Vitamina D e Gravidez: Descubra como a deficiência afeta o desenvolvimento do bebê

A relação entre vitamina D e gravidez tem sido amplamente estudada, e os resultados indicam que essa vitamina desempenha um papel fundamental na saúde da mãe e do bebê.

Um estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition revelou que baixos níveis dessa substância no primeiro trimestre podem aumentar o risco de parto prematuro e afetar o crescimento do feto.

Mas por que isso acontece? Como garantir que a gestante tenha quantidades adequadas dessa vitamina? Vamos entender melhor.

O papel da vitamina D na gravidez

A vitamina D tem um papel fundamental na gestação, pois contribui tanto para o desenvolvimento do bebê quanto para a saúde da mãe.

Nos primeiros meses de gravidez, essa vitamina ajuda na formação da placenta, garantindo uma boa circulação sanguínea e facilitando a chegada de nutrientes essenciais ao feto.

Além disso, ela é indispensável para a absorção de cálcio, um mineral essencial para a formação dos ossos do bebê.

O estudo mostrou que a falta de vitamina D pode estar associada a um menor comprimento do bebê ao nascer e a um risco maior de parto prematuro.

Além disso, pesquisas anteriores já relacionaram a deficiência dessa vitamina a complicações na gravidez, como diabetes gestacional e pré-eclâmpsia.

Por isso, acompanhar os níveis de vitamina D desde o início da gestação pode ajudar a reduzir riscos e contribuir para uma gravidez mais saudável.

O que diz o estudo sobre vitamina D e gravidez?

Para entender melhor a relação entre vitamina D e a gravidez, pesquisadores analisaram dados do estudo Nulliparous Pregnancy Outcomes Study: Monitoring Mothers-to-Be (nuMoM2b), realizado nos Estados Unidos.

A pesquisa acompanhou 351 gestantes, avaliando seus níveis de vitamina D no primeiro e no segundo trimestres e verificando os resultados no nascimento do bebê.

Os dados mostraram que, no primeiro trimestre, 20% das mulheres apresentavam níveis insuficientes de vitamina D (abaixo de 50 nmol/L).

Essa deficiência foi associada a um risco 4,35 vezes maior de parto prematuro, com os bebês nascendo, em média, 1,17 semanas antes do esperado.

Além disso, o estudo indicou que a falta de vitamina D no início da gestação poderia afetar o crescimento fetal, resultando em bebês com menor comprimento ao nascer.

No entanto, não foi observada uma relação significativa entre os níveis de vitamina D e o peso ou a circunferência da cabeça do bebê.

Outro dado importante foi que, no segundo trimestre, a porcentagem de gestantes com deficiência de vitamina D caiu para 13%.

O estudo não explicou as razões exatas para essa melhoria, mas isso pode estar relacionado a fatores como o uso de suplementos ou mudanças na alimentação das gestantes.

Como manter bons níveis de vitamina D na gravidez?

Garantir bons níveis de vitamina D na gravidez pode trazer benefícios tanto para a mãe quanto para o bebê. Algumas estratégias podem ajudar a evitar a deficiência dessa vitamina:

1. Acompanhamento médico e exames regulares

A melhor forma de saber se há deficiência de vitamina D é por meio de exames laboratoriais.

O pré-natal deve incluir essa avaliação para identificar e corrigir possíveis carências nutricionais.

2. Exposição ao sol

A principal fonte de vitamina D é a luz solar.

O corpo humano produz essa vitamina quando a pele é exposta ao sol, por isso é recomendado que gestantes passem algum tempo ao ar livre diariamente.

A orientação médica pode indicar a melhor forma de obter essa exposição de maneira segura.

3. Alimentação rica em vitamina D

Embora a alimentação não seja a principal fonte de vitamina D, alguns alimentos ajudam a aumentar os níveis dessa vitamina, como:

  • Peixes gordurosos (salmão, atum, sardinha)
  • Gema de ovo
  • Fígado
  • Laticínios fortificados
  • Cogumelos expostos ao sol

4. Suplementação quando necessário

Se os exames indicarem deficiência de vitamina D, o médico pode recomendar a suplementação.

No entanto, é importante destacar que a suplementação só deve ser feita com orientação médica, pois o excesso de vitamina D também pode trazer riscos para a saúde da mãe e do bebê.

A importância de monitorar os níveis de vitamina D na gravidez

O estudo demonstrou que a deficiência de vitamina D no primeiro trimestre está associada a um risco aumentado de parto prematuro e a possíveis impactos no crescimento fetal.

Como os níveis dessa vitamina variam ao longo da gestação, o acompanhamento médico é essencial para garantir que a gestante tenha uma quantidade adequada dessa substância.

Monitorar a vitamina D na gravidez desde o início pode ser uma estratégia importante para reduzir complicações e garantir uma gestação mais segura e saudável.

Se você está grávida ou planejando engravidar, converse com seu médico sobre a importância dessa vitamina e adote hábitos que favoreçam níveis adequados durante toda a gestação.

Leia também: Enfermeira Obstétrica: o segredo para uma gravidez mais tranquila e segura

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Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

Artigos: 242
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