O que é Mounjaro de pobre? Suplementos e alternativas viram febre nas redes sociais (mas é preciso cuidado)

O que é Mounjaro de pobre? Embora o medicamento usado no tratamento do diabetes tipo 2 ainda não tenha chegado oficialmente às farmácias brasileiras, já está movimentando as redes sociais.

A versão original, fabricada pela farmacêutica Eli Lilly, deve começar a ser vendida no Brasil na segunda quinzena de maio. Enquanto isso, muitas pessoas já estão em busca de alternativas mais acessíveis, popularmente chamadas de ‘Mounjaro de pobre’

Mas afinal, o que é Mounjaro de pobre e por que esse termo virou tendência na internet?

Basicamente, ele é usado para se referir a produtos naturais ou suplementos (como fibras e emagrecedores) que prometem efeitos semelhantes ao do remédio original, especialmente no emagrecimento.

A ideia de um “substituto acessível” tem ganhado força à medida que cresce o interesse por métodos para perder peso de forma rápida.

Por que tanta gente quer saber o que é Mounjaro de pobre

Antes de entender mais sobre o que é o “Mounjaro de pobre”, é importante conhecer melhor o medicamento original que inspirou essa busca por alternativas.

O Mounjaro é um medicamento injetável aprovado pela Anvisa em 2023, indicado para o tratamento de diabetes tipo 2.

Ele atua controlando os níveis de açúcar no sangue e tem ganhado destaque devido ao seu efeito colateral observado: a perda de peso.

O princípio ativo do Mounjaro é a tirzepatida, que age em dois hormônios naturais do intestino — o GLP-1 e o GIP.

Esses hormônios ajudam na produção de insulina, regulam o apetite e promovem a sensação de saciedade após as refeições.

Como resultado, além de controlar o diabetes, o medicamento também pode levar à perda de peso, pois muitas pessoas acabam consumindo menos alimentos.

Estudos indicam que a tirzepatida, presente no Mounjaro, apresentou resultados superiores à semaglutida (do Ozempic) na perda de peso, o que gerou expectativas para seu uso no tratamento da obesidade.

Contudo, a indicação para emagrecimento ainda não foi aprovada pela Anvisa.

Medicamento ganhou fama

Os dados apontam que:

• Participantes que usaram Mounjaro perderam até 47% mais peso do que aqueles que usaram medicamentos com semaglutida.
• Mais de 30% dos pacientes tiveram redução de pelo menos 25% do peso corporal durante o tratamento.

Esses resultados ajudam a explicar por que o medicamento ganhou fama tão rapidamente, e por que tantos estão à procura de algo que se aproxime de seus efeitos, mesmo sem acesso ao produto original.

O que é Mounjaro de pobre

Com o alto preço do medicamento original (que pode custar entre R$ 1.406 e R$ 4.006,82 nas farmácias) muitas pessoas começaram a buscar alternativas mais acessíveis.

E, nesse contexto, influenciadores e usuários das redes sociais começaram a divulgar soluções “mais baratas”.

Fibras como o psyllium, suplementos de glucomanano, shakes, cápsulas naturais e até misturas caseiras passaram a ser divulgadas com promessas de resultados milagrosos.

As promessas mais comuns incluem:

• Redução do inchaço abdominal;
• Menos fome durante o dia;
• Perda de peso rápida e sem efeitos colaterais;
• Custo muito mais acessível.

Foi aí que o termo “Mounjaro de pobre” viralizou nas redes sociais.

Agora, muitas pessoas estão em busca de entender melhor: o que é o Mounjaro de pobre e como ele pode ser realmente útil no processo de emagrecimento.

Dados do Google Trends mostram que as buscas por esse termo dispararam em 2025.

Muita gente quer descobrir quais suplementos, chás ou receitas naturais poderiam funcionar como uma versão mais barata do Mounjaro.

Fibras e suplementos realmente substituem o Mounjaro?

Apesar da popularidade do “Mounjaro de pobre”, especialistas em saúde alertam que não existe comparação real entre as alternativas naturais e o medicamento aprovado.

Fibras como o psyllium, por exemplo, até ajudam na saciedade e podem colaborar com o funcionamento do intestino, mas não reproduzem o efeito da tirzepatida no corpo.

Ou seja: não é correto dizer que fibras ou emagrecedores naturais substituem o Mounjaro.

Além disso, o uso do remédio original precisa de prescrição médica e acompanhamento profissional.

A automedicação ou o uso de substitutos sem comprovação científica pode colocar a saúde em risco.

Muitas dessas “alternativas” vistas na internet não possuem estudos clínicos que comprovem seus efeitos a longo prazo.

O perigo da automedicação e do uso off-label

No Brasil, o Mounjaro foi liberado pela Anvisa somente para o tratamento da diabetes tipo 2. Ou seja, a indicação para emagrecimento ainda não é oficial por aqui.

Apesar disso, alguns médicos já receitam o medicamento com essa finalidade, num processo chamado de “uso off-label”, quando um remédio é prescrito para fins diferentes dos que estão na bula.

Mesmo nesses casos, a venda do Mounjaro exige receita médica retida.

O problema é que a busca pelo emagrecimento rápido tem levado muitas pessoas a usar medicamentos por conta própria, sem acompanhamento médico. Isso pode gerar sérios riscos à saúde.

Mounjaro de pobre: por que é preciso cautela antes de seguir alternativas

​​Se você está tentando emagrecer e se deparou com vídeos nas redes sociais falando sobre o que é Mounjaro de pobre, vale reforçar alguns cuidados antes de seguir qualquer recomendação:

• Emagrecer de forma saudável exige tempo, acompanhamento e mudanças reais nos hábitos;
• Nenhum suplemento ou fibra, por si só, fará você perder peso de maneira significativa e duradoura;
• O uso de medicamentos como o Mounjaro deve sempre ser feito com orientação médica;
• Opções naturais, como o psyllium, podem ajudar no controle da fome, mas não substituem tratamento para diabetes ou obesidade.

A busca por um corpo mais saudável e uma vida com mais qualidade é válida e necessária.

Mas é essencial que ela aconteça de forma segura, consciente e com orientação profissional.

Afinal, mais importante do que seguir modismos, é cuidar do próprio corpo com responsabilidade.

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