Cara de Sapato, do ‘BBB 23’ relata Tourette e crises de pânico no BBB23

O lutador conta aos participantes como a terapia e o esporte o ajudam a estabilizar

O lutador Antônio Carlos Coelho de Figueiredo Barbosa Júnior, mais conhecido como Cara de Sapato, tem contado no BBB23 um pouco de sua vida e luta por sua saúde mental fora dos ringues.

Antes de entrar no Big Brother, o Cara de Sapato já participou de um reality, “The Ultimate Fighter Brasil”, em 2014, onde venceu as quatro lutas e foi campeão na divisão dos pesados. Assim, conquistou um contrato com o UFC. Porém, em 2022, se lesionou e acabou fora das semifinais na busca do bicampeonato. Em paralelo, ele luta contra as crises de ansiedade e pânico que tentam paralisá-lo.

Cara de Sapato fala da Síndrome de Tourette

O brother recebeu na infância o diagnóstico de Síndrome de Tourette (ST), condição do sistema nervoso caracterizada pela emissão de sons e movimentos involuntários chamados tiques. Embora não haja cura para o Tourette, o tratamento pode ajudar a controlar os sintomas.

Pessoas com ST também podem ter Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). Cara de Sapato, por exemplo, falou no programa sobre a necessidade que tem de ver a cozinha arrumada e limpa. Além disso, apresentou um princípio de crise de ansiedade por encontrar um pedaço de fio dental jogado.

O lutador conta que faz acompanhamento clínico e psicológico desde a infância, quando teve o diagnóstico de Síndrome de Tourette. “Comecei a ter tique nervoso aos sete anos. Coisas que eu vejo hoje de insegurança e medo vieram da minha infância”, relata Cara de Sapato. “Hoje eu tenho um pouco de entendimento disso pela vivência que eu tive nas terapias. Eu era muito hiperativo”.

Dos sintomas do Tourette, os tiques são os mais evidentes e aparecem na infância entre os dois e os 14 anos. Alguns exemplos são o piscar ou revirar de olhos, caretas, encolher os ombros, espasmos da cabeça ou membros, pulos ou giros. Em contrapartida, os tiques vocais incluem grunhidos, pigarros, assovios, cliques na língua, sons de animais, bem como frases aleatórias.

Os tiques geralmente não são prejudiciais à saúde geral de uma pessoa, mas os tiques físicos, como sacudir a cabeça, podem ser dolorosos. Além disso, podem ser piores em alguns dias do que outros.

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Cara de Sapato e as crises

Durante o primeiro mês de confinamento, Cara de Sapato já passou por crises de ansiedade e pânico, e contou com o apoio da amiga de confinamento e médica, Amanda Meirelles. “Quando você pega na minha mão, naquelas crises de ansiedade, é muito importante pra mim. É só isso que eu preciso”, confidenciou Cara de Sapato.

O também lutador Júnior Cigano, amigo de Antônio, falou sobre a história com a Amanda. “Eles construíram uma cumplicidade, ela tem sido o apoio dele nas crises”, pontuou Cigano.

O que pouca gente sabia na casa do BBB é que os episódios de Síndrome do Pânico de Sapato começaram em 2011, após o assassinato de um dos seus amigos.

“Eu perdi um amigo que também era lutador faixa preta. Ele foi assassinado. Eu cheguei depois na cena e eu vi ele lá. E aquilo mexeu muito comigo”, confidenciou Sapato. “Foi mexendo com todo meu sistema fisiológico e com alguns estresses que eu já estava passando naquela época. Juntou tudo e virou essa bola de neve, se tornou uma Síndrome do Pânico”, explicou o brother.

Ele relatou ainda a dificuldade de treinar e voltar a lutar “Fiz terapia, fui ao psicólogo, ao psiquiatra e tive que tomar remédio. O pânico me deixou uma pessoa mais humana, muito melhor e acho que isso formou quem sou hoje”, filosofou o lutador.

A Síndrome do Pânico

O ataque de pânico é um episódio súbito de medo intenso que desencadeia reações físicas graves quando não há perigo real ou causa aparente. Entretanto, os ataques levam a pensar que se está perdendo o controle, tendo um ataque cardíaco ou até mesmo morrendo.

Os ataques de pânico têm muitas variações, mas os sintomas geralmente atingem o pico em minutos, deixando a pessoa exausta. Embora os ataques de pânico em si não representem risco de vida, eles podem ser assustadores e afetar significativamente a qualidade de vida. Além disso, são difíceis de controlar por conta própria e podem piorar sem tratamento.

Crises recorrentes e inesperadas, acompanhadas de longos períodos com medo constante de outro ataque, é chamado de Transtorno ou Síndrome do Pânico.

Por isso, é importante buscar ajuda profissional. O tratamento pode ajudar a reduzir a intensidade e a frequência das crises As principais opções de tratamento são psicoterapia, atividade física e medicamentos.

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