Sensibilidade auditiva: quem ouve melhor, o homem ou a mulher? Estudo revela

Você sabia que a sensibilidade auditiva pode variar entre homens e mulheres, e até mesmo de acordo com o ambiente em que vivemos?

Um estudo mostrou que, em média, as mulheres têm uma sensibilidade auditiva mais alta que os homens, com uma diferença média de dois decibéis.

Foi revelado ainda que fatores como a idade e o local onde vivemos têm grande impacto na audição.

Vamos entender aqui no Saúdelab os principais achados do estudo e o que isso significa para nossa saúde auditiva.

O que influencia a sensibilidade auditiva?

O estudo conduzido por cientistas de diferentes países investigou como fatores biológicos e ambientais afetam a nossa capacidade auditiva.

As principais conclusões incluem:

Sexo Biológico:

As mulheres têm, em média, uma sensibilidade auditiva dois decibéis mais alta do que os homens, em todas as populações estudadas.

Essa diferença foi consistente entre todos os grupos analisados.

Isso sugere que o sexo biológico é um fator determinante na nossa capacidade de ouvir.

Idade:

Embora a idade normalmente reduza a audição, neste estudo, o sexo biológico foi o fator mais determinante.

A pesquisa revelou que a sensibilidade auditiva das mulheres foi mais influente do que a idade na maioria dos casos.

Ambiente:

O lugar onde a pessoa vive também afeta a nossa sensibilidade auditiva.

Pessoas que moram em áreas rurais geralmente têm uma sensibilidade auditiva melhor do que aquelas que vivem em grandes cidades.

Esses resultados foram obtidos a partir de testes realizados com 450 pessoas de diversas regiões do mundo, como o Equador, Gabão, África do Sul, Inglaterra e Uzbequistão.

Agora, vamos entender melhor como o sexo e o ambiente influenciam nossa percepção auditiva.

Mulheres e sensibilidade auditiva: o que explica essa diferença?

Como mencionado, o estudo mostrou que o sexo biológico tem um impacto mais significativo do que a idade na sensibilidade auditiva.

As mulheres, em média, têm uma audição mais aguçada do que os homens.

Mas por que isso acontece? Algumas possíveis explicações incluem:

  • Diferenças hormonais: A exposição diferente aos hormônios durante o desenvolvimento no útero pode ter um papel importante nessa diferença.
  • Anatomia da orelha: Pequenas variações na estrutura da cóclea (parte da orelha responsável pela audição) entre homens e mulheres também podem contribuir para essa sensibilidade auditiva aumentada nas mulheres.
  • Processamento cerebral: Além de apresentarem maior sensibilidade auditiva, as mulheres demonstraram um desempenho superior em testes de percepção da fala. Isso sugere que o cérebro feminino processa as informações auditivas de forma mais eficiente, o que pode ser uma vantagem em situações de comunicação.

Contudo, a pesquisadora Turi King alerta que uma maior sensibilidade auditiva nem sempre é vantajosa, especialmente em ambientes urbanos, barulhentos.

A exposição constante ao ruído pode prejudicar a saúde auditiva e aumentar o risco de problemas como distúrbios no sono e doenças cardiovasculares.

O impacto do ambiente na sensibilidade auditiva

O ambiente em que vivemos tem um papel importante na nossa capacidade auditiva.

O estudo mostrou que as pessoas que moram em diferentes tipos de ambientes possuem níveis distintos de sensibilidade auditiva.

Veja o que foi observado:

  • Áreas rurais vs. urbanas:

Pessoas que vivem em áreas rurais têm uma capacidade auditiva mais apurada do que aquelas que moram em áreas urbanas.

Isso pode ser explicado por dois fatores: a menor poluição sonora e a presença de mais sons naturais, como o canto de aves ou o movimento das folhas.

  • Áreas florestais:

Quem vive em regiões florestais, com pouca poluição sonora e mais sons naturais, tende a ter uma sensibilidade auditiva mais aguçada.

Isso pode ser uma adaptação evolutiva, pois nesses ambientes é essencial ouvir sons não humanos (como o movimento de animais) para a sobrevivência.

  • Altitudes elevadas:

Moradores de regiões de grande altitude, como montanhas, apresentaram uma capacidade auditiva menor.

Isso pode ser causado pela menor pressão atmosférica, que afeta a transmissão do som, e pela adaptação fisiológica ao oxigênio reduzido nesses ambientes.

  • Ambientes urbanos e o ruído de fundo:

Já as pessoas que vivem nas cidades, expostas ao tráfego e outros ruídos urbanos, têm uma sensibilidade auditiva diferente.

Elas apresentaram uma percepção maior a sons de alta frequência, como buzinas e alarmes, devido à adaptação aos sons mais comuns nas cidades. Isso não significa que a audição urbana seja superior, mas que ela está mais ajustada para lidar com sons mais agudos.

Como a evolução humana moldou nossa audição?

Essas descobertas revelam como a evolução humana pode ter influenciado a forma como nossa sensibilidade auditiva se adaptou ao longo do tempo.

De acordo com os resultados, nossos sentidos, incluindo a audição, evoluíram em resposta ao ambiente em que vivemos.

Por exemplo, pessoas que habitam áreas florestais podem ter desenvolvido uma capacidade auditiva mais apurada para detectar sons de predadores ou outras ameaças naturais, uma adaptação importante para a sobrevivência.

Já nas áreas urbanas, a sensibilidade auditiva tende a se ajustar aos sons típicos das cidades, como o ruído do tráfego e alarmes, favorecendo a percepção de frequências mais altas.

Além disso, embora grande parte das variações auditivas seja influenciada pelo ambiente, a pesquisa sugere que adaptações genéticas podem ocorrer ao longo do tempo, moldando nossa sensibilidade auditiva para se adequar a diferentes paisagens sonoras e condições ambientais.

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Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

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