Ginkgo biloba: 10 benefícios, composição, usos terapêuticos e segurança

O Ginkgo biloba é uma planta fascinante que vem ganhando popularidade na medicina natural. A planta tem sido utilizada na medicina tradicional chinesa há milhares de anos, e suas propriedades medicinais continuam a ser valorizadas até hoje.

Conhecida como a “árvore dos 40 escudos” devido ao formato de suas folhas, o Ginkgo biloba é uma das árvores mais antigas do mundo, sobrevivendo por mais de 200 milhões de anos.

Neste artigo do SaúdeLAB, exploraremos o que é o Ginkgo biloba, seus benefícios para a saúde, sua composição química e muitos outros aspectos importantes. Nossa intenção é fornecer um guia completo para que você possa entender melhor esta planta incrível e como ela pode contribuir para a sua saúde e bem-estar.

O que é o Ginkgo biloba?

A planta medicinal é uma árvore nativa da China, conhecida por suas folhas em formato de leque e por ser uma das mais antigas espécies de árvores vivas, datando de mais de 200 milhões de anos.

A árvore é dioica, ou seja, possui árvores masculinas e femininas separadas. As árvores masculinas produzem pólen, enquanto as femininas produzem sementes que são conhecidas por seu odor forte e muitas vezes desagradável, mas que contêm compostos benéficos para a saúde.

O Ginkgo biloba é valorizado principalmente por suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Seus principais componentes ativos incluem flavonoides e terpenoides, que são responsáveis por seus efeitos benéficos.

Os flavonoides são conhecidos por suas propriedades antioxidantes, que ajudam a combater os radicais livres e a proteger as células contra danos. Já os terpenoides, como os ginkgolídeos e bilobalídeos, têm efeitos neuroprotetores e anti-inflamatórios, contribuindo para a saúde cognitiva e cardiovascular.

Apesar de todos os seus benefícios é sempre recomendável consultar um profissional de saúde antes de iniciar qualquer suplementação.

Benefícios para a saúde

O Ginkgo biloba é amplamente reconhecido por seus inúmeros benefícios para a saúde, respaldados por diversos estudos científicos. Vamos explorar esses benefícios de forma detalhada e humana, proporcionando uma visão completa de como essa planta pode contribuir para o seu bem-estar.

Melhora da função cognitiva

Um dos benefícios mais conhecidos da planta medicinal é sua capacidade de melhorar a função cognitiva. Estudos demonstram que ele pode ajudar na memória e concentração.

Por exemplo, uma pesquisa publicada no Journal of the American Medical Association (JAMA) concluiu que o fitoterápico pode ser eficaz na estabilização e possível melhoria da função cognitiva em indivíduos com demência e Alzheimer leve a moderado.

Ação antioxidante

O Ginkgo biloba possui poderosas propriedades antioxidantes, combatendo os radicais livres que danificam as células e contribuem para o envelhecimento e várias doenças crônicas.

Os flavonoides e terpenoides presentes no Ginkgo biloba são os principais responsáveis por essa ação. Um estudo publicado na Bioorganic & Medicinal Chemistry destacou a eficácia dos antioxidantes do fitoterápico na neutralização de radicais livres.

Prevenção de doenças crônicas

Devido à sua ação antioxidante, o Ginkgo biloba pode ajudar na prevenção de várias doenças crônicas, como doenças cardíacas e câncer.

Um estudo publicado no Journal of Cardiovascular Pharmacology sugeriu que os antioxidantes da planta podem proteger contra danos oxidativos no coração.

Saúde cardiovascular

O Ginkgo biloba é conhecido por melhorar a circulação sanguínea, o que pode ser benéfico para a saúde cardiovascular.

Um estudo publicado no American Journal of Physiology mostrou que o extrato do fitoterápico melhora a função endotelial e a circulação sanguínea em indivíduos saudáveis.

Além disso, a pesquisa indica que ele pode reduzir o risco de doenças cardíacas ao melhorar o fluxo sanguíneo e a flexibilidade dos vasos sanguíneos.

Efeitos anti-inflamatórios

Os compostos do Ginkgo biloba também possuem propriedades anti-inflamatórias, ajudando a aliviar condições inflamatórias como artrite e doenças intestinais inflamatórias. Um estudo publicado no Phytomedicine revelou que a planta pode reduzir a inflamação ao inibir a produção de citocinas inflamatórias.

Saúde ocular

O Ginkgo biloba pode beneficiar a saúde ocular, especialmente na prevenção de degeneração macular e glaucoma. Um estudo publicado no Journal of Glaucoma descobriu que a planta pode melhorar a visão em pacientes com glaucoma.

Alívio de sintomas da TPM e menopausa

O Ginkgo biloba também é útil no alívio dos sintomas da TPM e menopausa.

Um estudo publicado no Journal of Alternative and Complementary Medicine encontrou que o fitoterápico pode reduzir os sintomas de TPM, como irritabilidade e dor nos seios.

