Pandemia de Alzheimer deve atingir 139 milhões até 2050: como lidar pós-diagnóstico?
Pesquisa afirma que serviços de saúde não estão preparados para lidar com o Alzheimer
Como evitar a pandemia de Alzheimer prevista para um número assustador de pessoas em torno de 139 milhões com a doença até 2050? Artigo publicado no The Lancet Neurology mostra poucos avanços. Veja mais detalhes aqui no Site do SaúdeLAB.
O alerta para os serviços de saúde é que não estão preparados para lidar com a doença pós diagnóstico, ele é sinalizado como atendimento precário e esse quadro precisa de intervenções imediatas. Dados estatísticos divulgados pelo Relatório Mundial de Alzheimer em 2022 levantam questões fundamentais para serem colocadas em práticas, urgentemente.
Desafios com a pandemia de Alzheimer: ações devem ir além do diagnóstico
Mesmo após os avanços com descobertas de medicamentos, marcadores para diagnosticar a doença em fase precoce, tais esforços não revelam redução das complicações na vida dos pacientes com Alzheimer até 2022. Dentre os mais de 55 milhões portadores de Alzheimer, atualmente, o seguimento pós diagnóstico não se revela efetivo. É o que revela o artigo do The Lancet Neurology.
A proposta feita no Plano Global para pessoas com demência delimitado entre 2017 e 2025 teve pouco avanço. Nele o que se pretende é:
- aumento da priorização e conscientização da demência;
- redução do risco de demência;
- diagnóstico, tratamento e cuidado;
- suporte para cuidadores de demência;
- fortalecimento dos sistemas de informação para demência;
- e pesquisa e inovação.
Os países de renda (LMICs) devem se apressar para gerar processos de trabalhos que contemplem as metas de ações para a demência. Países como Jamaica e Indonésia deram início ao Plano pós diagnóstico, mas infelizmente eles estão estagnados.
No Brasil, os maiores impactos da demência incidem sobre mulheres, idosos e pessoas de baixa renda. Os custos com medicamentos são altíssimos e não há uma política pública efetiva para apoiar doentes e familiares, é o que afirma o Organização Mundial de Saúde (OMS). Nesse sentido, para evitar a pandemia de Alzheimer há muito o que fazer e o tempo é escasso, um desafio a ser superado.
Demência progressiva e a pandemia de Alzheimer
Considerada doença grave, crônica e progressiva, os serviços de saúde e todos os envolvidos nesse processo na sociedade devem atuar urgentemente para diminuir os estigmas do Alzheimer. Além disso, providenciar soluções para diminuir os danos colaterais da doença nos doentes, familiares e cuidadores.
Haja vista que não basta apenas informar as correlações da demência com a pandemia de Alzheimer. Logo, a redução do estigma e ações pós diagnósticos estão interligadas.
“É preciso que haja um profundo envolvimento das pessoas que vivem com demência na mídia, pesquisa, organizações de serviços e políticas, bem como outras formas de participação social, para valorizar e capacitar essas pessoas, conclui os pesquisadores.