Você sabe realmente o que é obesidade e seus riscos? Especialistas alertam para um futuro alarmante

Você sabe realmente o que é obesidade e quais são seus riscos? Ela tem se tornado um dos maiores desafios de saúde pública no mundo.

Segundo um estudo publicado no início deste ano na revista The Lancet, mais da metade da população adulta global poderá estar acima do peso ou obesa até 2050.

Os dados, analisados a partir do Global Burden of Disease Study, indicam que, se nenhuma ação eficaz for tomada, o número de crianças, adolescentes e adultos com excesso de peso continuará a crescer de forma preocupante.

Mas afinal, o que é obesidade, quais são os seus riscos e como podemos combatê-la? Vamos apresentar as principais informações do estudo e entender como essa condição pode ser evitada.

O que é obesidade e quando ela é diagnosticada?

Compreender o que é obesidade é fundamental para reconhecer os riscos que ela representa à saúde.

Trata-se de uma condição em que há um acúmulo excessivo de gordura corporal, o que pode levar a uma série de complicações graves.

O diagnóstico mais comum é feito por meio do Índice de Massa Corporal (IMC), que estabelece uma relação entre o peso e a altura de uma pessoa.

O cálculo é simples: divide-se o peso (em quilos) pela altura ao quadrado (em metros).

  • IMC entre 18,5 e 24,9 – Peso normal
  • IMC entre 25 e 29,9 – Sobrepeso
  • IMC acima de 30 – Obesidade

Ou seja, uma pessoa é considerada obesa quando seu IMC é igual ou superior a 30.

No caso de crianças e adolescentes, os critérios variam de acordo com tabelas específicas que levam em conta idade e sexo.

No entanto, como especialistas vêm defendendo há muitos anos, o IMC não é mais o único parâmetro utilizado para definir obesidade clínica.

Uma diretriz apoiada pela revista The Lancet propõe uma nova definição para a obesidade, reconhecendo-a como uma doença crônica e contínua, e não apenas como um fator de risco.

Foi proposto 18 sinais capazes de indicar quando a obesidade se configura como uma doença clínica em adultos, e outros 13 sinais em crianças e adolescentes.

A obesidade é agora dividida em dois tipos: obesidade clínica e obesidade pré-clínica.

Obesidade Clínica e Obesidade Pré-Clínica

A obesidade clínica é caracterizada por disfunções orgânicas causadas pelo excesso de gordura corporal, incluindo alterações metabólicas, cardiovasculares e até estruturais nos órgãos e tecidos.

Já a obesidade pré-clínica é definida como o excesso de gordura corporal sem evidências claras de disfunção orgânica, mas com risco aumentado de evolução para doenças crônicas.

Essa nova abordagem é importante porque vai além do IMC e considera fatores adicionais como a circunferência abdominal e outros métodos de avaliação direta da gordura corporal.

Previsões alarmantes para o futuro

De acordo com o estudo da Lancet, a obesidade tem aumentado em uma velocidade preocupante nas últimas décadas.

Em 1990, havia cerca de 731 milhões de adultos e 198 milhões de crianças e adolescentes com sobrepeso ou obesidade.

Em 2021, esse número subiu para 2,1 bilhões de adultos e 493 milhões de jovens. Se essa tendência continuar, até 2050 teremos 3,8 bilhões de adultos acima do peso, sendo 1,95 bilhão de obesos.

Além disso, um terço das crianças e adolescentes poderá estar com excesso de peso em 2050.

Isso significa que cada vez mais jovens correm o risco de desenvolver doenças associadas à obesidade, como diabetes tipo 2, hipertensão e problemas cardiovasculares.

Obesidade no Brasil: um problema crescente

A obesidade no Brasil também é preocupante.

De acordo com o Atlas Mundial da Obesidade 2025, cerca de 31% da população brasileira vive com obesidade.

