Dieta não inflamatória e exercícios físicos protegem a saúde mental das mulheres acima de 40 anos, aponta pesquisa da USP

Estudos recentes mostram que a alimentação não inflamatória e a prática de exercícios físicos podem ter um impacto significativo na saúde mental, especialmente em mulheres com mais de 40 anos.

O Grupo de Pesquisa em Avaliação do Consumo Alimentar (GAC) da USP descobriu uma ligação entre a dieta inflamatória e o sedentarismo com transtornos mentais como depressão e ansiedade.

Embora fatores como a alimentação e a atividade física sejam fundamentais para manter o equilíbrio mental, os pesquisadores alertam para a importância de evitar simplificações.

A ideia não é estigmatizar alimentos específicos, mas sim entender os efeitos de uma alimentação balanceada e a inclusão de atividades físicas no dia a dia.

O estudo destaca que escolhas alimentares, como reduzir alimentos inflamatórios e aumentar a ingestão de frutas e legumes, além da prática regular de exercícios, podem ser aliadas importantes na prevenção de distúrbios mentais.

Alimentação e Saúde Mental

O estudo realizado pela USP revelou que mulheres com mais de 40 anos, que seguem uma dieta rica em alimentos inflamatórios e têm baixo nível de atividade física, estão mais propensas a desenvolver transtornos mentais comuns, como depressão e ansiedade.

Alimentos inflamatórios são aqueles com alta quantidade de gordura saturada, como a carne vermelha, e aqueles ricos em carboidratos simples, como pães e doces feitos com farinha branca.

Esses alimentos podem desencadear processos inflamatórios no corpo, que, por sua vez, podem afetar o funcionamento do cérebro, prejudicando o humor e a saúde mental.

Por outro lado, uma alimentação composta por frutas, legumes e óleos vegetais tem efeitos anti-inflamatórios. Esses alimentos ajudam a reduzir a inflamação no corpo e a melhorar o bem-estar emocional.

Ao adotar uma dieta mais equilibrada, rica em alimentos frescos e naturais, as mulheres podem se beneficiar de uma melhor saúde mental, com menor risco de desenvolver distúrbios como ansiedade e depressão.

Além disso, a inclusão de exercícios físicos na rotina também tem um papel importante. A prática de atividades físicas regulares ajuda a liberar substâncias no corpo que melhoram o humor e reduzem o estresse. Portanto, manter um estilo de vida ativo e saudável pode ser a chave para preservar a saúde mental ao longo da vida.

O Impacto da Atividade Física

O estudo revelou que o sedentarismo tem um impacto negativo na saúde mental das mulheres, especialmente quando associado a uma dieta inflamatória. A falta de exercícios físicos regulares pode aumentar o risco de transtornos mentais como a depressão e a ansiedade.

A atividade física, além de ajudar a manter o corpo em forma, tem efeitos diretos no cérebro, promovendo a liberação de endorfinas, neurotransmissores que proporcionam sensação de prazer e bem-estar.

A prática de atividades físicas pode reduzir os níveis de estresse e melhorar a qualidade do sono, fatores que contribuem diretamente para a saúde mental.

Além disso, a atividade física também ajuda a controlar o peso corporal e reduz o risco de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, que podem agravar os problemas de saúde mental.

A pesquisa apontou que mulheres que praticam atividades físicas regularmente apresentam menos sinais de ansiedade e depressão. Isso pode ser explicado pela capacidade dos exercícios de promoverem mudanças químicas no cérebro, que auxiliam na redução de sintomas relacionados a transtornos mentais.

O estudo destaca que a combinação de uma alimentação saudável e a prática constante de exercícios físicos pode ser uma poderosa ferramenta na prevenção e tratamento de problemas de saúde mental, especialmente para mulheres acima de 40 anos.

Fatores de Risco e Comorbidades

O estudo também identificou que as mulheres com dietas inflamatórias e sedentarismo não apenas enfrentam maiores riscos de transtornos mentais, mas também estão mais suscetíveis a desenvolver doenças não transmissíveis, como hipertensão, diabetes, artrite e artrose.

A presença simultânea de três ou mais dessas condições crônicas pode agravar o quadro de saúde mental, tornando o tratamento mais complexo e desafiador.

Essas doenças não transmissíveis aumentam a inflamação no corpo e podem afetar diretamente o cérebro, contribuindo para o surgimento de distúrbios como a depressão e a ansiedade.

Por isso, manter um estilo de vida saudável, com uma alimentação equilibrada e a prática de exercícios físicos, pode ser uma forma eficaz de prevenir tanto as doenças crônicas quanto os transtornos mentais.

Além disso, fatores como a idade, o índice de massa corporal (IMC), o nível de escolaridade e a etnia também desempenham papéis importantes no risco de desenvolvimento desses distúrbios.

A pesquisa da USP levou em conta esses fatores, destacando a necessidade de uma abordagem personalizada para o cuidado da saúde das mulheres, que leve em consideração suas condições físicas e psicológicas.

A Dieta Ideal para a Saúde Mental

É importante ressaltar que uma dieta ideal para a saúde mental não significa eliminar completamente certos alimentos, mas sim adotar uma alimentação equilibrada, rica em nutrientes que promovem o bem-estar emocional.

O estudo da USP alerta contra os “simplismos nutricionais”, como a ideia de que alimentos como glúten e lactose sejam vilões da saúde mental. A chave está na escolha de alimentos que ajudam a reduzir a inflamação e a manter o equilíbrio do organismo.

Alimentos ricos em antioxidantes, como frutas e vegetais coloridos, podem ajudar a combater o estresse oxidativo e a inflamação no cérebro. Além disso, óleos vegetais como o azeite de oliva, ricos em ácidos graxos saudáveis, também possuem efeitos benéficos na saúde mental.

Já alimentos como carne vermelha e produtos processados, com alto teor de gordura saturada e açúcar, devem ser consumidos com moderação, já que podem aumentar a inflamação e contribuir para o desenvolvimento de problemas mentais.

Uma dieta balanceada, associada a um estilo de vida ativo, pode ser fundamental para a saúde mental das mulheres, especialmente para aquelas com mais de 40 anos. Portanto, é importante fazer escolhas alimentares conscientes e incorporar a prática de exercícios físicos no dia a dia para preservar o bem-estar a longo prazo.

Manter uma alimentação saudável e adotar a prática regular de exercícios físicos são passos fundamentais para preservar a saúde mental, especialmente em mulheres com mais de 40 anos.

O estudo da USP evidenciou que dietas inflamatórias e o sedentarismo estão diretamente ligados ao aumento de transtornos mentais como depressão e ansiedade. No entanto, é importante lembrar que a saúde mental não depende apenas de fatores alimentares ou físicos, mas de um conjunto de hábitos saudáveis.

Evitar alimentos processados e ricos em gordura saturada, enquanto aumenta a ingestão de frutas, legumes e óleos vegetais, pode ter um impacto positivo no humor e no bem-estar.

Além disso, a atividade física regular, aliada a uma alimentação balanceada, pode reduzir o risco de doenças crônicas e melhorar a qualidade de vida, proporcionando um equilíbrio tanto para o corpo quanto para a mente.

Fonte: Jornal da USP 

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Redação SaúdeLab
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