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Frequência cardíaca durante o treino: como usar a zona alvo e melhorar os resultados
Controlar a frequência cardíaca durante o treino é uma das estratégias mais eficazes para tornar os exercícios físicos realmente eficientes.
Ao monitorar os batimentos do coração, é possível ajustar a intensidade do esforço de forma mais inteligente — o que é essencial para quem quer emagrecer, ganhar resistência ou melhorar o desempenho físico de maneira segura e progressiva.
Ao contrário da ideia de que “quanto mais intenso, melhor”, a ciência mostra que cada faixa de frequência cardíaca ativa sistemas diferentes no corpo, como a queima de gordura ou o aumento da capacidade aeróbica.
Isso significa que, ao treinar dentro da zona ideal para o seu objetivo, é possível obter resultados mais consistentes e evitar sobrecargas desnecessárias.
Aqui, no SaúdeLAB, você vai entender o que é a frequência cardíaca, como calcular a sua frequência máxima e como utilizar as zonas de esforço cardíaco no dia a dia.
Também vamos apresentar orientações práticas para aplicar esse conhecimento de forma segura e eficaz, com base em evidências científicas e diretrizes confiáveis da área da saúde e do exercício físico.
O que é a frequência cardíaca durante o treino e por que ela importa?
A frequência cardíaca durante o treino representa o número de vezes que o coração bate por minuto (bpm) enquanto o corpo está em movimento.
Esse valor varia conforme o esforço físico e é diretamente influenciado pela intensidade do exercício, pelo nível de condicionamento e até por fatores como sono, hidratação e estresse.
Monitorar a frequência cardíaca durante os treinos permite regular o ritmo de forma precisa, evitando tanto o subtreinamento quanto o esforço excessivo.
Isso ajuda a alcançar os objetivos de forma mais eficaz — seja para emagrecer, melhorar o sistema cardiovascular, ganhar resistência ou otimizar o desempenho esportivo.
Além disso, treinar com a frequência cardíaca sob controle ajuda a prevenir lesões e reduz o risco de sobrecarga cardíaca, especialmente em pessoas que estão retomando a atividade física ou que apresentam condições clínicas específicas.
De acordo com a American Heart Association (AHA), o monitoramento da frequência cardíaca é uma ferramenta segura e recomendada para avaliar a intensidade do exercício e orientar a progressão dos treinos.
O uso dessa métrica também é adotado por profissionais de saúde, como médicos e educadores físicos, na elaboração de programas de atividade física personalizados.
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O que é a frequência cardíaca máxima e como calcular?
A frequência cardíaca máxima (FCmáx) é o número estimado de batimentos por minuto que o coração pode atingir no esforço físico máximo. Ela é a base para definir todas as zonas de treinamento cardiovascular, sendo expressa em porcentagens.
A fórmula tradicional para calcular a frequência cardíaca máxima é simples:
FCmáx = 220 – idade
Por exemplo, uma pessoa com 40 anos teria uma frequência máxima estimada de 180 bpm (220 – 40).
No entanto, essa fórmula tem limitações, já que não considera variáveis como sexo, nível de condicionamento físico ou predisposição genética. Por isso, fórmulas mais modernas e consideradas mais precisas vêm sendo utilizadas, como a fórmula de Tanaka:
FCmáx = 208 – (0,7 x idade)
Essa abordagem tende a oferecer uma estimativa mais confiável, especialmente para adultos ativos.
Para obter valores ainda mais exatos, o ideal é realizar uma avaliação física com teste de esforço supervisionado por profissional habilitado, especialmente no caso de pessoas com histórico de problemas cardíacos ou que pretendem praticar atividades de alta intensidade.
📌 Calculadora rápida de frequência cardíaca máxima
A frequência cardíaca máxima (FCmáx) é a estimativa do maior número de batimentos que o coração pode alcançar durante um esforço físico intenso. Ela é usada para determinar as zonas de treino cardiovascular com base em porcentagens.
Fórmula tradicional: 220 – idade
Fórmula de Tanaka: 208 – (0,7 x idade)
Exemplo: Para uma pessoa de 40 anos:
• Tradicional: 220 – 40 = 180 bpm
• Tanaka: 208 – (0,7 x 40) = 180 bpm
⚠️ Lembre-se: estas fórmulas são estimativas. Para maior precisão, consulte um profissional de saúde e, se possível, faça uma avaliação física com teste de esforço.