Esse número tende a crescer nos próximos anos, já que a proporção de brasileiros com obesidade está diretamente ligada ao aumento do sedentarismo e de hábitos alimentares não saudáveis.

O estudo revela que 68% da população brasileira está acima do peso, sendo que 37% tem sobrepeso e 31% são obesos.

Além disso, a pesquisa aponta que a falta de atividade física contribui ainda mais para o problema.

Cerca de 40% a 50% dos adultos brasileiros não praticam exercícios na intensidade recomendada.

Com base nesses dados, as projeções indicam que, até 2030, o número de homens com obesidade no Brasil pode crescer 33,4%. Entre as mulheres, esse aumento pode chegar a 46,2%.

Esses dados ressaltam a necessidade urgente de ações eficazes para compreender melhor o que é obesidade, seus riscos e as formas de combatê-la.

Principais fatores que contribuem para o aumento da obesidade

O estudo da Lancet aponta diversos fatores que explicam o crescimento da obesidade no mundo. Entre eles, podemos destacar:

  • Alimentação ultraprocessada: A maior disponibilidade e o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados são apontados como uma das principais causas do aumento da obesidade. Produtos como fast food, refrigerantes, biscoitos industrializados e salgadinhos costumam ser ricos em açúcar, gordura e sódio, além de terem baixo valor nutricional.
  • Sedentarismo: A falta de atividade física também tem um impacto significativo no ganho de peso. Com a tecnologia e as mudanças no estilo de vida moderno, muitas pessoas passaram a se movimentar menos, o que contribui para o aumento da obesidade.
  • Fatores genéticos e metabólicos: Embora a obesidade esteja diretamente relacionada à alimentação e ao sedentarismo, fatores genéticos e hormonais também podem influenciar a tendência ao ganho de peso.
  • Ambiente e hábitos culturais: O ambiente em que vivemos também influencia os hábitos alimentares e de atividade física. O fácil acesso a alimentos não saudáveis, a falta de espaços para a prática de exercícios e rotinas estressantes podem contribuir para o aumento da obesidade.

Os impactos da obesidade na saúde

O excesso de peso não é apenas uma questão estética, mas um problema de saúde sério.

A obesidade aumenta o risco de várias doenças, como:

  • Diabetes tipo 2 – O excesso de gordura no organismo pode levar à resistência à insulina, aumentando o risco de diabetes.
  • Hipertensão e problemas cardíacos – O acúmulo de gordura pode afetar a circulação e aumentar a pressão arterial.
  • Maior risco de alguns tipos de câncer – Estudos indicam que a obesidade está associada a um maior risco de desenvolver câncer de mama, próstata e colorretal.
  • Problemas nas articulações – O peso excessivo sobrecarrega as articulações, o que pode levar ao desenvolvimento de artrite e dores crônicas.

Além disso, a obesidade pode afetar a saúde mental, aumentando o risco de depressão e ansiedade.

Como combater a obesidade?

Diante desse cenário preocupante, especialistas reforçam a importância de medidas preventivas e de conscientização para conter o avanço da obesidade no mundo.

Algumas ações são essenciais:

  • Reeducação alimentar
  • Prática regular de exercícios
  • Educação e conscientização
  • Políticas públicas de combate à obesidade
  • Acompanhamento médico e psicológico

A importância da ação imediata

Os dados do estudo são um alerta para a necessidade de mudanças urgentes no estilo de vida da população global.

Se nada for feito, a obesidade continuará a crescer e trará impactos negativos para a saúde pública e qualidade de vida das pessoas.

Agora que você sabe o que é obesidade e seus riscos, é fundamental entender que prevenir essa condição não depende apenas de escolhas individuais, mas também de mudanças no ambiente e nas políticas públicas.

Pequenas mudanças na alimentação, na rotina de exercícios e na conscientização podem fazer toda a diferença para um futuro mais saudável.

Leia também: Melatonina é natural e estudo indica que ela pode ser aliada no combate à obesidade e diabetes tipo 2

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Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

Artigos: 222
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