O que é molusco de pele? É contagioso? Tem tratamento e cura?

O molusco de pele é uma infecção de pele muito comum em crianças menores de 6 anos e pessoas imunocomprometidas. De origem viral, caracteriza-se pela erupção de pequenas espinhas inofensivas. Mas como se livrar dele? Veja as informações do SaúdeLab sobre o problema de saúde.

O que é molusco de pele

Assim como a verruga, o molusco contagioso é uma lesão – chamada pápula – induzida por um vírus e o contato direto com a pele ou superfície contaminada (roupa ou toalha de banho, por exemplo). O princípio da contaminação é semelhante ao da verruga. Mas não é o mesmo vírus que está em questão. No caso da verruga, é o HPV (papilomavírus humano) e no caso do molusco, é um Poxvirus (PXV).

Outra diferença notável: o molusco ocorre principalmente em lactentes e crianças pequenas, antes dos 6 anos, enquanto a verruga afeta todas as idades. Mesmo que faltem estudos epidemiológicos, estima-se que entre 5 e 10% das crianças serão afetadas pelo molusco antes dos 6 anos de idade.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) aponta que a prevalência de molusco em crianças pequenas também está ligada à imunidade baixa, pessoas com pele mais ressecadas e alérgicas. Com efeito, a pele com tendência eczematosa é um terreno privilegiado para o aparecimento do molusco. As pápulas também se localizam principalmente nos membros (braços e pernas) e nas dobras (axilas, cotovelos, joelhos) que são áreas propícias ao eczema. A face, palmas das mãos ou plantas dos pés geralmente são poupadas.

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Como reconhecer um molusco?

molusco de pele no braço e abdome
O que é molusco de pele – Imagem: Canva Pro

É uma pequena lesão arredondada e ligeiramente elevada, translúcida ou de cor rosada. Como as crianças tendem a se coçar, o molusco se espalha para outras partes do corpo por autoinoculação e as pápulas se multiplicam.

Nos adultos, o molusco contagioso é transmitido sexualmente e localiza-se principalmente no púbis (próximo à genitália). Também é comum em indivíduos imunocomprometidos. É encontrado, por exemplo, bastante comumente em pessoas com HIV, artrite, artrose, lúpus etc.

Quanto ao seu período de incubação, permanece pouco conhecido e varia de duas semanas a vários meses. Esse também é outro ponto em comum com a verruga: um indivíduo pode ser portador do HPV, mas nunca ter verruga. Da mesma forma, uma criança pode entrar em contato com o Poxvírus, mas não desenvolver nenhum molusco. No entanto, acontece que depois de um certo tempo, uma queda na imunidade leva a um desequilíbrio na barreira da pele que beneficia o vírus.

O molusco é perigoso?

O molusco contagioso é uma patologia completamente inofensiva. A sua classificação é de uma doença benigna e não deixa sequelas graves, contudo pode haver cicatrizes na pele. O único risco é o da superinfecção bacteriana (estafilococos) por coçar. Mas este caso, raríssimo, não está ligado ao molusco em si, apenas à forma como foi manuseado.

Um molusco deve ser tratado?

Exceto em pessoas imunocomprometidas, o molusco contagioso cura naturalmente. A dificuldade é que pode demorar muito. Sabe-se que a regressão média de cada pápula é de treze meses. Mas se levarmos em conta toda a erupção, leva cerca de três anos para que todas as pápulas desapareçam.

A questão do tratamento é então debatida. A primeira coisa a fazer é observar se há eczema sob o molusco e tratá-lo primeiro com corticosteroides tópicos e cremes hidratantes. Para isso, um médico dermatologista deve ser consultado para indicar a melhor conduta. Às vezes, o molusco regride rapidamente quando o eczema desaparece, outras vezes, uma curetagem (procedimento médico cirúrgico) na pele para retirar os moluscos poderá ser necessária.

Se não for o caso, outros critérios devem ser levados em consideração: o aspecto estético, em particular, e o incômodo causado ao paciente.

Como prevenir

Tendo em vista que pele ressecada e com tendência a alergias facilitam o contágio com o molusco de pele, então é importante manter a higiene diária e hidratação com produtos de boa qualidade. Nesse sentido, escolha sabão neutro e cremes naturais. Ainda mais, considere o uso de óleos essenciais para reforçar a imunidade e proteção da pele.

Por fim, a alimentação saudável é outra sugestão para deixar a defesa do corpo elevada. Escolha alimentos ricos em vitamina C, zinco, confira mais aqui.

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Enf. Raquel Souza de Faria
Enf. Raquel Souza de Faria

Sou Raquel Souza de Faria, Enfermeira (COREN – MG 212.681) Especialista em Docência do Ensino Superior, Consultora de Enfermagem em Núcleo de Segurança do Paciente, Gestora de Serviços de Atenção Básica/Saúde da Família. Empresária e Empreendedora, amante da Fitoterapia e das Terapias Holísticas, oferecendo bem-estar e prevenção de doenças como Auriculoterapêuta e Esteticista.
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