Peixe cação faz mal? Entenda os riscos, quem deve evitar e se vale a pena consumir

Muita gente tem dúvidas se o peixe cação faz mal e se realmente é uma boa escolha para o consumo. A preocupação é comum porque o cação costuma ser vendido a preços acessíveis, apresentado como uma opção simples para incluir no dia a dia.

No entanto, poucas pessoas sabem de fato qual é a origem desse peixe e por que ele desperta tanto debate entre especialistas em saúde e nutrição.

O termo “cação” é usado no mercado brasileiro para designar diferentes espécies de tubarão.

Esse ponto é essencial para entender o risco, já que peixes maiores, que ocupam o topo da cadeia alimentar, tendem a acumular maiores quantidades de metais pesados, especialmente o mercúrio.

Isso levanta um questionamento importante: o peixe cação faz mal apenas se consumido em excesso ou representa um risco maior do que outros peixes comuns?

Aqui, você vai entender por que o peixe cação faz mal para determinados grupos, quais são os riscos comprovados, como ele se compara a outras espécies e como fazer escolhas mais seguras no dia a dia.

O que é o peixe cação e por que ele gera tanta dúvida

O cação não é uma espécie específica de peixe, mas sim um nome comercial atribuído a diversos tipos de tubarões vendidos no mercado interno. Essa prática faz com que o consumidor não saiba exatamente qual espécie está levando para casa.

Além disso, tubarões têm características biológicas que os tornam mais propensos ao acúmulo de contaminantes, especialmente porque vivem longos períodos e se alimentam de outros peixes.

A falta de clareza sobre qual espécie está sendo consumida aumenta a insegurança. Em muitos casos, não há informações sobre procedência, captura ou rastreabilidade. Isso afeta diretamente a confiança do consumidor e levanta dúvidas sobre possíveis impactos para a saúde.

Essa incerteza também está ligada à preocupação crescente com a contaminação dos oceanos.

Outro fator que reforça o questionamento é o contraste entre o baixo preço do cação e a crescente divulgação de alertas sobre metais pesados em peixes grandes. Por isso, quando o consumidor pergunta se o peixe cação faz mal, ele busca uma confirmação sobre segurança alimentar e sobre a possibilidade de substituição por peixes mais seguros.

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Afinal, o peixe cação faz mal?

A resposta direta é que o peixe cação pode fazer mal dependendo da frequência de consumo e do perfil do indivíduo. O principal problema é a alta probabilidade de conter níveis elevados de mercúrio.

Esse metal pesado se acumula no organismo ao longo do tempo e pode causar danos neurológicos, motores e cognitivos, especialmente em populações vulneráveis.

Para adultos saudáveis, o consumo ocasional não costuma gerar impactos imediatos. Porém, a ingestão frequente aumenta o risco de intoxicação crônica.

Como o cação pertence ao grupo dos grandes predadores, o potencial de acúmulo é significativamente maior do que em peixes menores que vivem menos tempo.

Outro ponto importante é que, diferentemente de peixes como sardinha ou tilápia, o cação raramente chega ao consumidor com informações claras sobre origem e métodos de captura.

Isso reduz a transparência e contribui para a dúvida sobre possíveis contaminações adicionais, como poluentes ambientais e substâncias químicas presentes na água.

Por que o cação pode fazer mal? Riscos comprovados

O principal risco associado ao consumo de cação é a exposição ao mercúrio. Peixes predadores acumulam esse metal ao se alimentar repetidamente de espécies menores. O mercúrio altera o funcionamento do sistema nervoso, afeta a coordenação motora e interfere no desenvolvimento neurológico de fetos e crianças.

Além do mercúrio, existe a possibilidade de contato com outros contaminantes ambientais. Tubarões vivem em diferentes regiões, muitas delas impactadas por resíduos industriais, pesticidas e metais tóxicos.

Esses poluentes podem se concentrar nos tecidos ao longo da vida do animal. Esse processo torna o consumo menos seguro quando comparado a peixes de ciclo curto.

Outro ponto é que o cação é frequentemente comercializado sem rastreabilidade. A falta de informações sobre captura e manuseio impede que o consumidor tenha certeza de que o produto passou pelos controles sanitários adequados. Essa combinação de fatores reforça a pergunta sobre se o peixe cação faz mal e por que ele não é recomendado para consumo regular.

