Idosos com animais de estimação: estudo científico comprova os benefícios

Uma pesquisa cientifica publicada recentemente comprovou o que todos nós já desconfiávamos. Idosos com animais de estimação tem menor chance de manter a saúde mental.

Hoje, aqui o SaúdeLAB, vamos falar sobre os resultados de um estudo que  demostra os benefícios para pessoas com mais idade de conviver com pets.

Idosos com animais de estimação: uma boa combinação

À medida que a população envelhece, preservar a saúde cognitiva dos adultos mais velhos torna-se uma preocupação crescente. Por isso, um estudo recente, publicado na revista JAMA Network Open, trouxe à tona uma descoberta intrigante. Descobriu-se que a posse de animais de estimação pode desempenhar um papel importante na proteção da função cognitiva em idosos que vivem sozinhos.

Assim, a pesquisa, liderada por Yanzhi Li, PhD, e sua equipe, explorou a relação entre ter um animal de estimação, viver sozinho e a deterioração cognitiva em adultos com 50 anos ou mais. Neste caso, o estudo envolveu uma extensa coorte de 7945 participantes, cujas informações foram extraídas do English Longitudinal Study of Ageing (ELSA).

Resultados da pesquisa

Os resultados revelaram uma associação notável. Assim, foram avaliados os adultos mais velhos que viviam sozinhos. Então, aqueles que possuíam animais de estimação apresentaram uma desaceleração significativa no declínio da memória verbal. Mas, não só isso, havia melhor fluência verbal em comparação com os que não tinham animais de estimação.

Surpreendentemente, essa ligação positiva entre a posse de animais de estimação e a preservação cognitiva não foi observada entre aqueles que compartilhavam residência com outras pessoas.

O estudo também mostrou que a posse de animais de estimação neutralizou os efeitos negativos de viver sozinho na taxa de declínio da memória verbal e da fluência verbal.

Em outras palavras, ter um animal de estimação pareceu minimizar os impactos adversos que o isolamento residencial pode ter sobre a saúde cognitiva dos idosos.

Novos tratamentos

O Dr. Li ressaltou a importância desses resultados:

“Nossas descobertas sugerem que ter um animal de estimação pode ser associado a uma desaceleração do declínio cognitivo em adultos mais velhos que vivem sozinhos. Isso oferece uma perspectiva animadora sobre como os animais de estimação podem ser uma fonte de apoio emocional e mental para os idosos em um cenário de isolamento residencial.”

Essa conexão entre a posse de animais de estimação e a preservação cognitiva pode ser atribuída, em parte, ao efeito redutor de solidão proporcionado pelos animais.

Inclusive, estudos anteriores têm mostrado que a solidão pode ser um fator de risco significativo para o declínio cognitivo e o desenvolvimento de demência em idosos que vivem sozinhos.

As análises continuam

No entanto, o estudo apresenta algumas limitações. Por exemplo, a avaliação cognitiva se concentrou na memória verbal e na fluência verbal, sem abranger outros aspectos da cognição.

Além disso, os pesquisadores assumiram que a posse de animais de estimação permaneceu constante ao longo do tempo, o que pode não ser totalmente preciso.

Apesar disso, os resultados oferecem uma perspectiva promissora para intervenções na saúde mental dos idosos.

Afinal, a possibilidade de que a presença de animais de estimação possa desempenhar um papel significativo na preservação cognitiva de adultos mais velhos, especialmente daqueles que vivem sozinhos, sugere a necessidade de mais pesquisas e, potencialmente, intervenções que promovam a posse responsável de animais de estimação nessa população.

Em um mundo onde a solidão e o declínio cognitivo são preocupações crescentes, os animais de estimação podem oferecer mais do que apenas companhia; eles podem ser aliados valiosos na manutenção da saúde mental e emocional dos idosos.

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