Atum é remoso? Entenda os impactos na sua saúde

Quando pensamos em atum, muitas vezes nos lembramos de suas diversas formas de consumo: em lata, fresco, em sushi ou até em saladas. Mas, uma pergunta que surge no contexto de uma alimentação consciente é: Atum é remoso?

Este artigo do SaúdeLAB irá explorar essa questão, entendo aspectos importantes do atum na nossa dieta.

Alimentos remosos

Primeiramente precisamos entender o que são alimentos remosos. Em termos simples, são alimentos que podem provocar ou agravar processos inflamatórios no organismo, dificultando a cicatrização e a recuperação de procedimentos como cirurgias, tatuagens e piercings.

Aqui, exemplos comuns incluem certos tipos de peixes, carnes vermelhas, alimentos processados e alguns laticínios. Deste modo, recomenda-se que estes alimentos não sejam consumidos em situações de saúde mais debilitada.

Apesar que muitos entenderem que trata-se apenas de algo “cultural”, muitos profissionais de saúde fazem recomendações claras quanto ao consumo exagerado deste tipo de alimento.

Atum e seus benefícios para dieta

O atum não é apenas uma opção popular para refeições rápidas e saborosas; é também uma mina de ouro nutricional. Pois, rico em proteínas de alta qualidade, ele fornece os aminoácidos essenciais necessários para a reconstrução e reparação muscular.

Tornando-se, assim, uma escolha ideal para quem pratica atividades físicas ou para quem está em busca de uma fonte de proteína magra.

Inclusive, um dos principais atrativos do atum é seu elevado teor de ômega-3. Deste modo, esses ácidos graxos são vitais para a manutenção da saúde do coração, atuando na redução dos níveis de triglicerídeos no sangue, na diminuição da pressão arterial e na prevenção de arritmias cardíacas.

Além disso, o ômega-3 possui propriedades anti-inflamatórias, que auxiliam na redução do risco de doenças crônicas e inflamatórias, como artrite e doenças cardiovasculares.

Além de proteínas e ômega-3, o atum é uma fonte rica de várias vitaminas e minerais, incluindo vitamina D, vitamina B12, selênio e iodo.

A vitamina D é importante para a saúde dos ossos e para a regulação do sistema imunológico. Agora, a vitamina B12 desempenha um papel importante na formação de células vermelhas do sangue e na função cerebral.  O selênio, um poderoso antioxidante, ajuda a proteger as células contra danos, e o iodo é fundamental para a saúde da tireoide.

Comparado a outros peixes, o atum se destaca não apenas pelo seu conteúdo de ômega-3, mas também pela sua versatilidade e facilidade de preparo.

Embora peixes como salmão e sardinha também sejam ricos em nutrientes benéficos, o atum muitas vezes é preferido por seu sabor suave e pela facilidade de incorporá-lo a uma variedade de pratos, desde saladas e sanduíches até pratos mais elaborados.

Mas, o atum é remoso?

A resposta para essa pergunta é mais complexa. Afinal, tão conhecidos por seus efeitos benéficos na redução da inflamação em todo o corpo, o que, em teoria, tornaria o atum um candidato pouco provável a ser classificado como ‘remoso’.

No entanto, a situação se complica quando consideramos o mercúrio. Neste caso, o mercúrio é um metal pesado encontrado naturalmente no meio ambiente, mas que se acumula em organismos aquáticos, especialmente em peixes de maior porte e longevidade, como certos tipos de atum.

Inclusive, a exposição a níveis elevados de mercúrio pode ter efeitos adversos significativos na saúde, incluindo sintomas de toxicidade e, paradoxalmente, contribuir para processos inflamatórios, um ponto crítico na definição de um alimento como ‘remoso’.

Portanto, a relação entre o atum e a inflamação pode ser influenciada pela quantidade de mercúrio que o peixe carrega.

Neste caso, tipos de atum como o atum rabilho e o atum patudo tendem a acumular mais mercúrio do que outros, como o atum albacora ou o atum light, devido a diferenças em seus hábitos alimentares e longevidade.

Assim, enquanto o consumo moderado de tipos de atum com baixo teor de mercúrio pode ser benéfico e não necessariamente ‘remoso’, o consumo excessivo ou a escolha de tipos com altos níveis de mercúrio podem inclinar a balança para o lado negativo.

Portanto, caso opte pelo atum enlatado, dê preferência a marcas confiáveis e seguras.

Para a maioria das pessoas, o consumo moderado de atum, especialmente as variedades com baixo teor de mercúrio como o atum light e o atum skipjack, pode ser parte de uma dieta saudável.

No entanto, em períodos de recuperação de cirurgias ou em casos de inflamação aguda, pode ser prudente limitar o consumo de atum e consultar um profissional de saúde sobre a melhor dieta para essas condições.

Quais peixes são remosos e e quais são não remosos?

A classificação de peixes como “remosos” ou não remosos pode variar de acordo com diferentes culturas, tradições e até mesmo entre profissionais de saúde.

Neste caso, não existe uma lista oficial ou cientificamente comprovada que categorize peixes nestes termos, pois isso também pode depender da sensibilidade individual e da condição de saúde de cada pessoa.

No entanto, com base em conceitos gerais de nutrição e saúde, elaboramos uma lista que reflete o entendimento comum sobre peixes que são frequentemente considerados mais propensos a causar inflamação (remosos) e aqueles geralmente considerados anti-inflamatórios ou neutros:

Peixes considerados “remosos” (mais propensos a causar inflamação)

  • Peixes de água doce não tratada: Muitas vezes podem conter bactérias ou parasitas que, se não forem devidamente cozidos, podem provocar inflamação ou infecção.
  • Peixes de pele escura: Como a cavala, sardinha e alguns tipos de salmão, que podem ter maior teor de gorduras que, embora saudáveis, podem não ser recomendadas para pessoas com certas condições inflamatórias.
  • Peixes grandes e de longa vida: Como o tubarão, o peixe-espada e certos tipos de atum (como o atum patudo e o rabilho), que tendem a acumular mais mercúrio e outras toxinas que podem contribuir para processos inflamatórios.

Peixes considerados não remosos (menos propensos a causar inflamação)

  • Peixes ricos em ômega-3 de baixo teor de mercúrio: Como o salmão selvagem (não de cativeiro), a truta, o arenque e a anchova, conhecidos por seus efeitos anti-inflamatórios.
  • Peixes menores e de ciclo de vida mais curto: Como o atum light (atum rabil), a tilápia e o bacalhau, que geralmente acumulam menos toxinas.
  • Peixes magros: Como o linguado, o pargo e o bacalhau, que são considerados de fácil digestão e com menores chances de provocar inflamação.

É importante lembrar que, além do tipo de peixe, o método de preparo também pode influenciar seus efeitos no corpo. Inclusive, peixes grelhados, cozidos ou assados tendem a ser mais saudáveis e menos inflamatórios do que peixes fritos ou preparados com molhos pesados e ricos em gorduras não saudáveis.

Além disso, é sempre aconselhável consultar um profissional de saúde ou um nutricionista para obter recomendações personalizadas, especialmente se existirem condições de saúde específicas ou preocupações dietéticas.

Embora o atum possa oferecer muitos benefícios para a saúde, é importante considerar seu consumo dentro do contexto de sua dieta total e estado de saúde.

Como com qualquer alimento, a moderação é chave, e a consciência sobre como diferentes alimentos afetam nosso corpo pode nos ajudar a fazer escolhas mais saudáveis.

Na sequência, leia mais:

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