Aquecimento global e sintomas de alergia: como o clima está afetando sua saúde

Nos últimos anos, o aumento de sintomas de alergia, como a rinite alérgica, tem afetado um número crescente de pessoas em várias partes do mundo.

Esse fenômeno não é apenas uma questão de genética ou exposição a alérgenos, mas também de fatores ambientais que, como o aquecimento global, estão alterando os padrões das estações do ano e a concentração de pólen no ar.

Um estudo publicado no The Laryngoscope traz dados preocupantes sobre os efeitos do aquecimento global, que está não apenas prolongando, mas também intensificando a temporada de pólen.

As projeções indicam que, até o final do século, a emissão de pólen pode aumentar em até 40%.

O mais preocupante é que a duração da estação de pólen pode se estender até 19 dias a mais do que o habitual.

Essas alterações têm contribuído significativamente para a exacerbação dos sintomas de alergia em uma parte significativa da população.

Sintomas de alergia: aumento de casos

Esse aumento nos casos de alergias respiratórias tem sido particularmente notável em países como os Estados Unidos, onde a quantidade de pólen no ar e a duração das temporadas de alergia estão sendo amplificadas.

O impacto dessa mudança é claro e preocupa os especialistas, que apontam uma sobrecarga nos serviços de saúde, principalmente para aqueles que têm menos acesso a tratamentos.

O papel do pólen

Para entender melhor o aumento dos sintomas de alergia, é fundamental compreender o papel do pólen.

A flor produz esse gameta masculino para realizar a fecundação, que é transportado pelo vento.

Essa substância, embora essencial para a reprodução das plantas, pode ser um grande problema para muitas pessoas.

Nem todas as partículas polínicas têm potencial alergênico, mas algumas plantas, principalmente as gramíneas como o capim e o azevém, estão entre as maiores responsáveis por desencadear essas reações alérgicas.

No Brasil, esses grãos de pólen são particularmente problemáticos na região Sul.

O grande desafio agora é a aceleração do processo: o aumento da temperatura, resultante do aquecimento global, tem feito as plantas florescerem mais cedo e com maior intensidade, estendendo a estação de pólen e, consequentemente, aumentando a exposição ao alérgeno.

Sintomas de alergia ao pólen: o que fazer?

Quando o pólen entra em contato com as mucosas de pessoas alérgicas, ele desencadeia uma série de reações inflamatórias.

Os sintomas de alergia mais comuns incluem espirros, coceira intensa no nariz, nos olhos e na garganta, congestão nasal, olhos vermelhos e lacrimejantes, e, em alguns casos, asma com tosse e dificuldade respiratória.

A extensão e a gravidade desses sintomas aumentam conforme o tempo de exposição ao pólen se prolonga, como aponta a pesquisa sobre as mudanças climáticas.

Embora não seja possível evitar completamente a exposição ao pólen, algumas atitudes podem ajudar a minimizar o impacto das alergias, como:

  • Evitar sair nas primeiras horas da manhã e no final da tarde, quando a concentração de pólen está mais alta.
  • Fechar janelas e portas durante os picos da estação de pólen.
  • Lavar bem as mãos e o rosto após atividades ao ar livre.
  • Usar óculos de sol para proteger os olhos e uma máscara, se necessário, especialmente em regiões com alta concentração de pólen.
  • Em casos mais graves, pode ser necessário buscar ajuda médica para controlar os sintomas de alergia.

De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), o tratamento pode envolver o uso de antialérgicos, que ajudam a reduzir as reações alérgicas, além de vacinas de dessensibilização, que contêm extratos do próprio pólen.

Essas vacinas podem ser administradas por injeção ou por via sublingual, sempre com a orientação de um médico.

O futuro da saúde pública frente às mudanças climáticas

Como vimos, as mudanças climáticas estão afetando as alergias respiratórias, e isso traz desafios importantes para a saúde nos próximos anos.

O crescimento da quantidade de pólen e o prolongamento das temporadas de alergias podem piorar os sintomas de milhões de pessoas.

Para enfrentar essa situação, é essencial tomar medidas preventivas, buscar tratamentos adequados e entender como o ambiente está impactando nossa saúde.

É fundamental que governos, profissionais de saúde e a sociedade se unam para enfrentar as consequências das mudanças climáticas na saúde, implementando políticas de prevenção e garantindo o acesso a tratamentos para todos.

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Michele Azevedo
Michele Azevedo

Formada em Letras - Português/ Inglês, pós-graduada em Arte na Educação e Psicopedagogia Escolar, idealizadora do site Escritora de Sucesso, empresária, redatora e revisora dos conteúdos do SaúdeLab.

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