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Amendoim é oleaginosa ou leguminosa? Entenda de uma vez por todas
O amendoim é um dos alimentos mais populares do Brasil, presente em receitas, lanches e dietas saudáveis. Mas uma dúvida comum entre muitas pessoas é: afinal, o amendoim é oleaginosa ou leguminosa?
A confusão é compreensível. Embora seja frequentemente colocado no mesmo grupo das castanhas e nozes, o amendoim tem origem e características diferentes.
Hoje, você vai entender qual é a verdadeira classificação do amendoim, por que ele é visto de duas formas distintas e o que isso muda na prática da alimentação.
O que define uma leguminosa e uma oleaginosa
Para entender onde o amendoim se encaixa, é importante primeiro diferenciar os dois grupos.
As leguminosas são plantas que produzem vagens com sementes em seu interior. Fazem parte desse grupo alimentos como feijão, lentilha, ervilha e soja. Elas são conhecidas por fornecer proteínas vegetais, fibras e minerais, além de terem baixo teor de gordura.
Já as oleaginosas são sementes ou frutos ricos em óleos naturais, especialmente gorduras insaturadas, que são consideradas benéficas para o coração. Entre as principais estão castanha-do-pará, amêndoa, noz e castanha-de-caju.
Esses alimentos possuem alto valor calórico, mas também oferecem antioxidantes, vitaminas e gorduras boas, fundamentais para a saúde cardiovascular e cerebral.
Portanto, a principal diferença entre os dois grupos está na origem botânica e na composição nutricional. E é justamente aí que o amendoim se torna um caso curioso.
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Afinal, o amendoim é oleaginosa ou leguminosa?
Do ponto de vista botânico, o amendoim é uma leguminosa.
Ele pertence à família Fabaceae, a mesma do feijão, da soja e da ervilha. A planta do amendoim produz vagens subterrâneas, o que o diferencia das oleaginosas verdadeiras, que são frutos de árvores.
No entanto, quando observamos a composição nutricional, o amendoim se comporta de maneira muito semelhante às oleaginosas.
Ele é rico em gorduras boas, principalmente gorduras mono e poli-insaturadas, e também fornece proteínas de alta qualidade e antioxidantes.
Por esse motivo, na nutrição e nas dietas alimentares, o amendoim costuma ser classificado junto com as oleaginosas, como um alimento fonte de gorduras saudáveis.
Em resumo: Botanicamente, o amendoim é uma leguminosa. Nutricionalmente, ele se comporta como uma oleaginosa.
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Por que o amendoim é incluído entre as oleaginosas na nutrição
Mesmo sendo uma leguminosa na classificação científica, o amendoim é frequentemente agrupado com as castanhas em guias alimentares e planos nutricionais. Isso acontece porque o seu perfil nutricional se aproxima muito mais das oleaginosas do que das leguminosas tradicionais.
Enquanto leguminosas como o feijão são ricas em carboidratos e pobres em gorduras, o amendoim tem baixo teor de carboidratos e cerca de 50% de gorduras insaturadas em sua composição.
Essas gorduras ajudam a controlar o colesterol, melhorar a saciedade e proteger o sistema cardiovascular.
Além disso, o amendoim é uma excelente fonte de proteína vegetal, o que o torna muito utilizado em dietas vegetarianas, veganas e de ganho de massa muscular. Essa combinação de proteína e gordura boa é o que faz dele um alimento tão valorizado para quem busca uma nutrição equilibrada.
Um estudo demonstrou que o consumo regular de amendoim está associado à redução do risco de doenças cardíacas, resultado semelhante ao observado com o consumo de castanhas.
Essa evidência reforça o motivo pelo qual o amendoim é tratado nutricionalmente como uma oleaginosa.
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O que essa classificação muda na prática da alimentação
Na rotina alimentar, entender se o amendoim é oleaginosa ou leguminosa ajuda a usá-lo de forma adequada e equilibrada.
Por ter alto teor calórico e de gorduras boas, o amendoim deve ser consumido em porções moderadas, assim como as castanhas.
Uma quantidade ideal gira em torno de 30 gramas por dia (aproximadamente um punhado pequeno), preferencialmente em versões sem sal e sem açúcar.
O amendoim pode substituir castanhas em lanches, granolas e receitas, oferecendo benefícios semelhantes. Ele também é versátil: pode ser consumido torrado, em pasta natural ou adicionado a preparações doces e salgadas.
Por outro lado, pessoas com alergia ao amendoim devem evitá-lo completamente, já que essa é uma das alergias alimentares mais comuns e potencialmente graves.
Essa é, inclusive, uma das principais razões para não se confundir o amendoim com as castanhas verdadeiras — o risco de alergia ao amendoim é muito maior.
Em dietas específicas, como a cetogênica ou low carb, o amendoim também é bem-vindo, desde que o consumo seja controlado. Ele contribui para a saciedade, controle da glicemia e fornecimento de energia sustentada, devido ao equilíbrio entre gorduras e proteínas.
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Principais nutrientes e benefícios do amendoim
O amendoim é um alimento altamente nutritivo e funcional. Em pequenas porções, oferece um conjunto equilibrado de nutrientes essenciais:
- Gorduras boas (mono e poli-insaturadas), que auxiliam na saúde do coração;
- Proteínas vegetais, que contribuem para a manutenção muscular;
- Fibras, que favorecem a digestão e prolongam a saciedade;
- Vitaminas do complexo B, importantes para o metabolismo energético;
- Vitamina E, antioxidante que protege as células contra os radicais livres;
- Minerais como magnésio, fósforo, zinco e potássio, essenciais para o equilíbrio corporal.
Entre os principais benefícios do consumo moderado de amendoim estão:
- Melhora da saúde cardiovascular, por reduzir o colesterol LDL (“ruim”);
- Controle da fome e do peso corporal, devido à alta saciedade;
- Proteção antioxidante, que ajuda a prevenir envelhecimento precoce e inflamações;
- Suporte ao cérebro, já que contém nutrientes importantes para a função cognitiva.
O amendoim é um exemplo interessante de como a classificação botânica e a classificação nutricional nem sempre coincidem.
Do ponto de vista das plantas, ele é uma leguminosa, parente do feijão e da soja.
Mas, por causa do seu perfil rico em gorduras boas, proteínas e antioxidantes, ele atua no organismo como uma oleaginosa, trazendo benefícios muito semelhantes aos das castanhas e nozes.
Saber essa diferença é importante para fazer escolhas alimentares conscientes. O amendoim pode ser um ótimo aliado da saúde, desde que consumido com moderação e em versões naturais.
Mais do que definir a qual grupo ele pertence, o essencial é reconhecer que o amendoim é um alimento nutritivo, versátil e funcional, que pode contribuir de forma positiva para uma dieta equilibrada.
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