Entenda as zonas de frequência cardíaca
As zonas de frequência cardíaca são faixas percentuais baseadas na sua frequência cardíaca máxima. Cada zona ativa um sistema energético predominante no corpo e tem efeitos diferentes sobre o condicionamento físico, emagrecimento e recuperação.
Confira abaixo as principais zonas e seus objetivos:
- Zona 1 (50–60%): Ideal para iniciantes, reabilitação ou para fases de recuperação ativa. Ajuda o corpo a se adaptar ao movimento com baixa intensidade.
- Zona 2 (60–70%): Considerada a “zona da queima de gordura”, estimula o uso de gordura como fonte de energia. É muito utilizada para emagrecimento e treinos de longa duração com baixa a moderada intensidade.
- Zona 3 (70–80%): Trabalha o sistema cardiovascular de forma mais intensa. É uma zona eficiente para aumentar o condicionamento e melhorar a resistência aeróbica.
- Zona 4 (80–90%): Aumenta a tolerância ao esforço e melhora a performance em treinos mais avançados. Requer atenção, pois a intensidade é alta.
- Zona 5 (90–100%): Usada em treinos intervalados intensos, como o HIIT. Atua no limite da capacidade cardiorrespiratória e só deve ser utilizada com orientação profissional.
Entender essas zonas permite que você estruture seus treinos com base no seu objetivo principal, garantindo segurança, eficiência e progressão real.
Como usar a zona alvo para maximizar seus treinos
Para usar a frequência cardíaca de forma estratégica nos treinos, o primeiro passo é definir com clareza o seu objetivo.
Em geral, a meta pode estar relacionada a emagrecimento, melhora do condicionamento cardiovascular ou aumento de performance atlética. A partir disso, é possível direcionar os treinos para a zona de frequência mais adequada.
Para emagrecer: priorize a Zona 2 (60–70% da FCmáx)
Essa zona é ideal para a queima de gordura, pois favorece o uso da gordura corporal como principal fonte de energia. Além disso, permite treinos mais longos com menor risco de sobrecarga. Caminhadas rápidas, pedaladas leves ou esteira em ritmo contínuo são bons exemplos.
Para melhorar o condicionamento cardiovascular: foque nas Zonas 3 e 4 (70–90%)
Essas zonas estimulam o sistema cardiorrespiratório de forma mais intensa, sendo indicadas para quem deseja aumentar a capacidade aeróbica e melhorar a resistência. Corridas leves, treinos intervalados ou pedaladas com variações de intensidade são boas escolhas.
Para ganho de performance: utilize a Zona 5 com cautela (90–100%)
Essa é a zona de esforço máximo, usada em treinos de explosão, potência e velocidade. Deve ser aplicada em treinos avançados, como o HIIT (treinamento intervalado de alta intensidade), com supervisão profissional, pois exige preparo físico e cardiovascular.
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Como estruturar treinos baseados na frequência cardíaca
- LISS (Low Intensity Steady State): treinos contínuos em Zona 2, com duração de 30 a 60 minutos. Ideais para emagrecimento.
- HIIT (High Intensity Interval Training): alterna Zona 4 ou 5 (esforço intenso) com Zona 1 ou 2 (recuperação). Potente para performance e gasto calórico.
Treinos progressivos: combinam diferentes zonas conforme o avanço do condicionamento.
Como monitorar sua frequência cardíaca durante o treino
Monitorar os batimentos cardíacos é essencial para aplicar as zonas corretamente. Hoje, existem várias formas práticas e acessíveis de fazer isso:
1. Dispositivos eletrônicos
- Relógios esportivos com sensor óptico (smartwatches)
- Cintas peitorais com monitor cardíaco, que oferecem alta precisão
- Aplicativos de celular que se conectam a sensores ou relógios
2. Medição manual
É possível contar os batimentos pressionando levemente a artéria do pescoço ou do punho por 15 segundos e multiplicando por 4 para obter o número de bpm. Embora menos preciso, esse método pode ser útil em treinos leves.
