O que você precisa saber sobre a nova vacina contra meningite no calendário infantil

Desde ontem (terça-feira, 1º de julho), o Ministério da Saúde começou a aplicar uma nova dose de reforço da vacina contra meningite no SUS.

Agora, em vez da versão que protegia apenas contra o tipo C da bactéria, as crianças com 12 meses de idade passarão a receber a vacina meningocócica ACWY, que protege contra quatro tipos da doença.

A medida tem como objetivo reforçar a prevenção contra formas graves de meningite e segue uma diretriz da Organização Mundial da Saúde (OMS), que busca reduzir casos e mortes por meningite até o ano de 2030.

O Brasil é, inclusive, o primeiro país do mundo a adotar oficialmente esse plano.

O que é a meningite?

A meningite é uma inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, chamadas meninges.

Essa doença pode ser causada por vírus, fungos ou bactérias, sendo estas últimas responsáveis pelas formas mais graves e perigosas.

No Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica, ou seja, ocorre durante todo o ano, com picos ou surtos em determinadas épocas ou regiões.

A transmissão da meningite acontece, principalmente, de pessoa para pessoa, por meio de gotículas e secreções da boca e do nariz (como no espirro, beijo ou ao compartilhar utensílios).

Também pode haver contaminação via fecal-oral, ou seja, por ingestão de água ou alimentos contaminados ou pelo contato com fezes.

Sintomas que merecem atenção

Os principais sinais de meningite costumam incluir:

  • Febre alta;
  • Dor de cabeça forte;
  • Rigidez na nuca;
  • Náuseas e vômitos;
  • Sensibilidade à luz.

Em bebês, os sintomas podem ser mais sutis, como irritabilidade, choro constante, dificuldade para mamar e sonolência excessiva.

Em casos mais graves, a doença pode causar convulsões, manchas vermelhas pelo corpo, confusão mental e até levar à morte se não tratada rapidamente.

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O que muda com a nova vacina contra meningite?

Antes dessa mudança, o calendário do SUS oferecia três doses da vacina meningocócica tipo C: aos 3 e 5 meses, e um reforço ao completar 1 ano.

Agora, essa dose de reforço aos 12 meses será feita com a vacina meningocócica ACWY, que oferece proteção ampliada contra quatro tipos da bactéria: A, C, W e Y.

A vacina ACWY já fazia parte da rotina de imunização de adolescentes de 11 a 14 anos no Brasil.

Com a nova orientação, ela passa a integrar também o esquema vacinal das crianças pequenas.

Precisa repetir a vacina?

Se a criança já recebeu a dose de reforço com a vacina tipo C, não precisa se vacinar novamente.

Porém, aquelas que ainda não tomaram a vacina aos 12 meses podem receber diretamente a versão ACWY.

De acordo com o Ministério da Saúde, a aplicação desse reforço pode ser feita até os 4 anos, 11 meses e 29 dias, caso os responsáveis tenham perdido o prazo ideal de vacinação.

Outras vacinas que ajudam na proteção contra a meningite

Além da nova vacina contra meningite ACWY, outras vacinas disponíveis gratuitamente pelo SUS também ajudam a proteger contra a doença. Entre elas, estão:

  • BCG, que previne formas graves de tuberculose, inclusive meningite tuberculosa
  • Pentavalente, que protege contra a Haemophilus influenzae tipo b, uma das causas de meningite bacteriana
  • Vacinas pneumocócicas (10, 13 e 23-valente), que previnem infecções por pneumococos, outra bactéria associada à meningite

Por que essa mudança é importante?

A substituição da vacina C pela vacina contra meningite ACWY é considerada um avanço importante.

Além de proteger contra mais tipos da bactéria, ela ajuda a reduzir o risco de surtos e complicações graves, especialmente entre crianças pequenas, que estão entre os grupos mais vulneráveis.

Vacinar é um ato de cuidado e responsabilidade.

Manter o calendário vacinal das crianças em dia é fundamental para garantir não apenas a saúde individual, mas também a proteção coletiva de toda a população.

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Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

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