Carragena faz mal? Entenda tudo sobre esse ingrediente polêmico

Você já leu a lista de ingredientes de um produto e encontrou o termo “carragena”? Esse nome, embora pouco conhecido para muitos, aparece com frequência em alimentos e bebidas do nosso dia a dia. Talvez você tenha se perguntado: Será que carragena faz mal?

Se você já teve essas dúvidas, não está sozinho. A carragena é amplamente usada na indústria alimentícia, mas também tem sido alvo de debates e controvérsias sobre possíveis efeitos negativos.

Hoje, aqui no SaúdeLAB, vamos entender o que é a carragena, por que ela é tão usada e, claro, se há motivos para preocupação com o seu consumo. Acompanhe e descubra tudo o que você precisa saber sobre esse ingrediente!

O que é a carragena?

A carragena é um aditivo alimentar natural extraído de algas vermelhas, também conhecidas como algas marinhas. Esse composto é amplamente utilizado na indústria alimentícia devido à sua capacidade de espessar, estabilizar e dar textura aos alimentos.

Essencialmente, ela ajuda a melhorar a consistência de produtos e prolongar sua durabilidade.

Você pode encontrar carragena em uma ampla variedade de alimentos. Entre os exemplos mais comuns estão:

  • Sorvetes e sobremesas geladas, para garantir uma textura cremosa.
  • Leites vegetais, como o de amêndoas e aveia, para manter a mistura homogênea.
  • Carnes processadas, para evitar a separação dos líquidos.
  • Molhos e cremes, como maionese e molhos para salada, para melhorar a viscosidade.

Embora seja um ingrediente natural, a carragena está longe de ser unanimidade. Sua segurança tem sido questionada em alguns estudos, o que gera dúvidas entre consumidores. Entender as razões dessas controvérsias é essencial para tomar decisões informadas sobre o que colocamos no prato.

Por que a carragena é usada na indústria alimentícia?

A carragena desempenha um papel essencial na indústria alimentícia devido às suas propriedades funcionais. Ela age como um espessante, estabilizante e emulsificante, melhorando a textura e a consistência dos produtos.

Além disso, ajuda a evitar que ingredientes se separem, o que é especialmente útil em alimentos líquidos e semi-sólidos.

Por exemplo, no caso dos leites vegetais, como o de amêndoas ou aveia, a carragena impede que as partículas sólidas se depositem no fundo da embalagem, garantindo uma bebida homogênea e cremosa.

Em molhos prontos, como os para saladas, ela mantém a mistura uniforme, evitando que o óleo e outros ingredientes se separem. Em sorvetes, contribui para uma textura suave e cremosa, mesmo após várias horas no congelador.

Outro ponto importante é sua capacidade de prolongar a vida útil dos produtos, reduzindo a necessidade de outros conservantes. Esses benefícios tornam a carragena uma escolha popular para os fabricantes que buscam atender à demanda por alimentos de boa qualidade e longa duração.

Embora amplamente utilizada, a carragena é aprovada por órgãos reguladores como a FDA (Food and Drug Administration, nos EUA) e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no Brasil). Isso garante, em teoria, sua segurança para o consumo humano, o que inspira confiança na indústria alimentícia.

Carragena faz mal? O que dizem os estudos?

A pergunta que mais intriga os consumidores é se a carragena realmente faz mal. Para entender isso, é importante distinguir entre os dois tipos principais de carragena:

Carragena não degradada: É o tipo usado em alimentos, aprovado por órgãos reguladores e amplamente considerado seguro.

Carragena degradada (ou poligenana): Não é usada em alimentos, pois estudos indicam que pode causar inflamações e outros danos à saúde.

Apesar da carragena não degradada ser aprovada, alguns estudos levantaram preocupações. Pesquisas em laboratório sugerem que ela pode desencadear processos inflamatórios no sistema digestivo de animais e seres humanos sensíveis, além de estar associada a condições como síndrome do intestino irritável (SII).

Há também relatos de que seu consumo em excesso pode causar desconfortos gástricos, como inchaço e diarreia.

Por outro lado, grandes organizações reguladoras, como a FDA, a EFSA (Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos) e a Anvisa, analisaram extensivamente os dados disponíveis e concluíram que a carragena não degradada é segura para o consumo humano nas quantidades permitidas.

Essas conclusões são baseadas em estudos que não encontraram evidências consistentes de riscos à saúde quando o aditivo é usado de forma adequada.

Vale destacar que a sensibilidade individual também desempenha um papel importante. Enquanto a maioria das pessoas consome carragena sem problemas, algumas podem apresentar reações adversas, como desconfortos intestinais. Nesses casos, é recomendável reduzir ou evitar alimentos que contenham o ingrediente.

A conclusão? Para a maioria dos consumidores, a carragena não representa um risco significativo à saúde, especialmente quando consumida dentro dos limites regulamentares. No entanto, como em qualquer aspecto da alimentação, a moderação e a atenção à resposta do próprio corpo são fundamentais.

Portanto, podemos dizer que, quando consumida com moderação e quando encontrada em alimentos devidamente controlados pela Anvisa, a carragena não faz mal.

Carragena no dia a dia: devo evitar?

Se você está preocupado com a carragena e quer saber se deve evitá-la, é importante adotar uma abordagem equilibrada.

Para a maioria das pessoas, o consumo de carragena em alimentos processados não é motivo de grande preocupação, especialmente quando as quantidades são moderadas. No entanto, existem algumas práticas que podem ajudar você a tomar decisões mais informadas sobre o que consome.

Primeiramente, ler os rótulos dos produtos é essencial. A carragena costuma estar listada entre os ingredientes de produtos como leites vegetais, sorvetes, molhos e carnes processadas. Se você está buscando evitá-la ou reduzir sua ingestão, esse é um bom ponto de partida.

Outra dica importante é preferir alimentos mais naturais e minimamente processados. Alimentos frescos, como frutas, legumes, carnes frescas e grãos integrais, são naturalmente livres de aditivos como a carragena, além de oferecerem uma alimentação mais nutritiva e equilibrada.

Se você notar algum desconforto após consumir produtos com carragena, como dores estomacais, inchaço ou diarreia, considere experimentar alternativas sem esse ingrediente. No mercado, já existem opções de produtos que não utilizam carragena, especialmente em alimentos orgânicos e naturais.

Em geral, para a grande maioria das pessoas, a exposição limitada à carragena não representa grandes riscos à saúde, mas sempre vale a pena prestar atenção ao que o seu corpo te diz.

Em resumo, a carragena é um ingrediente comum e aprovado por autoridades como a FDA e a Anvisa, sendo amplamente considerada segura quando consumida em quantidades moderadas.

No entanto, ela gera controvérsias e pode causar reações em pessoas mais sensíveis. Por isso, a melhor abordagem é fazer escolhas informadas e observar como o seu corpo reage a alimentos que contenham esse aditivo.

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Enf. Raquel Souza de Faria
Enf. Raquel Souza de Faria

Sou Raquel Souza de Faria, Enfermeira (COREN – MG 212.681) Especialista em Docência do Ensino Superior, Consultora de Enfermagem em Núcleo de Segurança do Paciente, Gestora de Serviços de Atenção Básica/Saúde da Família. Empresária e Empreendedora, amante da Fitoterapia e das Terapias Holísticas, oferecendo bem-estar e prevenção de doenças como Auriculoterapêuta e Esteticista.
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