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Degeneração macular tem cura? O que é possível fazer para proteger sua visão
“A dúvida sobre se a degeneração macular tem cura ou algum tratamento eficaz é muito comum".
Se você ouviu o diagnóstico de degeneração macular ou conhece alguém passando por isso, é natural que surja a pergunta: degeneração macular tem cura?
Essa é uma das condições mais comuns que afetam a visão das pessoas com o avanço da idade, especialmente a partir dos 60 anos.
Apesar de não ter uma cura definitiva, há tratamentos que podem estabilizar o quadro e, em alguns casos, até melhorar a qualidade de vida do paciente.
Entendendo melhor o que é a degeneração macular
A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é uma doença que afeta a mácula, uma pequena área no centro da retina responsável pela visão central, aquela que usamos para ler, dirigir, reconhecer rostos e enxergar detalhes com nitidez.
Com o tempo, essa parte da retina pode sofrer alterações e perder a capacidade de funcionar corretamente, o que compromete a visão central, mesmo que a visão periférica continue preservada.
A degeneração macular tem cura definitiva? Não. Mas isso não significa que não existam caminhos para controlar o problema e preservar a visão pelo maior tempo possível.
Quais são os tipos de degeneração macular?
Antes de falarmos sobre o que pode ser feito para tratar a doença, é importante entender que a degeneração macular não é uma condição única.
Ela se manifesta de formas diferentes, com características e evoluções distintas, e isso influencia diretamente nos sintomas e nas possibilidades de tratamento.
A seguir, explico os dois principais tipos da doença e os sinais de alerta mais comuns.
Depois disso, você vai entender por que, mesmo sem cura, há muito que pode ser feito para preservar sua visão.
Degeneração macular seca (ou atrófica)
É a forma mais comum, representando cerca de 85% dos casos.
Ocorre de maneira lenta e progressiva, com o afinamento da mácula e acúmulo de resíduos celulares chamados drusas.
Com o tempo, pode causar perda gradual da visão central.
Embora ainda sem tratamento específico que reverta o quadro, existem estratégias para retardar a progressão.
Degeneração macular úmida (ou exsudativa)
Menos comum, mas mais agressiva, essa forma é caracterizada pelo crescimento anormal de vasos sanguíneos sob a retina.
Esses vasos podem vazar líquido ou sangue, prejudicando a visão rapidamente.
É justamente na forma úmida que os avanços da medicina têm trazido mais esperança, com tratamentos capazes de conter a evolução da doença.
Quais são os sintomas da degeneração macular?
A doença pode começar de forma silenciosa, especialmente na fase inicial. Com o tempo, os sinais mais comuns incluem:
- Dificuldade para enxergar detalhes, mesmo com óculos;
- Visão embaçada ou distorcida no centro do campo visual;
- Percepção de linhas retas como onduladas (metamorfopsia);
- Necessidade de luz mais intensa para ler;
- Manchas escuras ou áreas apagadas no centro da visão.
Se você perceber qualquer um desses sintomas, procure imediatamente um oftalmologista.
O diagnóstico precoce é essencial para preservar a visão.
Degeneração macular tem cura? O que a medicina pode fazer hoje
Como mencionei no começo, a dúvida sobre se a degeneração macular tem cura ou algum tratamento eficaz é muito comum.
E, embora essa cura definitiva ainda não esteja ao nosso alcance, os avanços da medicina têm possibilitado que milhares de pessoas convivam com a condição de maneira mais segura.
Isso mantém a independência e a qualidade de vida.
A seguir, explico as principais opções terapêuticas e em quais casos elas costumam ser indicadas, de acordo com o estágio e a forma da doença:
1. Suplementação com vitaminas e antioxidantes
No caso da forma seca, estudos indicam que uma combinação específica de vitaminas antioxidantes (como vitamina C, E, zinco, cobre e luteína) pode reduzir o risco de progressão para fases mais graves.
É o chamado protocolo AREDS, que deve ser usado sob orientação médica.
Não é um tratamento milagroso, mas pode fazer diferença na evolução da doença.
2. Injeções intraoculares (anti-VEGF)
Para a forma úmida da degeneração macular, o tratamento mais eficaz é feito com injeções no olho de medicamentos antiangiogênicos (anti-VEGF), como o ranibizumabe ou o aflibercepte.
Essas substâncias inibem o crescimento dos vasos anormais e reduzem o vazamento de fluido, ajudando a estabilizar (e em alguns casos melhorar) a visão.
O tratamento é feito em ciclos, geralmente mensais no início, e depois de forma personalizada conforme a resposta do paciente.
3. Laser e fotocoagulação
Menos utilizados atualmente, os lasers ainda podem ser indicados em alguns casos específicos para tratar vasos anormais ou sangramentos na retina.
No entanto, esse recurso é cada vez mais substituído pelas injeções de anti-VEGF, que apresentam resultados mais promissores e menor risco de dano ao tecido saudável.
4. Acompanhamento e adaptação
Mesmo sem cura definitiva, o acompanhamento oftalmológico é fundamental para monitorar o avanço da doença e adaptar o tratamento.
Além disso, muitos pacientes se beneficiam do uso de recursos ópticos especiais, como lupas, óculos com lentes específicas e até reabilitação visual para se adaptarem à nova condição de visão central reduzida.
Cuidados que ajudam a proteger a visão
Apesar de não ser possível reverter a degeneração macular, alguns hábitos podem reduzir o risco ou retardar sua progressão:
- Não fumar: o cigarro é um dos principais fatores de risco para a doença;
- Manter uma alimentação rica em vegetais verdes escuros, frutas e peixes;
- Controlar doenças crônicas como hipertensão e colesterol alto;
- Usar óculos escuros com proteção UV ao se expor ao sol;
- Fazer exames oftalmológicos regularmente, especialmente após os 50 anos.
Essas medidas simples ajudam a proteger a saúde da mácula e a manter a visão estável por mais tempo.
A importância do diagnóstico precoce
Muita gente só procura o oftalmologista quando percebe que está com dificuldade para ler ou quando sente a visão mais “embaçada”.
No entanto, no caso da degeneração macular, esperar pode custar caro.
O diagnóstico precoce é essencial para iniciar o tratamento o quanto antes e evitar perdas significativas da visão.
Exames como a tomografia de coerência óptica (OCT) e o mapeamento de retina são fundamentais para identificar alterações na mácula mesmo antes de sintomas evidentes.
Embora a degeneração macular não tenha cura, isso não significa que o paciente está sem opções.
Com diagnóstico precoce, acompanhamento médico regular e adoção de hábitos saudáveis, é possível conviver com a condição e manter uma boa qualidade de vida.
Se você ou alguém próximo está enfrentando esse desafio, procure um oftalmologista de confiança.
A visão é um dos nossos sentidos mais preciosos e merece toda a atenção possível.
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Eu sou Dr. Marco Antonio Félix Filho (CRM 52313 RQE 52872), oftalmologista especialista em glaucoma – @selo_visao