Acém é carne magra? Descubra se esse corte é uma boa escolha para a sua saúde

Quando o assunto é alimentação saudável, muitos consumidores começam a olhar com mais atenção para os cortes de carne bovina.

Afinal, nem toda carne vermelha possui o mesmo valor nutricional — e a quantidade de gordura pode variar bastante de um corte para outro.

Nesse cenário, surge uma dúvida comum: acém é carne magra?

Aqui, no SaúdeLAB, vamos esclarecer de forma objetiva e baseada em dados se o acém pode ou não ser classificado como um corte magro.

Também explicaremos o valor nutricional dessa carne, se ela pode ser incluída em dietas equilibradas e como prepará-la de forma mais saudável.

O que é o acém e onde ele fica no boi?

O acém é um corte de carne bovina localizado na parte dianteira do boi, mais precisamente na região do pescoço e do ombro.

Trata-se de uma carne de segunda categoria na classificação tradicional dos açougues, mas que tem ganhado espaço por sua versatilidade e custo mais acessível.

Do ponto de vista anatômico, o acém é composto por fibras musculares mais soltas e com maior presença de tecido conjuntivo, o que o torna ideal para preparações que exigem cozimento prolongado.

Isso porque o calor e o tempo ajudam a amaciar as fibras e tornam a carne mais saborosa e fácil de desfiar.

Além disso, o acém é um dos cortes mais populares entre os brasileiros, especialmente em preparos como ensopados, carne de panela, refogados e recheios.

Seu bom rendimento, aliado ao sabor marcante, faz dele uma escolha frequente nas refeições do dia a dia.

No entanto, por ser uma carne mais marmorizada — ou seja, com presença visível de gordura entremeada nas fibras —, é importante entender como essa característica impacta o valor nutricional e se ele realmente pode ser considerado um corte magro. Essa é a pergunta que responderemos a seguir.

Afinal, o acém é carne magra?

O acém não é considerado uma carne bovina magra, mas é um corte com gordura moderada e pode ser usado em uma alimentação saudável se for preparado da forma correta e sem excesso de gordura adicionada.

Apesar de ser uma carne acessível e bastante utilizada na culinária brasileira, o acém apresenta uma quantidade maior de gordura intramuscular, conhecida como marmoreio.

Esse tipo de gordura, distribuída entre as fibras da carne, contribui para o sabor e maciez, mas também eleva o teor calórico e lipídico do corte em comparação com opções mais magras.

Cortes como patinho, músculo e coxão mole, por exemplo, têm menos gordura visível e menor quantidade de gordura saturada, o que os torna escolhas mais adequadas para quem busca uma dieta com restrição de gordura, especialmente a saturada.

No entanto, isso não significa que o acém deva ser excluído do cardápio. Quando preparado sem adição de óleo ou gorduras, como em cozidos, assados ou ensopados sem fritura, ele pode fazer parte de uma alimentação equilibrada.

A remoção da gordura aparente antes do preparo também ajuda a reduzir o valor calórico do prato final.

Tabela nutricional do acém: calorias, proteínas e gordura

A seguir, veja os principais dados nutricionais do acém cozido, considerando uma porção de 100g, com base em informações da TACO (Tabela Brasileira de Composição de Alimentos) e USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos):

Esses valores podem variar conforme o modo de preparo e o corte utilizado (com ou sem gordura aparente). Por isso, para quem busca um controle mais rigoroso da ingestão calórica e lipídica, é sempre indicado retirar o excesso de gordura antes do cozimento.

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Acém pode fazer parte de dietas saudáveis?

Sim, o acém pode fazer parte de uma alimentação saudável, desde que preparado da forma correta e com moderação.

Embora não seja classificado como carne magra, seu teor de gordura não é excessivo, e pode ser controlado com alguns cuidados simples na cozinha.

O primeiro passo é remover o excesso de gordura aparente antes do preparo. Essa ação já reduz significativamente a quantidade de gordura total e de calorias da refeição.

Além disso, é fundamental evitar frituras ou receitas com molhos ricos em gordura ou açúcar, que comprometem o valor nutricional do prato.

Entre as melhores formas de preparo do acém estão:

• Cozido com legumes
• Ensopado com pouco óleo
• Desfiado para recheios
• Na panela de pressão com temperos naturais

Essas versões aproveitam bem o sabor do corte, preservam seus nutrientes e evitam o acúmulo de gordura adicional.

Outra dica importante é combinar o acém com alimentos de baixo índice glicêmico, como legumes, arroz integral ou purê de batata-doce, o que contribui para um controle glicêmico mais eficiente e uma refeição mais equilibrada.

Portanto, apesar de não ser o corte mais magro do boi, o acém pode ser uma opção nutritiva e saborosa dentro de um plano alimentar saudável e bem estruturado.

Quem deve evitar ou reduzir o consumo de acém?

Embora o acém possa ser incluído em muitas dietas, alguns grupos devem limitar seu consumo, especialmente quando há necessidade de reduzir a ingestão de gorduras saturadas ou controlar níveis de colesterol.

