Menina de 11 anos com mais de 200kg consegue o direito de realizar bariátrica

Por conta de uma condição genética o cérebro não entende a saciedade após comer

De Camila Sousa Ultima atualização 15 dez 2022 9:04

Menina de 11 anos, do Paraná, conseguiu por meio da Justiça o direito de realizar uma cirurgia bariátrica, ela pesava mais que 200 quilos. Deste modo, o procedimento foi realizado na última quinta-feira (8), a criança foi diagnostica com uma mutação genética que compromete os receptores cerebrais e provoca obesidade precoce. Deste modo, venha conhecer com SaúdeLab essa condição.

Justiça dá o direito de menina realizar cirurgia de bariátrica

De acordo com os médicos responsáveis pelo tratamento da menina, ela sofre de uma condição na qual o cérebro não consegue compreender que o corpo está saciado depois de comer. Sendo assim, um dos principais problemas é que não existe tratamento. Uma vez que se trata de uma condição rara.

Neste caso, a criança teve que recorrer a bariátrica para tratar da condição e evitar problemas de saúde. Nesse sentido, entenda que o Ministério da Saúde autoriza este procedimento apenas para adolescentes a partir dos 16 anos. Além disso, a cirurgia pode ocorrer também em casos de risco.

Nesse sentido, a jovem adolescente de 11 anos teve que recorrer à justiça para conseguir fazer a bariátrica , sendo a única alternativa para perder peso. Antes disso, a família buscou outras alternativas, mas, nenhuma delas surtiram efeito.

A justiça entendeu que a menina precisa realizar a bariátrica, pois os riscos eram bem menores diante da mutação e da obesidade que ela se encontrava. Após a cirurgia, a mãe falou ao portal G1 que a filha passa bem, e que não sente dor e deverá ficar no hospital por 50 dias, ou seja, ela volta apenas no ano que vem para casa.

Mutação rara

De acordo com a endocrinologista pediátrica, Julienne Carvalho, essa mutação faz com que o receptor não funcione na região do cérebro. O hipotálamo é o responsável por comandar a produção de hormônios e regular o metabolismo. Deste modo, essa condição ocorre durante a formação do embrião e vai persistir por toda vida, ela pode vir de forma leve, ou intensa.

Este tipo de obesidade ocorre em 2% a 4% dos casos na infância, quando apresenta essa condição as crianças desenvolvem um quadro de obesidade que leva a complicações. Além disso, poderá desenvolver hipertensão arterial, diabetes, e doenças cardiovasculares. Outras complicações são a puberdade precoce, e problemas emocionais.

Por fim, a mutação interfere no apetite, na saciedade e no gasto energético do organismo, assim o ideal nestes casos é que os pais fiquem atentos no controle de peso das crianças.