Book Appointment Now

Enfermeira Obstétrica: o segredo para uma gravidez mais tranquila e segura
O acompanhamento de uma enfermeira obstétrica durante a gestação, parto e pós-parto pode ser uma opção valiosa para garantir uma experiência segura e acolhedora.
Muitas mulheres, ao descobrirem a gravidez, recorrem a um médico obstetra e começam a planejar o parto. Mas, poucas sabem que podem também contar com o apoio de uma enfermeira obstétrica na equipe ao longo da sua gestação e puerpério, podendo oferecer suporte essencial ao longo de toda a jornada.
Com a crescente busca por um atendimento mais humanizado, essa profissional se destaca por combinar cuidados técnicos e apoio emocional, promovendo um acompanhamento contínuo e respeitoso.
Para entender melhor a importância desse acompanhamento, conversamos com a enfermeira obstétrica Khassiany Farias, que esclarece dúvidas comuns e explica por que a presença dessa profissional pode transformar a experiência da gestante.
O que é uma enfermeira obstétrica?
A enfermeira obstétrica é uma profissional de enfermagem especializada no cuidado da mulher antes, durante e após o parto.
Segundo Khassiany, a formação vai além da enfermagem geral, pois inclui um aprofundamento na assistência ao parto normal e na promoção da saúde materno-infantil.
“Nós temos conhecimentos técnicos e práticos para acompanhar gestações de baixo risco, orientar a gestante, assistir ao parto normal e fornecer suporte no pós-parto. Nosso foco é garantir que a mulher tenha uma experiência segura, respeitosa e bem informada“, explica a profissional.
A atuação da enfermeira obstétrica é reconhecida por diversas legislações brasileiras, que garantem sua autonomia para realizar partos normais em determinados contextos, sempre com respaldo da equipe multidisciplinar de saúde.
O que faz a enfermeira obstétrica antes, durante e depois do parto?
O trabalho da enfermeira obstetra vai muito além do momento do nascimento do bebê.
Ela acompanha a mulher em todas as fases da maternidade, oferecendo suporte físico, emocional e informativo.
Antes do parto
O acompanhamento pré-natal realizado por enfermeiras obstétricas é fundamental para preparar a gestante para o parto. Entre as principais atividades dessa fase, estão:
- Orientação sobre a gestação, alimentação e bem-estar.
- Identificação de sinais de risco que possam exigir acompanhamento médico.
- Auxílio na elaboração do plano de parto, respeitando as escolhas da mulher.
Durante o parto
No momento do parto, a enfermeira obstétrica tem um papel essencial na assistência ao trabalho de parto e nascimento. Suas principais funções incluem:
- Monitoramento da evolução do parto.
- Apoio emocional e físico, oferecendo técnicas de alívio da dor, como massagens e mudanças de posição.
- Condução e realização do parto normal, desde que esteja dentro das condições seguras e sem distócias.
Depois do parto
O pós-parto, chamado de puerpério, é um período que exige muitos cuidados. A enfermeira obstétrica auxilia a mulher em questões como:
- Início da amamentação, prevenindo problemas como fissuras mamárias.
- Cuidados com o recém-nascido, incluindo o acompanhamento da saúde do bebê.
- Suporte emocional para lidar com as transformações do pós-parto.
Qual a diferença entre doula e enfermeira obstétrica?
Uma dúvida comum entre gestantes é a diferença entre a doula e a enfermeira obstétrica. Embora ambas tenham um papel importante no parto, suas funções são distintas.
Doula:
Formação: A doula é treinada para fornecer apoio emocional, físico e informativo à gestante durante a gestação, parto e pós-parto. Não exige formação acadêmica na área da saúde, apenas um curso livre.
Atuação: Essa profissional capacitada, se dedica a dar suporte emocional e físico à gestante, ajudando a tornar o parto e o puerpério mais positivo, em colaboração com a equipe de saúde. Ela não realiza procedimentos que são de competência dos médicos e enfermeiras obstétricas
Enfermeira Obstétrica:
Formação: A enfermeira obstétrica é formada em Enfermagem, com especialização em Obstetrícia, geralmente de 1 a 2 anos. Ela também pode realizar uma residência em enfermagem obstétrica, que é um programa de pós-graduação focado na prática clínica, com duração de 2 a 3 anos, onde a profissional se aprofunda em procedimentos específicos na sua área de atuação e assistência ao parto.
Atuação: Ela realiza procedimentos, monitoramento do parto, administração de medicamentos e cuidados com a mãe e o bebê, condução e realização do parto, além de oferecer apoio emocional não só no parto mas em todo puerpério.