Além disso, a planta pode ajudar a equilibrar os níveis hormonais durante a menopausa, proporcionando alívio dos sintomas.

Redução de ansiedade e sintomas de depressão

A capacidade do Ginkgo biloba de melhorar o humor e reduzir a ansiedade e a depressão também é bem documentada.

Um estudo publicado no Journal of Psychiatric Research mostrou que a planta pode reduzir os sintomas de ansiedade em pessoas com transtorno de ansiedade generalizada.

Tratamento de vertigem e zumbido

O Ginkgo biloba é frequentemente usado para tratar vertigem e zumbido, condições que afetam o equilíbrio e a audição.

Um estudo publicado no International Journal of Audiology concluiu que o fitoterápico pode ser eficaz na redução do zumbido em pacientes com perda auditiva relacionada à idade.

Leia mais: Ginkgo biloba serve para labirintite? Entenda seus poderosos efeitos

Saúde sexual e aumento da libido

Por fim, o Ginkgo biloba pode melhorar a saúde sexual e aumentar a libido.

Um estudo publicado no Journal of Sex Education and Therapy descobriu que ele pode melhorar a função sexual em mulheres com disfunção sexual induzida por antidepressivos.

Leia mais: Ginkgo biloba aumenta a testosterona: mito ou verdade? Saiba tudo sobre o assunto

Composição química

O Ginkgo biloba possui uma composição química rica e variada, que é responsável por seus numerosos benefícios para a saúde. Entre os principais componentes ativos, destacam-se os flavonoides e os terpenoides.

Os flavonoides são conhecidos por suas propriedades antioxidantes, ajudando a neutralizar os radicais livres e protegendo as células contra danos. Esses compostos também têm um papel importante na melhora da circulação sanguínea, o que contribui para a saúde cardiovascular e cerebral.

Os terpenoides, por sua vez, são reconhecidos por suas propriedades anti-inflamatórias e vasodilatadoras. Eles ajudam a relaxar os vasos sanguíneos, melhorando o fluxo sanguíneo e reduzindo a pressão arterial.

Entre os terpenoides presentes no Ginkgo biloba, os mais estudados são os ginkgolídeos e bilobalídeos, que têm demonstrado efeitos neuroprotetores e são fundamentais para a função cognitiva.

Além dos flavonoides e terpenoides, o Ginkgo biloba contém outros compostos bioativos, como ácidos fenólicos e proantocianidinas, que também contribuem para suas propriedades terapêuticas. O conjunto desses compostos interage de maneira complexa, resultando nos diversos benefícios à saúde atribuídos ao Ginkgo biloba.

Veja também: Ginkgo biloba dá sono? Fique por dentro de seus principais benefícios

Usos terapêuticos e formas de consumo

O Ginkgo biloba é amplamente utilizado em diversas formas terapêuticas, adaptadas às necessidades e preferências dos consumidores.

As cápsulas e comprimidos são as formas mais comuns de consumo, oferecendo uma maneira conveniente e precisa de dosar o suplemento. Esses produtos geralmente contêm extrato padronizado de Ginkgo biloba, garantindo uma concentração consistente dos componentes ativos.

Os extratos líquidos são outra forma popular de consumir Ginkgo biloba. Eles podem ser adicionados a bebidas ou alimentos, proporcionando uma opção flexível para aqueles que preferem não tomar cápsulas ou comprimidos.

Os chás de Ginkgo biloba também são bastante apreciados, especialmente em culturas onde o consumo de chá é uma prática tradicional. Embora menos concentrados do que os extratos, os chás ainda fornecem uma dose significativa dos benefícios da planta.

Em termos de dosagem recomendada, é importante seguir as orientações específicas de cada produto, pois a concentração dos compostos ativos pode variar.

Geralmente, doses de 120 a 240 mg por dia são comuns para adultos, divididas em duas ou três doses ao longo do dia. É fundamental consultar um profissional de saúde antes de iniciar o uso do Ginkgo biloba, especialmente para indivíduos que tomam outros medicamentos ou têm condições de saúde pré-existentes.

As precauções e contraindicações também devem ser levadas em consideração. O Ginkgo biloba pode interagir com medicamentos anticoagulantes e antiepilépticos, aumentando o risco de efeitos adversos.

Mulheres grávidas ou amamentando, bem como indivíduos com histórico de alergias a plantas, devem evitar o uso do Ginkgo biloba sem orientação médica.

Veja mais: Qual o melhor horário para tomar ginkgo biloba? Saiba como aproveitá-lo do jeito certo

Segurança e efeitos colaterais

Embora o Ginkgo biloba seja geralmente considerado seguro, é importante estar ciente dos potenciais efeitos colaterais. Algumas pessoas podem experimentar reações adversas comuns, como dores de cabeça, tontura, distúrbios gastrointestinais e reações alérgicas na pele.

