Produtos proibidos pela Anvisa: por que azeite, sal, cosméticos e estimulante foram retirados do mercado

Azeite, sal, cosméticos e até estimulantes “naturais” estão entre os produtos proibidos pela Anvisa nos últimos dias.

As medidas foram tomadas após a Agência identificar riscos à saúde e irregularidades graves na fabricação e divulgação desses itens.

O que levou à proibição dos estimulantes e cosméticos

Um dos casos que mais chamaram atenção foi o do Estimulante Natural em Gotas Tesão de Vaca Original.

A Anvisa ordenou que todos os lotes fossem recolhidos e proibiu sua fabricação, divulgação e venda.

O motivo? A composição do produto é desconhecida, e a propaganda prometia efeitos sem comprovação científica, como aumento da energia, melhora da vida sexual e prevenção de doenças.

Essas promessas não são permitidas em produtos alimentícios e podem enganar o consumidor, dando a falsa ideia de segurança e eficácia.

Além dele, dois cosméticos também entraram na lista de proibidos pela Anvisa: o Top Maxx e o Top Gel, da empresa Victor Vargas dos Santos.

O Top Maxx foi fabricado com uma concentração acima do limite permitido da substância triclosan, usada como conservante e antibacteriano.

Já o Top Gel foi apenas notificado na Agência, quando na verdade precisava de registro formal para ser vendido.

Por isso, ambos devem ser recolhidos imediatamente do mercado.

Azeite Ouro Negro e sal do Himalaia Kinino também foram suspensos

Nem só os cosméticos e estimulantes naturais entraram na lista de produtos proibidos pela Anvisa.

Na ultima segunda-feira (20), o Azeite Extra Virgem Ouro Negro teve todos os seus lotes apreendidos.

O produto, segundo a Agência, tem origem desconhecida e chegou a ser desclassificado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Além disso, a empresa que aparecia no rótulo como importadora está com o CNPJ suspenso pela Receita Federal, o que significa que o azeite não tem procedência confiável e pode representar risco para quem o consome.

Outro caso envolve o Sal do Himalaia Moído 500g, da marca Kinino.

Treze lotes do produto foram recolhidos após análises do Instituto Adolfo Lutz apontarem teor de iodo abaixo do exigido por lei.

O iodo é essencial para o bom funcionamento da tireoide e, quando está em falta na dieta, pode causar o chamado bócio e até problemas no desenvolvimento do feto durante a gravidez.

Vale destacar que, neste caso, a própria empresa notificou a Anvisa e iniciou o recolhimento voluntário dos lotes irregulares.

O perigo do “Chá do Milagre” e das promessas sem comprovação

Outro produto agora proibido pela Anvisa é o chamado Chá do Milagre, também conhecido como Pó do Milagre ou Pozinho do Milagre.

O produto circulava nas redes sociais com promessas tentadoras. Emagrecimento rápido, combate à ansiedade, melhora do sono e até prevenção de câncer.

O problema é que ninguém sabe o que há dentro da embalagem; a composição e os responsáveis pela fabricação são desconhecidos.

Além disso, o chá era divulgado com alegações medicinais, o que é ilegal para produtos alimentícios e sem registro sanitário.

Por que a Anvisa proíbe e recolhe produtos

A Anvisa é responsável por garantir que tudo o que chega ao consumidor (alimentos, cosméticos, medicamentos e suplementos), tenha qualidade comprovada e não traga riscos à saúde).

Quando um produto tem origem desconhecida, está fora das normas ou promete efeitos terapêuticos sem autorização, ele pode ser suspenso, interditado ou recolhido.

Essas ações ajudam a impedir que substâncias desconhecidas ou mal formuladas circulem livremente no mercado.

E, mesmo que alguns desses produtos sejam divulgados como “naturais” ou “seguros”, isso não garante que sejam realmente inofensivos.

O que o consumidor deve fazer

Quem comprou algum dos produtos proibidos pela Anvisa deve interromper o uso imediatamente.

No caso de alimentos e cosméticos, o ideal é não consumir nem aplicar na pele, além de informar o local da compra para que as autoridades possam agir.

Mais do que fiscalizar, a Agência reforça que o consumidor tem papel fundamental ao denunciar produtos irregulares, especialmente aqueles vendidos pela internet, sem procedência clara e com promessas milagrosas.

Afinal, quando o assunto é saúde, segurança deve vir sempre em primeiro lugar.

Leia também: Como conseguir PrEP pelo SUS: passo a passo para ter acesso gratuito à prevenção contra o HIV

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Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

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