Sintomas de ureia alta: saiba identificar os sinais e o que fazer

Você viu no exame que está com ureia alta? Ou está sentindo sintomas estranhos — como cansaço fora do comum, inchaço ou náuseas — e começou a se perguntar se isso pode ter a ver com os rins?

Ou ainda, quer descobrir quais são os sintomas de ureia alta? É natural se preocupar ao receber um resultado alterado no exame de sangue.

A ureia é uma substância produzida naturalmente pelo organismo, mas quando seus níveis estão elevados, pode ser um sinal de que algo não está funcionando bem, principalmente nos rins.

Aqui, no SaúdeLAB, você vai entender o que significa ter ureia alta, quais são os sintomas mais comuns, as possíveis causas e o que fazer para cuidar da sua saúde renal com segurança.

O que é ureia e qual sua função no corpo?

A ureia é uma substância produzida pelo fígado a partir da quebra de proteínas consumidas na alimentação.

Após ser produzida, ela é lançada na corrente sanguínea e eliminada pelos rins, por meio da urina.

Ter ureia no sangue é normal — o que preocupa é quando esses níveis estão acima do esperado.

A ureia alta no sangue pode indicar que os rins estão com dificuldade de filtrar adequadamente o que o corpo precisa eliminar.

Esse acúmulo pode ser temporário, causado por desidratação, por exemplo, ou indicar problemas mais sérios, como doenças renais crônicas.

Sintomas de ureia alta

Os principais sintomas de ureia alta incluem náuseas, cansaço extremo, perda de apetite, confusão mental, coceiras na pele, inchaço e hálito com odor de amônia.

Em muitos casos, os sintomas só aparecem quando os níveis estão muito elevados, indicando possível sobrecarga dos rins.

A seguir, veja em detalhes os sinais que merecem atenção:

Náuseas e vômitos persistentes

Quando os rins não conseguem eliminar adequadamente os resíduos do metabolismo, como a ureia, essas toxinas começam a se acumular no sangue, provocando mal-estar gastrointestinal.

Náuseas sem causa aparente e vômitos frequentes podem ser sintomas importantes, principalmente se vierem acompanhados de outros sinais.

Fadiga intensa e fraqueza sem explicação

A sensação de cansaço excessivo, mesmo após repouso, pode estar relacionada ao acúmulo de ureia e outras toxinas no organismo.

Essa sobrecarga afeta diretamente o funcionamento celular e o metabolismo, reduzindo a disposição física e mental.

Coceira na pele (prurido urêmico)

A ureia em excesso pode provocar irritações na pele e uma coceira persistente, especialmente em casos mais avançados.

Esse sintoma é conhecido como prurido urêmico e costuma ser generalizado, sem lesões visíveis.

Inchaço (principalmente em pernas, tornozelos e rosto)

Quando os rins estão comprometidos, o corpo pode reter líquidos, causando edemas.

O inchaço costuma aparecer principalmente nas extremidades inferiores (como tornozelos e pés), mas também pode afetar o rosto e as mãos.

Confusão mental, dificuldade de concentração

O acúmulo de ureia e outras substâncias tóxicas no sangue pode afetar o sistema nervoso central, levando a alterações cognitivas como confusão mental, lapsos de memória, dificuldade de concentração e, em casos mais graves, até mesmo sonolência excessiva ou delírios.

Hálito com cheiro forte (semelhante a amônia)

Um dos sinais clássicos da ureia alta em estágios mais avançados é o hálito urêmico, caracterizado por um odor forte, semelhante a amônia ou urina.

Isso ocorre porque compostos nitrogenados começam a ser exalados pela respiração.

Dores de cabeça e pressão alta

A disfunção renal pode contribuir para o aumento da pressão arterial, o que, por sua vez, gera dores de cabeça frequentes.

Além disso, o desequilíbrio de líquidos e eletrólitos também pode desencadear sintomas neurológicos.

Alterações urinárias

Mudanças no padrão urinário são comuns quando há comprometimento renal.

É possível notar urina mais escura, espumosa, em quantidade reduzida ou com odor mais forte. Em alguns casos, também pode haver sangue na urina.

⚠️ Importante: A ureia alta pode ser silenciosa por muito tempo.

Por isso, sintomas mais intensos geralmente indicam que o quadro está avançado e exige atenção médica imediata. Não ignore sinais persistentes — quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maiores são as chances de recuperação.

Ureia alta tem sempre sintomas?