Pessoas com:

• Colesterol alto
• Gordura no fígado (esteatose hepática)
• Doenças cardiovasculares
• Dietas hipolipídicas (com pouca gordura)

…devem ter maior cautela ao incluir cortes com maior teor de gordura, como o acém, na alimentação diária.

Nesses casos, é mais indicado dar preferência a carnes realmente magras, como:

• Patinho
• Músculo
• Coxão mole
• Filé mignon

É importante lembrar que cada organismo é único e que a escolha dos alimentos deve levar em consideração o estado de saúde, os objetivos nutricionais e o estilo de vida de cada pessoa.

Por isso, a orientação de um nutricionista é fundamental para definir quais cortes de carne são mais adequados para cada caso.

Comparativo: acém e outros cortes de carne bovina

Para entender melhor como o acém se posiciona entre os principais cortes bovinos, veja a tabela a seguir com os valores médios nutricionais por 100g de carne cozida:

Como é possível observar, o acém tem teor calórico e de gordura superior aos cortes mais magros, mas ainda inferior a cortes como a picanha, que são muito mais gordurosos e devem ser consumidos com mais moderação em dietas saudáveis.

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Dicas para preparar o acém de forma saudável

Embora o acém não seja um corte magro, a forma de preparo pode torná-lo mais saudável e nutritivo. A seguir, veja as principais orientações para aproveitar esse corte de maneira equilibrada:

Prefira métodos de cozimento com pouca gordura

Evite frituras e receitas com muito óleo. Dê preferência a formas de preparo como:

• Cozido na água ou no vapor
• Na panela de pressão com legumes
• Assado no forno
• Preparado na airfryer

Esses métodos ajudam a manter os nutrientes da carne e reduzem a quantidade de gordura adicionada à refeição.

Retire a gordura visível antes do preparo

Remover o excesso de gordura aparente é uma medida simples que diminui o teor calórico e o consumo de gordura saturada, especialmente importante para quem precisa cuidar da saúde cardiovascular.

Combine o acém com legumes e hortaliças

Preparar o acém com vegetais como cenoura, chuchu, abobrinha e batata-doce não só melhora o valor nutricional da refeição, como também contribui para uma digestão mais leve e maior saciedade.

Evite molhos prontos ou industrializados

Molhos prontos costumam conter excesso de sódio, gordura e aditivos químicos, o que pode comprometer a qualidade da alimentação. O ideal é temperar de forma caseira.

Use temperos naturais

Invista em condimentos naturais para realçar o sabor sem prejudicar a saúde. Boas opções incluem:

• Alho e cebola
• Páprica doce ou picante
• Açafrão-da-terra
• Louro, tomilho, alecrim
• Salsinha e cebolinha frescas

Esses ingredientes acrescentam sabor e benefícios antioxidantes, anti-inflamatórios e digestivos à refeição.

Vale a pena consumir acém?

Sim, o acém pode fazer parte de uma alimentação saudável — desde que consumido com moderação e preparado da forma correta.

Apesar de não ser um corte bovino classificado como magro, o acém é uma boa fonte de proteínas de alto valor biológico e ferro, nutrientes essenciais para a manutenção da massa muscular, saúde do sangue e energia no dia a dia.

A chave está em:

• Escolher cortes com menos gordura aparente
• Utilizar métodos de preparo mais saudáveis
• Equilibrar com vegetais e alimentos naturais

É importante lembrar que a decisão de incluir o acém na dieta deve considerar os objetivos individuais de saúde, como controle de peso, colesterol ou hipertensão, e sempre que possível ser feita com acompanhamento de um nutricionista ou profissional da saúde.

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FAQ – Perguntas Frequentes sobre o acém

1. O acém engorda?

O acém possui um teor moderado de gordura, por isso pode aumentar o valor calórico da dieta se consumido em excesso ou preparado com adição de gorduras.

Porém, quando cozido de forma saudável e consumido com moderação, não há risco significativo de ganho de peso.

2. Qual corte de carne é mais saudável: acém ou patinho?

O patinho é um corte mais magro, com menos gordura, sendo preferido em dietas com foco em redução calórica.

O acém tem mais gordura intramuscular, mas pode ser incluído na dieta desde que preparado adequadamente e consumido com equilíbrio.

3. Quem faz dieta pode consumir acém?

Sim, desde que o preparo seja saudável — como cozido, assado ou feito na pressão — e o consumo seja moderado.

Evitar frituras e molhos industrializados é fundamental para manter o valor nutricional adequado.

4. O acém tem mais gordura que o músculo bovino?

Sim. O acém apresenta maior quantidade de gordura intramuscular (marmoreio) em comparação ao músculo, que é um corte mais magro.

Isso influencia tanto o sabor quanto o teor calórico da carne.

5. Qual a melhor forma de preparar o acém para que seja mais saudável?

Preparar o acém com pouca ou nenhuma gordura adicionada, como no cozimento a vapor, panela de pressão, forno ou airfryer, é o ideal.

Também é recomendada a retirada da gordura visível e o uso de temperos naturais, evitando molhos industrializados.

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