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5 alimentos ricos em ômega-3 que você nem imaginava (e não são peixes)
O ômega-3 é um tipo de gordura essencial que desempenha funções vitais no corpo humano. Ele é amplamente reconhecido por seu papel na saúde do cérebro, na proteção cardiovascular, na regulação de processos inflamatórios e no fortalecimento do sistema imunológico.
Dietas ricas em ômega-3 também estão associadas a menor risco de depressão, doenças autoimunes e declínio cognitivo.
Tradicionalmente, os peixes de águas frias, como salmão, sardinha e atum, são apontados como as fontes mais conhecidas desse nutriente. No entanto, muitas pessoas não consomem peixe com regularidade, seja por restrições alimentares, escolhas éticas ou preferências pessoais.
A boa notícia é que o ômega-3 não está restrito ao reino animal. Você sabia que é possível obter quantidades relevantes desse nutriente por meio de alimentos vegetais e outras fontes alternativas?
Aqui, no SaúdeLAB, você vai conhecer cinco alimentos ricos em ômega-3 além dos peixes e entender como incluí-los de forma prática e eficaz no seu dia a dia.
5 alimentos com muito ômega-3 além dos peixes
A seguir, conheça cinco alimentos acessíveis e eficazes para incorporar mais ômega-3 na sua rotina alimentar, mesmo sem consumir peixe.
Semente de linhaça
A semente de linhaça é uma das fontes vegetais mais concentradas de ômega-3, especialmente na forma de ALA.
Em apenas uma colher de sopa (10g), é possível obter cerca de 2.300 mg de ALA, o que já representa uma dose diária significativa.
Além do ômega-3, a linhaça é rica em fibras solúveis e insolúveis, promovendo saúde intestinal e ajudando no controle do colesterol.
Também contém lignanas, compostos bioativos associados à regulação hormonal, especialmente benéficos para mulheres.
Para otimizar a absorção do ômega-3 presente na linhaça, recomenda-se consumir a semente triturada ou em forma de farinha, pois a versão inteira passa pelo trato digestivo sem ser totalmente aproveitada.
Ela pode ser adicionada a vitaminas, iogurtes, frutas, saladas ou receitas de pães e bolos.
Como qualquer alimento rico em gordura, deve ser consumida com moderação e armazenada em local fresco ou sob refrigeração após triturada, para evitar oxidação.
Sementes de chia
A chia é outro destaque entre as fontes vegetais de ômega-3. Em uma porção de 15g (aproximadamente uma colher de sopa), ela fornece cerca de 2.500 mg de ALA, superando muitas fontes animais em concentração por grama.
Além disso, a chia é rica em fibras solúveis, cálcio, magnésio e antioxidantes naturais.
Quando hidratada, forma um gel que favorece o funcionamento intestinal e promove saciedade, sendo uma aliada em estratégias de emagrecimento e controle glicêmico.
Seu sabor neutro permite inclusão fácil na dieta. Pode ser usada em pudins, smoothies, panquecas, pães e até como substituto do ovo em receitas veganas (misturando com água).
Por seu alto teor de fibras, a hidratação antes do consumo é recomendada, especialmente para pessoas com sensibilidade intestinal.
Assim como a linhaça, deve ser armazenada bem fechada e protegida da luz e umidade.
Nozes
As nozes, especialmente do tipo mariposa (a mais comum no Brasil), são as oleaginosas mais ricas em ômega-3.
Uma porção de 30g (cerca de 6 a 8 unidades) oferece aproximadamente 2.500 mg de ALA.
Essas oleaginosas também fornecem proteínas vegetais, antioxidantes como vitamina E e polifenóis, além de minerais como cobre e magnésio.
Seu consumo regular está associado à redução do risco de doenças cardiovasculares e melhora dos marcadores inflamatórios no organismo.
São práticas para consumo entre refeições ou como complemento de saladas, cereais e sobremesas.
No entanto, por serem calóricas, o ideal é não ultrapassar a porção diária recomendada, especialmente em dietas com controle de peso.
Prefira versões sem adição de sal ou açúcar, e guarde em local fresco para evitar rancificação das gorduras.
Óleo de canola (prensado a frio)
O óleo de canola, especialmente em sua versão prensada a frio, é uma alternativa acessível e rica em ômega-3 do tipo ALA.
Uma colher de sopa (15ml) fornece cerca de 1.300 mg de ALA, tornando-se uma opção viável para quem deseja incluir esse ácido graxo na dieta sem consumir peixe.
Além de seu teor de ômega-3, o óleo de canola tem bom equilíbrio entre gorduras mono e poli-insaturadas e baixo teor de gordura saturada.
É amplamente utilizado na culinária brasileira e pode ser incorporado em saladas, finalizações ou refogados leves — embora o uso a frio preserve melhor seus nutrientes.
Para obter os melhores benefícios, prefira a versão não refinada, prensada a frio, e consuma com moderação. É uma alternativa prática e acessível às versões importadas de óleos funcionais.
Algas
As algas são uma das raras fontes vegetais de EPA e DHA, os mesmos tipos de ômega-3 presentes nos peixes.
