Book Appointment Now

Quem tem diabetes pode comer pequi? Veja os benefícios, riscos e o que a ciência diz
O pequi é um fruto típico do Cerrado brasileiro, muito presente na culinária de estados como Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso. De sabor marcante e forte aroma, costuma dividir opiniões: há quem ame e quem não consiga nem sentir o cheiro.
Mas, para quem tem diabetes, a questão vai além do paladar. Surge uma dúvida essencial: será que o pequi pode ser consumido sem prejudicar o controle da glicemia? Ou seja, quem tem diabetes pode comer pequi?
A preocupação é legítima. Pessoas com diabetes precisam ter atenção redobrada à alimentação, já que alguns alimentos podem impactar diretamente nos níveis de açúcar no sangue ou favorecer complicações indiretas, como ganho de peso e aumento de gordura no fígado.
O pequi, embora não seja um fruto doce, é bastante calórico e gorduroso, o que gera insegurança sobre seu consumo.
Aqui, no SaúdeLAB, vamos explicar de forma clara se quem tem diabetes pode comer pequi, quais os benefícios e os riscos envolvidos, e como incluí-lo na dieta de forma equilibrada e segura.
O que é o pequi e por que ele gera dúvidas entre diabéticos
O pequi (Caryocar brasiliense) é um fruto nativo do Cerrado, com polpa amarela, oleosa e rica em nutrientes. Na culinária regional, é utilizado em pratos como arroz com pequi, galinhada e até em molhos e óleos.
Sua composição nutricional é bastante peculiar. Em 100 gramas de polpa cozida, o pequi fornece em média:
- 200 a 250 calorias
- Teor elevado de lipídios (gorduras boas)
- Vitaminas lipossolúveis, como A e E
- Compostos antioxidantes e carotenoides
A dúvida sobre o consumo por diabéticos surge porque, mesmo não sendo um alimento rico em carboidratos simples como frutas doces, ele é muito energético.
Isso significa que pode contribuir para ganho de peso e aumento da ingestão calórica, o que indiretamente prejudica o controle do diabetes. Além disso, muitos pratos tradicionais com pequi utilizam óleo e carnes gordurosas, aumentando ainda mais o valor calórico.
Leitura Recomendada: Pequi requer moderação; conheça seus benefícios e malefícios
Quem tem diabetes pode comer pequi?
A resposta direta é: sim, quem tem diabetes pode comer pequi, mas com moderação e dentro de um contexto alimentar equilibrado.
O fruto não tem alto índice glicêmico, ou seja, não causa picos de açúcar no sangue da mesma forma que doces, refrigerantes ou massas refinadas. Isso é um ponto positivo.
Porém, por ser muito calórico e rico em gorduras, o excesso pode levar ao ganho de peso (fator que aumenta a resistência à insulina e dificulta o controle glicêmico).
Portanto, não se trata de um alimento proibido, mas de algo que deve ser consumido ocasionalmente, em pequenas quantidades e de preferência em preparações menos gordurosas.
Profissionais de nutrição reforçam que o mais importante não é apenas perguntar se o diabético pode ou não comer determinado alimento, mas como ele se encaixa no padrão alimentar como um todo.
No caso do pequi, ele pode ser incluído sem grandes riscos, desde que não haja exagero.

Benefícios do pequi que podem interessar a quem tem diabetes
Apesar da fama de ser um fruto “pesado”, o pequi oferece nutrientes que podem trazer benefícios, inclusive para quem tem diabetes. Entre os mais estudados estão:
Ação antioxidante
O pequi é rico em carotenoides e vitamina E, compostos que combatem os radicais livres. Para diabéticos, isso é relevante porque o estresse oxidativo está associado a complicações da doença, como problemas cardiovasculares e renais.
Vitaminas A e E
Essas vitaminas lipossolúveis participam da saúde da visão, da pele e do sistema imunológico. Pessoas com diabetes têm risco aumentado de complicações oculares, e a vitamina A pode contribuir para proteção ocular.
Gorduras boas
Embora seja gorduroso, parte dessas gorduras são mono e poli-insaturadas, que ajudam a promover saciedade e a manter o perfil lipídico mais equilibrado.
Propriedades anti-inflamatórias
Estudos sugerem que compostos presentes no pequi possuem ação anti-inflamatória, o que pode ajudar no controle da inflamação crônica associada ao diabetes tipo 2.
Leitura Recomendada: Pequi é remoso? Descubra a verdade e faça boas escolhas
Riscos e cuidados no consumo do pequi para diabéticos
Apesar dos benefícios, há pontos de atenção importantes para quem tem diabetes:
- Alto valor calórico: 100 g de polpa podem ultrapassar 200 calorias. O consumo frequente em grandes quantidades favorece o ganho de peso.
- Preparações típicas: pratos como arroz com pequi ou o uso de óleo de pequi costumam ser ricos em gordura e podem sobrecarregar o metabolismo.
- Digestão lenta: por ser oleoso, pode gerar desconforto gástrico se consumido em excesso.
- Controle de porções: o ideal é ingerir pequenas quantidades, observando a resposta individual da glicemia.
Assim, para diabéticos, o cuidado não está apenas no alimento em si, mas também na forma de preparo e na frequência de consumo.
Como incluir o pequi na dieta de forma segura
Quem deseja consumir pequi mesmo tendo diabetes pode adotar algumas estratégias para minimizar riscos:
- Prefira o fruto em pequenas quantidades na polpa cozida, evitando exageros.
- Evite o excesso de óleo de pequi, que concentra ainda mais calorias e gorduras.
- Combine com alimentos ricos em fibras, como arroz integral, feijão e saladas, para melhorar a saciedade e reduzir impactos metabólicos.
- Aposte em preparações simples, sem excesso de gordura animal, para aproveitar os nutrientes sem sobrecarregar a dieta.
- Monitore a resposta glicêmica individual, já que cada organismo pode reagir de forma diferente.
Essas medidas tornam o consumo mais equilibrado e permitem que o alimento continue presente na cultura alimentar de quem convive com a diabetes, sem comprometer a saúde.
Afinal, quem tem diabetes pode comer pequi? Sim, o fruto não é proibido, nem representa um risco direto de aumento da glicemia, já que não é rico em açúcares simples. No entanto, seu valor calórico elevado e a forma tradicional de preparo exigem moderação.
Consumido ocasionalmente, em pequenas porções e dentro de uma dieta saudável, o pequi pode até contribuir com antioxidantes e vitaminas que beneficiam a saúde de pessoas com diabetes.
Por outro lado, o exagero pode trazer consequências negativas, como ganho de peso e aumento da resistência à insulina.
O mais importante é buscar equilíbrio e, sempre que possível, contar com a orientação de um nutricionista para adaptar o consumo à realidade individual.
Dessa forma, é possível aproveitar o sabor marcante do pequi sem abrir mão do controle da glicemia e da qualidade de vida.
Leitura Recomendada: Pequi com ovo faz mal? Entenda o que acontece nesta combinação