Dor na lombar: o que pode ser? Veja 8 causas possíveis

A dor na lombar é, por definição, dor na região lombar, parte inferior das costas. As expressões “torre renal” ou “lumbago” são por vezes utilizadas para designar lombalgia aguda.

A dor pode se manifestar com uma intensidade muito grande, causando uma incapacidade no paciente. Na maioria dos casos, a dor na lombar permanece isolada, mas pode irradiar para as nádegas e a parte posterior das coxas.

Às vezes é acompanhada de dor radicular (dor que desce para os membros inferiores) classificada como ciática. Veja as informações do SaúdeLab sobre o assunto.

8 causas mais comuns de dor lombar

Embora a dor na lombar possa ter diferentes origens, algumas causas se repetem com frequência no dia a dia e ajudam a explicar por que esse problema é tão comum.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), fatores como sedentarismo, obesidade, tabagismo e sobrecarga física estão entre os principais fatores de risco para lombalgia inespecífica (que corresponde a cerca de 90% dos casos).

Conhecer os principais fatores desencadeantes é essencial para adotar medidas de prevenção e buscar o tratamento adequado. Veja abaixo as 8 causas mais comuns de dor na lombar.

1. Má postura no dia a dia

Ficar muitas horas sentado de forma incorreta, trabalhar em frente ao computador sem ajustes ergonômicos ou até dormir em colchões inadequados pode sobrecarregar a lombar. Essa pressão contínua gera dor e rigidez, que podem piorar ao longo do tempo.

2. Hérnia de disco

Ocorre quando o disco intervertebral — estrutura que funciona como um amortecedor entre as vértebras — se desloca ou rompe, comprimindo nervos. Esse problema pode causar dor intensa, formigamento e, em alguns casos, irradiar para as pernas (ciática).

3. Inflamação na coluna

Processos inflamatórios, como a espondilite anquilosante, podem provocar dor persistente e rigidez, especialmente pela manhã. Nesses casos, a dor não melhora apenas com repouso, sendo necessário acompanhamento médico especializado.

4. Obesidade

O excesso de peso aumenta a carga sobre as articulações e discos da coluna. Com o tempo, esse esforço extra favorece o desgaste das estruturas lombares e aumenta a chance de inflamações e dores recorrentes.

5. Falta de exercícios físicos

A inatividade deixa os músculos que sustentam a coluna mais fracos. Isso reduz a estabilidade lombar e facilita lesões até em atividades simples, como abaixar-se para pegar um objeto.

6. Flacidez da musculatura abdominal

O abdômen atua como um “cinturão natural” de proteção da coluna. Quando os músculos estão flácidos, a lombar precisa compensar a falta de suporte, o que gera sobrecarga e dor.

7. Artrose

O desgaste natural das articulações da coluna, chamado espondiloartrose, é mais comum após os 50 anos. Essa degeneração pode causar rigidez, dor ao movimento e crises inflamatórias.

8. Estresse e tensão muscular

O estresse emocional aumenta a contração involuntária dos músculos. Isso gera rigidez na região lombar e pode ser confundido com dores de origem estrutural. Técnicas de relaxamento, alongamento e terapias complementares ajudam a reduzir o impacto.

Veja também: Dor no ciático; veja 05 atividades físicas que podem te ajudar

Tipos de dor na lombar

A lombalgia comum, a mais comum, é de origem mecânica e não apresenta sinais de gravidade. A causa do aparecimento de dor na lombar comum não é frequentemente encontrada.

Lombalgia aguda

Surge de forma súbita, geralmente após um movimento brusco, esforço físico inadequado ou má postura. Em grande parte dos casos, melhora em até 6 semanas com cuidados simples.

Lombalgia crônica

Quando a dor persiste por mais de 3 meses, passa a ser considerada crônica. Pode estar associada à perda muscular, impacto psicológico e prejuízo na qualidade de vida.

Dor na lombar sintomática

Relacionada a problemas estruturais da coluna, como hérnia de disco, artrose, fraturas, tumores ou infecções. Nesses casos, o tratamento deve ser individualizado.

Quais são as complicações possíveis?

Um dos principais desenvolvimentos do problema é a dor aguda. Em 90% dos casos o lumbago cicatriza espontaneamente sem recorrer ao médico. Essa lombalgia comum, que dura menos de 3 meses, é uma condição muito comum, que afetará 75% da população.

Dor lombar recorrente: trata-se de uma recorrência de dor lombar aguda em períodos espaçados que vão e vêm.