3. Quando medir?
- Durante o treino, para ajustar a intensidade em tempo real
- Imediatamente após, para acompanhar a recuperação
- Em repouso, para avaliar o condicionamento ao longo do tempo
É importante observar variações anormais, como picos muito altos fora da zona-alvo ou queda abrupta dos batimentos. Nessas situações, o ideal é interromper o exercício e procurar orientação médica.
Erros comuns ao usar a frequência cardíaca no treino
Apesar dos benefícios, é comum que algumas pessoas cometam erros ao usar a frequência cardíaca como guia. Os mais frequentes incluem:
- Confiar apenas na frequência como única métrica: é preciso considerar também a percepção de esforço, respiração e fadiga muscular.
- Ignorar sinais do corpo: sensação de tontura, dor no peito ou falta de ar devem ser respeitadas, mesmo que a frequência esteja “dentro da zona”.
- Treinar sempre em alta intensidade: isso pode causar overtraining, aumentar o risco de lesões e diminuir a motivação.
- Não ajustar as zonas com o tempo: à medida que o condicionamento melhora, é necessário recalibrar a frequência-alvo.
Treinar com inteligência é mais eficiente do que treinar com excesso.
Benefícios de treinar dentro da frequência cardíaca alvo
Respeitar as zonas corretas de frequência cardíaca traz benefícios reais e duradouros para a saúde e o desempenho:
- Maior segurança cardiovascular: evita sobrecargas e treinos fora da capacidade atual
- Redução do risco de lesões: o controle de intensidade protege articulações, músculos e tendões
- Otimização da queima calórica: treinos mais eficientes com menor desgaste físico
- Melhoria contínua do condicionamento: permite acompanhar e ajustar o progresso com base em dados reais
Além disso, o uso da frequência cardíaca pode aumentar a motivação, pois mostra, em tempo real, o quanto o corpo está evoluindo.
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Quando procurar orientação profissional
Embora o uso da frequência cardíaca seja acessível, algumas situações exigem avaliação especializada:
- Pessoas com doenças cardiovasculares, hipertensão ou diabetes
- Iniciantes sedentários que desejam iniciar um programa de exercícios
- Atletas ou praticantes avançados que buscam ajustes de performance
- Indivíduos com histórico de arritmias ou sintomas durante o esforço
Nesses casos, o ideal é procurar um médico e um educador físico para realizar testes mais precisos (como ergoespirometria) e elaborar um plano de treinos personalizado.
Compreender e utilizar a frequência cardíaca durante o treino é uma das formas mais seguras e eficazes de atingir seus objetivos com o exercício físico.
Treinar de forma alinhada às zonas de esforço permite melhorar o condicionamento, queimar gordura com mais eficiência e evitar exageros que possam comprometer a saúde.
Agora que você sabe como calcular sua frequência ideal, identificar as zonas corretas e aplicá-las no treino, o próximo passo é colocar esse conhecimento em prática. Monitore seus batimentos, respeite seus limites e evolua de forma consistente.
Comece hoje mesmo a ajustar seus treinos com base na sua frequência cardíaca e descubra como pequenos ajustes podem gerar grandes resultados.
FAQ – Perguntas frequentes sobre frequência cardíacas durante o treino
Qual é a melhor frequência cardíaca para queimar gordura?
A zona mais indicada para a queima de gordura é a Zona 2, que corresponde a 60% a 70% da frequência cardíaca máxima. Nessa faixa, o corpo utiliza a gordura como principal fonte de energia.
É melhor treinar com base na frequência cardíaca ou no tempo?
Ambos os parâmetros são importantes. No entanto, a frequência cardíaca oferece uma forma mais precisa de regular a intensidade do treino, especialmente para alcançar objetivos específicos.
Posso usar a frequência cardíaca para treinar em casa?
Sim. É possível treinar em casa usando um monitor cardíaco ou até a medição manual dos batimentos. Caminhadas, bicicleta ergométrica e circuitos com pesos leves são ótimas opções.
Frequência cardíaca alta significa que estou treinando melhor?
Nem sempre. Frequências muito elevadas podem indicar esforço excessivo. O ideal é treinar dentro da zona adequada ao seu objetivo e nível de condicionamento.
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