Saiba o que levou a Anvisa a proibir a semaglutida manipulada nas farmácias

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu proibir a semaglutida manipulada em farmácias de todo o país. A substância é utilizada em tratamentos para diabetes tipo 2 e também em canetas de emagrecimento, como Ozempic e Wegovy, que ganharam popularidade nos últimos tempos.

Segundo a Anvisa, a semaglutida manipulada, por não ser produzida diretamente pela fabricante oficial, pode colocar em risco a saúde da população. Isso porque não há garantias de que essas versões tenham a mesma pureza, estabilidade e dosagem correta dos medicamentos originais.

Por que a Anvisa proibiu a semaglutida manipulada?

Muitas pessoas buscavam a semaglutida manipulada por ser uma opção mais acessível em comparação aos medicamentos de marca.

A Anvisa, porém, reforça que esse tipo de produto não garante segurança.

Em 2023, a própria agência realizou inspeções em farmácias de manipulação e importadoras de insumos. Foram encontradas falhas graves, como:

  • prescrições com doses acima do recomendado;
  • uso de substâncias sem aprovação;
  • e falta de controle de qualidade nos insumos.

Esses problemas ajudaram a motivar as novas regras, que têm como foco proteger os pacientes.

Quais os riscos desses medicamentos manipulados?

As sociedades médicas alertam que medicamentos como a semaglutida manipulada podem apresentar riscos sérios, entre eles:

  • doses incorretas (acima ou abaixo do necessário);
  • contaminação ou falsificação;
  • instabilidade da fórmula, já que essas moléculas são sensíveis a variações de temperatura e pH;
  • e até relatos de efeitos adversos graves, como pancreatite, infecções e complicações digestivas.

E os remédios originais como Ozempic e Wegovy?

É importante esclarecer que a proibição não afeta os medicamentos já aprovados e registrados no Brasil.

Produtos como Ozempic, Wegovy e Rybelsus continuam sendo vendidos normalmente em farmácias, mas apenas em suas versões originais, fabricadas pela empresa detentora da patente.

Segundo a fabricante, a decisão da Anvisa fortalece a segurança dos pacientes, já que os manipulados não oferecem a mesma garantia de eficácia ou qualidade.

E a tirzepatida, presente no Mounjaro?

Na mesma decisão, a Anvisa manteve a permissão para a manipulação da tirzepatida, substância usada no medicamento Mounjaro, também indicado para obesidade e diabetes tipo 2.

No entanto, especialistas alertam que os riscos da tirzepatida manipulada são semelhantes aos da semaglutida manipulada.

A SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), inclusive, já pediu formalmente que a Anvisa também proíba a manipulação dessa substância, para evitar que o mercado irregular apenas substitua uma pela outra.

O que o consumidor precisa saber

Para quem já usa ou pensa em usar medicamentos como o Ozempic, a mensagem é clara: não se deve recorrer à semaglutida manipulada.

Além de não serem autorizadas, essas versões podem trazer riscos sérios à saúde.

O caminho mais seguro é sempre contar com orientação médica e utilizar apenas medicamentos aprovados, de procedência garantida e registrados no Brasil.

Leitura Recomendada: Anvisa torna obrigatória retenção de receita para venda de canetas emagrecedoras como Ozempic e Wegovy

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Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

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