“As duas profissionais podem atuar juntas, proporcionando um atendimento mais completo e acolhedor para a mulher“, explica a enfermeira obstétrica Khassiany Farias.
Enfermeira obstétrica pode fazer parto?
Sim, mas essa resposta precisa de um esclarecimento detalhado.
De acordo com a Lei 7.498/86, que regulamenta a profissão de enfermagem no Brasil, os enfermeiros podem assistir ao parto normal sem distócia.
Mas o que isso significa?
- Parto normal: Acontece quando o bebê nasce por via vaginal, sem a necessidade de uma cesárea ou intervenções médicas complexas.
- Sem distócia: O termo “distócia” refere-se a complicações que podem ocorrer durante o parto, como obstrução do canal de parto, sofrimento fetal ou outros problemas que exijam intervenção médica. O parto sem distócia, portanto, é aquele que ocorre de maneira fisiológica, sem complicações.
A profissional pode conduzir partos normais sem distócia, desde que faça parte de uma equipe multidisciplinar.
Isso significa que ela não atua sozinha, mas em conjunto com outros profissionais da saúde, como médicos obstetras e pediatras.
“A segurança da mulher e do bebê é sempre prioridade. Trabalhamos em equipe para garantir que qualquer complicação seja identificada rapidamente e que a gestante tenha a melhor assistência possível“, enfatiza Khassiany.
Regulamentação e Resolução 737/2024
Além da legislação já existente, a atuação da enfermeira obstétrica foi reforçada em fevereiro de 2024 com a publicação da Resolução 737 do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).
Essa normativa estabelece diretrizes específicas para a assistência ao parto domiciliar planejado, determinando:
- A necessidade de uma equipe qualificada para a realização do parto em casa.
- Os equipamentos e materiais obrigatórios para garantir um parto seguro.
- Os procedimentos em caso de necessidade de transferência para um hospital.
“Essa regulamentação trouxe mais segurança tanto para as gestantes quanto para os profissionais, garantindo um atendimento qualificado e respaldado por diretrizes claras“, destaca Khassiany.
Atualmente, muitas mulheres buscam alternativas ao ambiente hospitalar para o momento do parto, desejando um local mais acolhedor e intimista.
Nesse contexto, a enfermeira obstétrica desempenha um papel fundamental. Além de atuar em hospitais, essa profissional também pode acompanhar mulheres que optam pelo parto domiciliar planejado. Mas como garantir a segurança nesse cenário?
Como é feito o parto domiciliar planejado
O parto domiciliar planejado é uma escolha de algumas mulheres que desejam um ambiente mais intimista e acolhedor para o nascimento do bebê.
Para ser realizado com segurança, ele deve atender a critérios rígidos, incluindo:
- Avaliação prévia da gestante para garantir que a gravidez é de baixo risco.
- Planejamento detalhado, incluindo materiais e medicamentos essenciais.
- Equipe qualificada, composta por enfermeiras obstétricas e, idealmente, médicos de referência para suporte em caso de necessidade.
- Plano de transferência, garantindo acesso rápido a um hospital caso haja alguma intercorrência.
Segundo Khassiany, “a escolha pelo parto domiciliar deve ser bem informada e respeitar todos os critérios de segurança“.
Vantagens e desafios do parto domiciliar planejado
O parto domiciliar planejado tem suas vantagens, mas também apresenta desafios que devem ser levados em consideração.
Principais vantagens:
- Maior sensação de conforto e controle para a mulher.
- Menos intervenções desnecessárias.
- Contato imediato e prolongado entre mãe e bebê.
Desafios e pontos de atenção:
Exige que a gestação seja de baixo risco.
Necessidade de uma equipe preparada para emergências.
Importância de um plano de transferência hospitalar.
“Cada mulher tem o direito de escolher onde quer parir, desde que essa escolha seja baseada em informações seguras e respaldo profissional“, afirma a enfermeira obstétrica Khassiany Farias.
A importância do profissional
A enfermeira obstétrica é uma profissional essencial na assistência ao parto humanizado, garantindo suporte antes, durante e depois do nascimento do bebê.
Seja no hospital ou no domicílio, sua presença proporciona segurança, acolhimento e respeito à autonomia da mulher.
“Ao considerar o acompanhamento de uma enfermeira obstétrica, a gestante pode ter uma experiência mais tranquila, sabendo que está sendo assistida por alguém qualificado e preparado para cuidar dela e de seu bebê“, conclui a profissional.
Se você deseja saber mais, entre em contato com a Enfermeira Obstétrica Khassiany Farias pelo Instagram @enfkhassianyfarias
Veja também: Quanto tempo dura a queda de cabelo no pós-parto? Saiba mais