A dor crônica refere-se à dor que dura mais de três meses. A sensação de dor e a diminuição da atividade física acarretarão descondicionamento físico, perda muscular, prejuízos psicológicos e por vezes socioprofissionais.

Em resumo:

  • Limitação funcional: perda de mobilidade, dificuldade para realizar atividades simples.
  • Impacto psicológico: ansiedade, estresse e até depressão podem surgir em casos crônicos.
  • Descondicionamento físico: perda de força e resistência muscular devido à inatividade.
dor na lombar.
Dor na lombar. Foto: Canva PRO

Tratamento da dor na lombar

O tratamento médico da dor aguda é na maioria das vezes conservador, ou seja, o que se recomenda são mudanças posturais, evitar sedentarismo, corrigir excesso de peso e se movimentar na medida do possível e sem forçar demais a região lombar. Veja mais opções:

Movimente-se

Não se deite! Muitos estudos provaram que ficar na cama prolonga a duração da dor. Em caso de dor intensa, as atividades devem ser adaptadas, mas é necessário estimular o movimento. 75 a 90% das lombalgias cicatrizam espontaneamente em 2 meses.

Nenhum medicamento tem eficácia comprovada a médio prazo no desenvolvimento de lombalgia. Porém, o médico pode indicar anti-inflamatórios e analgésicos para aliviar as dores.

Nesse sentido, na ausência de contraindicações, um tratamento por alguns dias pode ajudar a suportar a dor, que, na maioria das vezes, desaparece rapidamente. Medicamentos como antidepressivos ou gabapentinoides podem ser usados ​​como parte do tratamento geral da dor crônica,

Fisioterapia

Fisioterapia poderá ser prescrita pelo seu médico em caso de lombalgia com risco de cronificação, lombalgia recorrente ou lombalgia crônica. Os fisioterapeutas fornecem fortalecimento muscular e relaxamento da coluna e da pelve sob a coluna. É sistematicamente associada uma educação sobre os gestos e posturas a respeitar. Às vezes, essa reabilitação deve ser praticada em um centro de reabilitação.

Terapias complementares

Tanto a acupuntura, pilates, massagens terapêuticas são indicações dentro das terapias complementares. Elas são alternativas para promoção de relaxamento da tensão muscular na coluna e região lombar. As modalidades são inúmeras e a pessoa pode escolher a que mais se adaptar.

Compressas quentes

Tendo em vista o desconforto causado pela dor na lombar, pode-se fazer compressas locais com bolsa de água quente. Elas devem ser colocadas 3x ao dia e não ultrapassar 20 minutos em cada aplicação. Lembre-se de proteger a pele para evitar queimaduras locais.

Tratamento medial da dor crônica

No caso da lombalgia crônica, o manejo deve ser centrado no paciente, levando em consideração seu ambiente. Cuidados psicológicos, acompanhamentos por um centro de dor podem ser benéficos. Da mesma forma, um programa de restauração funcional da coluna pode ser oferecido.

Um dos objetivos desses programas é o conhecimento da mensagem de dor. Raramente são usadas infiltrações espinhais. De fato, as infiltrações epidurais geralmente não são recomendadas no lombalgia crônica, exceto em casos especiais (osteoartrite facetária, doença inflamatória do disco, etc.). Infiltrações podem ser propostas em caso de dor radicular associada.

Tratamento cirúrgico da dor crônica

O tratamento cirúrgico da lombalgia só é considerado diante de lombalgia crônica resistente ao tratamento médico completo e realizado por pelo menos 6 meses.
É então necessário que os sintomas e as alterações na imagem sejam concordantes e correspondam aos critérios de bom prognóstico cirúrgico.

O gesto cirúrgico realizado será diferente de acordo com a origem da dor e pode consistir na realização de uma artrodese (bloqueio de vértebras) ou uma prótese de disco.

Veja também: Dor no pé da barriga é grave? Descubra possíveis causas e o que fazer

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Enf. Raquel Souza de Faria
Enf. Raquel Souza de Faria

Sou Raquel Souza de Faria, Enfermeira (COREN – MG 212.681) Especialista em Docência do Ensino Superior, Consultora de Enfermagem em Núcleo de Segurança do Paciente, Gestora de Serviços de Atenção Básica/Saúde da Família. Empresária e Empreendedora, amante da Fitoterapia e das Terapias Holísticas, oferecendo bem-estar e prevenção de doenças como Auriculoterapêuta e Esteticista.
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