Nem sempre. Em muitos casos, a ureia alta não causa sintomas evidentes nos estágios iniciais, o que pode atrasar o diagnóstico de alterações nos rins ou em outros sistemas do corpo.

Por isso, é comum que o aumento da ureia seja descoberto apenas por meio de exames de sangue de rotina, como o exame de ureia ou a dosagem de ureia e creatinina, especialmente em pessoas com histórico de doenças renais, diabetes ou hipertensão.

Se você está se perguntando como saber se estou com ureia alta, a resposta é simples: apenas o exame laboratorial pode confirmar essa alteração.

Por isso, manter o acompanhamento médico e realizar check-ups periódicos é fundamental, mesmo na ausência de sintomas.

📌 Leitura Recomendada: Saiba quais são os 5 alimentos que detonam os rins: evite a insuficiência renal

O que pode causar ureia alta?

A ureia alta pode ter diversas origens. Algumas são temporárias e facilmente reversíveis, como uma alimentação rica em proteínas ou episódios de desidratação.

Outras, no entanto, estão ligadas a doenças renais crônicas ou condições que afetam a função dos rins ao longo do tempo.

Veja abaixo as principais causas e como cada uma pode afetar o organismo:

Desidratação: A falta de líquidos no corpo reduz o volume de sangue circulante, dificultando a eliminação de ureia pelos rins. É uma causa comum e geralmente transitória.

Alimentação rica em proteínas: O consumo excessivo de carnes, ovos e suplementos proteicos aumenta a produção de ureia, já que ela é o subproduto da digestão das proteínas.

Problemas nos rins: Doenças como insuficiência renal, glomerulonefrite ou pielonefrite prejudicam a capacidade dos rins de filtrar o sangue, fazendo com que a ureia se acumule.

Infecções urinárias de repetição: Infecções crônicas podem comprometer os rins e afetar a filtração glomerular, elevando a concentração de ureia no sangue.

Diabetes e hipertensão mal controladas: Ambas as condições, quando não bem tratadas, podem danificar os vasos sanguíneos dos rins ao longo do tempo, resultando em disfunção renal.

Uso excessivo de medicamentos: Alguns remédios, como anti-inflamatórios, antibióticos e diuréticos, podem sobrecarregar os rins, especialmente se usados por longos períodos sem orientação médica.

Comparativo: causas, efeitos e sintomas

🧬 Comparativo: Causas, efeitos e sintomas relacionados à ureia
CausaComo afeta a ureiaSintomas associados
DesidrataçãoReduz a excreção renal, concentrando a ureia no sangueBoca seca, tontura, urina escura
Dieta rica em proteínasAumenta a produção de ureia pelo metabolismoPode ser assintomática ou causar náuseas leves
Insuficiência renalPrejudica a eliminação de ureia e outras toxinasFadiga, inchaço, confusão mental, alteração urinária
Infecções urinárias crônicasInflamação e dano renal ao longo do tempoArdência ao urinar, dor lombar, febre
Diabetes mal controladoLesa os rins progressivamenteUrina espumosa, sede excessiva, pressão alta
Uso prolongado de anti-inflamatóriosPode causar nefrite intersticial e sobrecarga renalDor lombar, diminuição da urina, elevação da pressão

 

Quando a ureia alta é perigosa?

A ureia elevada se torna perigosa quando atinge níveis muito altos, especialmente se estiver associada a outros marcadores de disfunção renal, como a creatinina aumentada.

Nesses casos, pode indicar o risco de insuficiência renal ou mesmo de uma condição chamada uremia, em que o acúmulo de resíduos tóxicos no sangue afeta o funcionamento de diversos órgãos.

É importante buscar ajuda médica imediata se houver sintomas como:

  • Náuseas e vômitos persistentes
  • Confusão mental ou sonolência extrema
  • Dificuldade para respirar
  • Inchaço acentuado no corpo
  • Redução significativa na quantidade de urina
  • Hálito com cheiro forte de amônia

Esses sinais podem indicar que a função renal está seriamente comprometida e que o organismo não está conseguindo eliminar as toxinas adequadamente.

Nesses casos, o acompanhamento com um nefrologista é essencial. Esse é o profissional especializado em saúde dos rins e poderá indicar os exames necessários, avaliar a gravidade do quadro e iniciar o tratamento adequado.

O que fazer ao detectar ureia alta?

Ao identificar a ureia alta em um exame de sangue, o primeiro passo é não entrar em pânico, mas também não ignorar a alteração. A ureia elevada pode ter diversas causas, e entender a origem é essencial para definir o tratamento correto.