Em casos raros, podem ocorrer efeitos mais graves, como sangramentos, especialmente em pessoas que tomam anticoagulantes.

Interações medicamentosas são uma preocupação significativa com o uso do Ginkgo biloba.

O suplemento pode aumentar o risco de sangramento quando combinado com medicamentos como aspirina, warfarina e outros anticoagulantes. Além disso, pode interagir com medicamentos antiepilépticos, afetando sua eficácia.

Alguns grupos de risco devem evitar o uso do Ginkgo biloba ou usá-lo com cautela. Isso inclui pessoas com histórico de distúrbios hemorrágicos, mulheres grávidas ou amamentando, e indivíduos que irão passar por cirurgia, devido ao risco aumentado de sangramento.

Para garantir a segurança, é recomendável seguir as doses recomendadas e consultar um profissional de saúde antes de iniciar o uso do Ginkgo biloba, especialmente se você estiver tomando outros medicamentos ou tiver condições de saúde preexistentes.

Veja aqui: Quem tem pressão alta pode tomar ginkgo biloba? Entenda se é bom ou ruim para a doença

Curiosidades sobre o Ginkgo biloba

A árvore pode crescer até 35 metros de altura e é conhecida por sua longevidade, com alguns exemplares vivendo por mais de mil anos.

Botanicamente, o Ginkgo biloba pertence à família Ginkgoaceae. É uma espécie dioica, o que significa que há árvores masculinas e femininas separadas.

As árvores masculinas produzem pólen, enquanto as femininas produzem sementes que, apesar de seu cheiro forte e muitas vezes desagradável, contêm os compostos benéficos que têm sido estudados por suas propriedades medicinais.

O Ginkgo biloba tem um ciclo de vida impressionantemente longo. As sementes germinam lentamente, e a árvore pode levar décadas para atingir a maturidade. Nativa da China, a planta é incrivelmente resistente e pode crescer em uma variedade de solos e condições climáticas, o que contribui para sua ampla distribuição pelo mundo.

A história do Ginkgo biloba está profundamente enraizada na medicina tradicional chinesa.

Registros antigos mostram que suas folhas e sementes eram usadas para tratar uma variedade de condições, desde problemas respiratórios até distúrbios circulatórios. Sua capacidade de melhorar a memória e a cognição foi particularmente valorizada pelos antigos curandeiros chineses.

Além da China, o Ginkgo biloba também é utilizado em outras culturas e tradições. Na medicina ayurvédica, por exemplo, ele é reconhecido por suas propriedades rejuvenescedoras e de melhora da memória.

Na Europa, o Ginkgo biloba ganhou popularidade no século XVIII, e seu uso se espalhou rapidamente devido aos seus benefícios comprovados para a saúde.

No entanto, como acontece com muitos remédios naturais, o Ginkgo biloba também está cercado de mitos e verdades. Um mito comum é que o Ginkgo biloba pode curar qualquer tipo de problema de memória, o que não é verdade.

Embora ajude a melhorar a função cognitiva, ele não é uma cura milagrosa e seus efeitos podem variar de pessoa para pessoa. Outra verdade importante é que o Ginkgo biloba deve ser usado com cautela e sob orientação profissional, especialmente para aqueles que tomam outros medicamentos ou têm condições de saúde específicas.

Em resumo, o Ginkgo biloba é uma planta extraordinária com uma longa história de uso medicinal. Sua capacidade de melhorar a função cognitiva, promover a saúde cardiovascular, atuar como antioxidante e oferecer efeitos anti-inflamatórios torna-o um suplemento valioso para muitas pessoas.

A composição química rica em flavonoides e terpenoides, juntamente com outros compostos bioativos, é responsável por esses diversos benefícios.

No mercado, o Ginkgo biloba está disponível em várias formas, incluindo cápsulas, comprimidos, extratos líquidos e chás, atendendo às diferentes preferências dos consumidores.

A importância contínua do Ginkgo biloba na saúde é evidente, com estudos científicos validando seus benefícios e consumidores buscando ativamente suplementos naturais.

As perspectivas futuras para a pesquisa e uso do Ginkgo biloba são promissoras, com a ciência continuando a explorar novas aplicações e benefícios dessa planta incrível.

À medida que o interesse em produtos naturais cresce, o Ginkgo biloba certamente continuará a desempenhar um papel importante na promoção da saúde e do bem-estar global.

Depois, leia mais:

Compartilhe seu amor
Elizandra Civalsci Costa
Elizandra Civalsci Costa

Farmacêutica (CRF MT n° 3490) pela Universidade Estadual de Londrina e Especialista em Farmácia Hospitalar e Oncologia pelo Hospital Erasto Gaertner. - Curitiba PR. Possui curso em Revisão de Conteúdo para Web pela Rock Content University e Fact Checker pela poynter.org. Contato (65) 99813-4203

Artigos: 1025