Dia Mundial da Saúde Sexual: o que a pandemia e os hormônios podem causar

O isolamento social, como medida instaurada por causa da pandemia do COVID-19, trouxe segurança contra a doença, mas ao mesmo tempo receio, dificuldades financeiras, entre outros problemas. Assim, hoje (04/08) sendo o Dia Mundial da Saúde Sexual , uma questão pode ser levantada: ficar em casa prejudicou a vida sexual dos casais?

Um fato é claro: quem não namorava encontrou grandes dificuldades de ter alguém nesse período. E muitos que tinham compromissos firmados, seja de namoro ou casamento, acabaram se separando por diversos problemas, entre eles, a incompatibilidade sexual. Mas será mesmo que só a pandemia foi capaz de causar tanto transtorno?

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Dia Mundial da Saúde Sexual: o que influencia na libido das mulheres

Segundo psicólogos, a quarentena deu abertura para que muitos casais se afastassem, mas também para que muitos se aproximassem. A convivência excessiva traz efeitos diferentes para cada um, uma vez que depende de como se lida com as manias e limites do outro.

Muitos casais se afastam por conta da falta de libido
Muitos casais se afastam por conta da falta de libido (Imagem: Rperodução/Freepik)

Para se ter uma ideia, houve um aumento na compra de produtos de ordem erótica, bem como de conteúdo pornográfico. Isso significa que, mesmo diante de outros problemas, existe aí uma quebra no tabu pré-existente, uma mudança no comportamento sexual.

Assim, no Dia Mundial da Saúde Sexual, as reflexões e os questionamentos seguem para um ponto focal: os desejos são individuais, portanto, não existe obrigação nem culpa. A pandemia e o isolamento social vêm trazendo à tona problemas de diversas ordens que atuam na questão psicológica. Querendo ou não, é algo que influencia sim, mas não é o único responsável pela falta de libido de algumas pessoas, em especial, algumas mulheres.

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Álcool e pandemia

Muitos não associam uma coisa à outra, mas o uso de bebidas alcóolicas e a sexualidade em meio ao isolamento sexual estão diretamente relacionados. É normal beber para estimular o prazer, se sentir mais atraente e afastar os sentimentos de timidez. Contudo, consumir álcool em excesso acaba “deixando a desejar” na cama.

Isso se torna ainda mais especial em se tratando do sexo masculino, pois a bebida alcóolica acaba reduzindo a quantidade da água dentro do organismo. Isso influencia na circulação sanguínea da região genital, consequentemente, na ereção. Além do mais, aumenta os níveis de angiotensina, que é um hormônio que está associado à disfunção erétil.

Já com relação às mulheres, o álcool em excesso prejudica na lubrificação, ocasionando desconforto, bem como dores e até mesmo lesões ao se ter relações sexuais. Durante a pandemia, houve um aumento de aproximadamente 38% na venda das bebidas alcoólicas. Portanto, é algo a ser levado em conta ao se levantar os questionamentos no Dia Mundial da Saúde Sexual.

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Questões hormonais e a saúde sexual

Será mesmo que existe alguma relação entre a libido e os níveis de hormônio? Existe sim. Grande parte das alterações hormonais acaba se manifestando em baixa libido – especialmente nas mulheres. Entretanto, é bom ressaltar que libido também se relaciona a diversos âmbitos da vida de uma mulher. Além da saúde física, há também fatores como:

  • Cansaço;
  • Humor;
  • Estresse;
  • Boas condutas no relacionamento, entre outros.
Conversar, mudar os hábitos e viver uma vida plena pode contribuir para a visa sexual feliz
Conversar, mudar os hábitos e viver uma vida plena pode contribuir para a visa sexual feliz (Imagem: Reprodução/Freepik)

Para saber se a culpa é mesmo dos hormônios, é preciso fazer uma completa avaliação clínica, pois isso indicará quais exames serão necessários a fim de se verificar os níveis hormonais, bem como as condições de saúde como um todo. Quando essa avaliação evidencia e positiva uma alteração hormonal, existem alguns cuidados que podem ser tomados para aumentar a libido e melhorar a vida sexual do casal:

  • Mudar os hábitos – Para regular os hormônios, é importante manter uma dieta equilibrada e praticar exercícios físicos. Isso reduz o estresse, bem como melhora as condições gerais de saúde;
  • Verificar o uso de certos medicamentos – Algumas medicações para depressão e ansiedade podem ter interferências na questão da libido. É importante verificar com o médico e, se possível, efetivar uma troca;
  • Prestar atenção no sono – Em geral, as pessoas necessitam de 7 até 9 horas por noite de um sono. Segundo pesquisas, quem dorme bem, tem a libido melhorada. Algumas questões hormonais também estão relacionadas ao sono, afetando as respostas sexuais.

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Assim, no Dia Mundial da Saúde Sexual, é importante se preocupar com a saúde do organismo em geral e com a saúde mental. Ter um relacionamento com base no diálogo, sem se limitar e não ter preconceitos é essencial para uma vida sexual ativa e feliz.

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