Pesquisa aponta que redução de sono afeta a saúde de crianças de 5 a 7 anos
O estudo foi realizado com 199 crianças em escolas publicas e particulares nas cidades de Fortaleza e São Paulo
O blog SaúdeLab de hoje mostra pesquisa da Universidade de São Paulo que crianças de cinco a sete anos estão dormindo menos e isso pode causar danos na saúde. A princípio, elas estão dormindo menos de seis horas por dia, sendo que o ideal para esta idade é para mais de 8 horas. Entenda como isso afeta a saúde dos pequenos.
Crianças entre cinco e sete anos estão dormindo menos de seis horas por noite
A pesquisa realizada pela instituição revela que crianças entre cinco e sete anos de idade estão dormindo menos de seis horas por noite. Desta forma, aumenta as chances de desenvolver problemas cognitivos, comportamentais, doenças do coração e obesidade.
Entenda que além da restrição do sono outro fator pode ocasionar outras doenças como desenvolvimento de doenças inflamatórias. Neste caso, o excesso de gordura corporal é outro fator que afeta as crianças nesta faixa etária, como apresentou os resultados da USP.
Nesse sentido, a Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP pesquisou 199 crianças estudantes de escolas públicas e privadas das cidades de Fortaleza e São Paulo. A pesquisa teve como referência o tempo de sono recomendado por faixa etária da National Sleep Foundation.
A princípio, o estudo realizado pela faculdade busca investigar a associação entre sono e perfil inflamatório, e a medida da circunferência da cintura das crianças. Sendo assim, foram avaliados o tempo de sono, amostras de sangue e as medidas circunferência abdominal.
Com todos os dados foi realizado uma análise e construído um modelo teórico para avaliar os parâmetros deste estudo. Como resultado foi identificado que as crianças em média estão dormindo entre 5,72 horas de tempo de sono e a medida da cintura de 59,61 cm.
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Falta de sono e excesso de peso
Sobretudo, os estudos prévios indicam que a qualidade do sono e a dormir em horários irregulares contribuem para o surgimento de problemas de saúde. Como cognição prejudicada, dificuldades comportamentais, redução de desempenho escolar e tem o maior risco de desenvolver obesidade.
Além disso, quando há falta de sono associado ao excesso de peso o corpo tem as suas funções do sistema imunológico baixas e gera processos inflamatórios crônicos. Ademais, os estudos mostraram que existem riscos de desenvolver síndromes coronarianas agudas.
De acordo com a nutricionista Vanessa Cássia, autora da dissertação de mestrado sobre o assunto, a interrupção do ciclo natural do sono de uma criança é interrompida. O organismo do corpo entende como um estresse e passa emitindo sinais para produção de marcadores inflamatórios. Dentre eles a proteína C-Reativa (PCR), como resposta à privação do sono.
Fonte: Jornal da USP
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