Isso ocorre porque os peixes adquirem ômega-3 ao se alimentar dessas microalgas marinhas. A partir delas, são produzidos suplementos e óleos que oferecem doses eficazes de EPA e DHA, sendo ideais para pessoas que seguem dietas vegetarianas ou veganas.
Algas como spirulina, chlorella e variedades marinhas comestíveis (ex: nori, kombu) contêm diferentes quantidades de ômega-3 e outros micronutrientes, como iodo, ferro e antioxidantes.
No entanto, o conteúdo de EPA e DHA nas algas alimentares varia bastante, por isso os óleos de microalgas são a forma mais concentrada e biodisponível.
O consumo pode ser feito por meio de cápsulas ou adição de pó de algas em sucos e receitas.
Suplementos à base de óleo de algas são considerados seguros e eficazes, inclusive durante a gestação, com recomendação de acompanhamento profissional.
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Por que o ômega-3 é tão importante para o corpo?
O ômega-3 é um ácido graxo essencial, ou seja, uma gordura que o corpo humano não é capaz de produzir por conta própria e que precisa ser obtida por meio da alimentação.
Ele é composto por diferentes tipos de moléculas, sendo as principais o ALA (ácido alfa-linolênico), encontrado em fontes vegetais, e o EPA (ácido eicosapentaenoico) e DHA (ácido docosahexaenoico), presentes principalmente em peixes e frutos do mar.
Diversos estudos científicos demonstram que o ômega-3 tem potente ação anti-inflamatória, contribuindo para a redução do risco de doenças crônicas como hipertensão, diabetes tipo 2 e doenças cardíacas.
Também participa da formação das membranas celulares, em especial nas células cerebrais e oculares, desempenhando papel essencial na saúde mental, memória, desenvolvimento neurológico e acuidade visual.
Além disso, o equilíbrio entre ômega-3 e ômega-6 (outro ácido graxo presente em óleos vegetais e alimentos industrializados) é fundamental.
O excesso de ômega-6, quando não balanceado com o consumo de ômega-3, pode favorecer inflamações silenciosas no organismo.
Por isso, aumentar a ingestão de fontes de ômega-3 é uma estratégia importante para promover saúde e prevenir desequilíbrios.
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Qual tipo de ômega-3 está nesses alimentos?
As fontes vegetais de ômega-3, como sementes, oleaginosas e óleos prensados a frio, contêm principalmente ácido alfa-linolênico (ALA). Esse tipo de gordura é essencial e precisa ser obtido pela alimentação, pois o corpo não a produz.
O organismo é capaz de converter parte do ALA em outras duas formas ativas: o EPA (ácido eicosapentaenoico) e o DHA (ácido docosahexaenoico), que desempenham funções diretas no cérebro, no sistema cardiovascular e na regulação da inflamação.
No entanto, essa conversão é limitada, e fatores como idade, gênero, estado nutricional e hábitos alimentares podem influenciar esse processo.
Ainda assim, o consumo regular de ALA tem valor comprovado para a saúde e contribui para o equilíbrio dos ácidos graxos no organismo.
Para pessoas com necessidades específicas — como gestantes, idosos, veganos estritos ou indivíduos com doenças inflamatórias — pode ser indicada a suplementação de EPA e DHA, preferencialmente sob orientação de um profissional de saúde qualificado.
Como incluir essas fontes de ômega-3 na dieta diária?
Adotar uma alimentação rica em ômega-3 mesmo sem consumir peixe é possível, acessível e pode ser incorporado de forma prática no cotidiano. A chave está em distribuir pequenas porções desses alimentos ao longo do dia.
Algumas sugestões úteis:
- Linhaça triturada: adicione à vitamina, ao mingau ou polvilhe em frutas. Guarde sempre na geladeira.
- Chia hidratada: prepare um pudim de chia no café da manhã ou inclua em sucos e iogurtes.
- Nozes: consuma como lanche entre as refeições ou acrescente em saladas e pratos quentes.
- Óleo de canola prensado a frio: utilize para temperar saladas ou finalizar pratos já prontos. Evite aquecer para não perder as propriedades do ômega-3.
- Suplemento de óleo de algas: ideal para quem busca fontes de EPA e DHA de origem vegetal. É bem tolerado e pode ser uma alternativa eficaz em dietas vegetarianas ou veganas.
Pequenas mudanças na rotina alimentar podem representar uma grande diferença na promoção da saúde ao longo do tempo.
O ômega-3 é um nutriente essencial que pode ser obtido por meio de uma alimentação bem planejada, mesmo sem o consumo de peixes.
Alimentos como sementes, nozes, óleos vegetais e algas oferecem formas eficazes de incluir esse ácido graxo na rotina de forma natural e saudável.
Conhecer essas fontes alternativas amplia as possibilidades para quem adota dietas vegetarianas, veganas ou simplesmente busca variar o cardápio.
Com escolhas conscientes e simples, é possível cuidar da saúde do coração, do cérebro e do sistema imunológico com equilíbrio e praticidade.
Incorporar esses alimentos ao dia a dia é uma estratégia inteligente para fortalecer o corpo e prevenir doenças a longo prazo.
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