As principais medidas envolvem:

Repetir exames e avaliar a função renal: Além da ureia, o médico solicitará a dosagem de creatinina, o cálculo da taxa de filtração glomerular (TFG) e outros exames complementares para avaliar se há comprometimento dos rins.

Ajustar a alimentação: Em muitos casos, é necessário reduzir o consumo de proteínas, controlar a ingestão de sódio (sal) e evitar alimentos ultraprocessados. A orientação de um nutricionista pode ser útil nesse processo.

Aumentar a hidratação: Beber mais água ajuda os rins a eliminarem a ureia com mais eficiência, especialmente em casos de desidratação leve.

Revisar medicamentos em uso: Alguns remédios podem elevar a ureia ou afetar os rins. Nunca suspenda por conta própria, mas converse com seu médico sobre possíveis substituições.

Acompanhamento médico contínuo: O seguimento com um clínico geral ou nefrologista garante o diagnóstico correto, o controle da causa e a prevenção de complicações.

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Tem cura? Ureia alta sempre indica doença nos rins?

Nem sempre. A ureia alta não é sinônimo automático de doença renal crônica. Em muitas situações, o aumento é transitório e reversível, como ocorre após:

  • uma alimentação muito rica em proteínas,
  • um episódio de febre ou desidratação,
  • o uso recente de certos medicamentos.

Por isso, é fundamental investigar a causa da alteração. Quando a elevação da ureia é leve e não está acompanhada de outros sinais de disfunção renal, o quadro geralmente se normaliza com medidas simples.

Por outro lado, se houver alterações persistentes ou associação com níveis elevados de creatinina, é preciso tratar a condição de base e manter acompanhamento regular.

O diagnóstico precoce permite proteger os rins e evitar evolução para quadros mais graves.

A ureia alta pode ser um sinal importante de que algo não vai bem no equilíbrio do organismo, especialmente na função dos rins.

Em muitos casos, os sintomas só aparecem quando os níveis estão muito elevados, o que reforça a importância dos exames de rotina.

Se você identificou alterações no exame ou está sentindo sintomas como cansaço extremo, confusão mental, coceira na pele ou alterações urinárias, não ignore esses sinais.

Procurar um médico, investigar a causa e iniciar o tratamento adequado pode fazer toda a diferença.

Cuidar da saúde dos rins é essencial para o bom funcionamento de todo o corpo. Se você está com sintomas ou exame alterado, fale com seu médico. Agir cedo é sempre o melhor caminho.

FAQ – Perguntas frequentes sobre sintomas de ureia alta

Quais os primeiros sinais de ureia alta?

Os primeiros sintomas podem incluir náuseas, fadiga inexplicável, perda de apetite e coceira na pele. Em muitos casos, no entanto, não há sintomas nos estágios iniciais.

Ureia alta causa dor nos rins?

A ureia alta em si não costuma causar dor nos rins, mas doenças que afetam os rins e elevam a ureia podem gerar desconforto lombar ou dor renal.

Ureia alta pode causar coceira?

Sim. A coceira generalizada, conhecida como prurido urêmico, é um dos sintomas mais comuns quando a ureia está em níveis muito altos.

É possível baixar a ureia naturalmente?

Em casos leves, sim. Beber mais água, reduzir o consumo de proteínas e sal e suspender medicamentos prejudiciais (com orientação médica) podem ajudar a normalizar os níveis.

Ureia alta tem relação com diabetes ou hipertensão?

Sim. Tanto o diabetes mal controlado quanto a hipertensão crônica podem causar lesão renal, o que leva à elevação da ureia e outros marcadores.

Qual o valor normal da ureia no exame de sangue?

Os valores de referência podem variar entre laboratórios, mas geralmente ficam entre 10 e 50 mg/dL. Valores acima disso merecem atenção e avaliação médica.

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Enf. Raquel Souza de Faria
Enf. Raquel Souza de Faria

Sou Raquel Souza de Faria, Enfermeira (COREN – MG 212.681) Especialista em Docência do Ensino Superior, Consultora de Enfermagem em Núcleo de Segurança do Paciente, Gestora de Serviços de Atenção Básica/Saúde da Família. Empresária e Empreendedora, amante da Fitoterapia e das Terapias Holísticas, oferecendo bem-estar e prevenção de doenças como Auriculoterapêuta e Esteticista.
E-mail: raqueldefaria68@gmail.com

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