA).

Nele foi tratado sobre o subdiagnóstico de problemas cardíacos em mulheres, revelando que ele apresenta sintomas sutis que passam despercebidos pelos médicos. Geralmente, ao avaliar as pacientes, os profissionais consideram que elas estão com uma condição menos grave.

Como crises de ansiedade, logo são oferecidos para as mulheres outro tipo de tratamento, algo relacionado ao emocional e não para cuidar do coração. Conforme divulgou a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o infarto do miocárdio está bastante relacionado a sintomas atípicos nas mulheres.

Nesse sentido, elas apresentam os seguintes sintomas:

  • Náuseas;
  • Dor nas costas e no pescoço;
  • Vômitos;
  • Falta de ar;
  • Indigestão;
  • Ardência na pele
  • Dor nos ombros, no rosto, na mandíbula;
  • Fadiga incomum;
  • Palpitações.

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Causas

Segundo a SBC, a mulher tem um coração um pouco menor do que o homem, algo em torno de dois terços do tamanho. Além disso, a fisiologia também é diferente, visto que a frequência cardíaca delas são mais aceleradas.

Assim como artérias coronárias mais finas, tendo assim uma tendência maior de sofrer bloqueios nas artérias maiores e menores que levam sangue para o coração. O mais preocupante é que está ocorrendo um aumento de doenças cardiovasculares em mulheres mais jovens. Desde de 2020, a SBC mostrou uma predominância maior de mulheres entre 15 e 49 anos. 

Aumentando as mortes por doenças isquêmicas e de infarto do miocárdio. Ou seja, o mito de que a mulher estava protegida devido aos hormônios sexuais até os 50 anos não é verdadeira. Nos últimos anos isso foi mudando, principalmente por conta do estresse. 

Portanto, os altos níveis de estresse podem aumentar a pressão arterial e a frequência cardíaca, causando problemas sérios para saúde, como derrame e ataque cardíaco. Neste caso o efeito do estresse é ainda mais negativo, pois ocorrem atinge principalmente as mulheres com menos de 50 anos. 

Por fim, a SBC afirma que as doenças do coração nas mulheres estão associadas ao estresse mental, emocional e psicológico. Entenda que muitas delas mantêm uma jornada extensa de trabalho, cuidando também de filhos e tarefas domésticas. Tudo isso eleva o grau de estresse, e acaba intensificado com a falta de atividade física, má alimentação, tabagismo e consumo excessivo de bebidas alcoólicas. 

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