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Quem deve evitar o consumo de cação

Alguns grupos devem evitar totalmente o consumo de cação. Gestantes e lactantes não devem consumir o peixe devido ao risco de contaminação por mercúrio, que pode prejudicar o desenvolvimento neurológico do bebê.

Esse é um cuidado fundamental, pois a exposição mesmo em pequenas quantidades pode gerar impactos a longo prazo.

Crianças pequenas também devem evitar o cação. O cérebro em desenvolvimento é altamente sensível a metais pesados, e a exposição precoce pode afetar memória, aprendizado e coordenação.

Por isso, recomenda-se que crianças consumam peixes menores e com menor potencial de contaminação.

Pessoas com doenças do fígado, dos rins ou com condições neurológicas deveriam evitar o cação. Como esses órgãos são responsáveis pelo processamento de toxinas, qualquer aumento na carga de metais pesados pode agravar quadros preexistentes.

Para esses grupos, a pergunta “o peixe cação faz mal?” torna-se ainda mais relevante.

O cação tem benefícios nutricionais?

Embora o peixe cação ofereça proteínas de boa qualidade, seu perfil nutricional não se destaca quando comparado a peixes amplamente recomendados.

Peixes menores, como sardinha, anchova e tilápia, fornecem quantidades semelhantes de proteína com maior segurança e melhor composição de ácidos graxos.

O cação pode até apresentar alguma quantidade de ômega-3, mas não o suficiente para compensar o risco associado ao mercúrio. Além disso, muitos dos benefícios nutricionais atribuídos erradamente ao cação estão presentes em outras opções muito mais seguras.

Isso reforça a importância de priorizar espécies com menor potencial de contaminação.

Por isso, apesar de ter um valor nutricional moderado, o cação não é considerado uma boa opção para consumo frequente. O balanço entre risco e benefício é desfavorável, especialmente quando existem alternativas mais econômicas e nutritivas.

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Cação x outros peixes: vale a pena substituir?

Sim, vale a pena substituir o cação por peixes menores. Espécies como sardinha, cavalinha, tilápia e pescada possuem menor acúmulo de metais pesados.

Esses peixes vivem menos tempo, ocupam níveis mais baixos da cadeia alimentar e apresentam excelente perfil nutricional.

Além disso, peixes menores são mais sustentáveis. A pesca predatória de tubarões preocupa ambientalistas e é motivo de alerta internacional. Optar por espécies com menor impacto ambiental traz benefícios não apenas para a saúde, mas para o ecossistema.

Ao avaliar risco, nutrição e sustentabilidade, fica claro que a substituição é uma decisão inteligente. Para quem se preocupa com segurança alimentar, essa escolha reduz significativamente a exposição a metais pesados.

Como comprar peixe com segurança

Se o consumidor ainda optar pelo cação, é essencial escolher fornecedores confiáveis. Peixes vendidos em mercados sem refrigeração adequada, sem selo de inspeção ou sem origem definida devem ser evitados.

A ausência de certificação dificulta qualquer garantia de qualidade.

Sempre verifique se o peixe tem odor fresco, cor natural e textura firme. Essas características indicam armazenamento adequado.

Mesmo assim, o consumo deve ser esporádico, evitando que a exposição acumulada a metais pesados se torne prejudicial.

Para consumo regular, prefira peixes menores e de procedência verificada. Essa simples prática é suficiente para reduzir riscos e manter uma alimentação equilibrada e saudável.

O peixe cação faz mal principalmente devido ao risco elevado de contaminação por mercúrio e outros poluentes ambientais. Embora o consumo ocasional não represente danos significativos para adultos saudáveis, não é uma escolha recomendada para consumo regular.

Gestantes, crianças e pessoas com doenças prévias devem evitar o cação completamente.

Do ponto de vista nutricional, o cação não oferece vantagens que justifiquem sua inclusão frequente no cardápio. Existem alternativas muito mais seguras, com melhor perfil nutricional e menor impacto ambiental.

Por isso, escolher peixes menores e de origem confiável é a opção mais segura para quem quer manter uma alimentação saudável.

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Kethlyn Bukner
Kethlyn Bukner

Graduanda de Biomedicina pela Unicesumar no Paraná, também possui quatro anos de experiência na área de Farmácia, através do curso técnico.

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