Pesquisadores avaliam eficácia de tratamento com antidepressivos
Disciplinas como psiquiatria, engenharia da computação, estatística e farmacologia foram utilizadas para definir resposta não significativa ao tratamento
Mais de um terço das pessoas diagnosticadas com transtorno depressivo maior ou depressão clínica não têm resposta satisfatória a tratamentos com antidepressivos
A também conhecida como Mayo Clinic, é uma organização sem fins lucrativos comprometida com a inovação na prática clínica, educação e pesquisa. Segundo suas avaliações, os pacientes frequentemente precisam tentar opções diferentes de medicação até que uma seja eficaz. Para ajudar a encontrar a prescrição correta mais rapidamente, uma equipe de pesquisa desenvolveu e validou um limite para definir quando um paciente não está respondendo à medicação.
Antidepressivos para transtorno depressivo maior ou depressão clínica
A depressão é um transtorno de humor que causa um sentimento persistente de tristeza, bem como a perda de interesse. Também chamado de transtorno depressivo maior ou depressão clínica que afeta como a pessoa se sente, pensa e se comporta. Além disso, pode levar a uma variedade de problemas emocionais e físicos nas atividades normais até mesmo sentir que a vida não vale a pena.
Porém, é mais do que apenas uma crise de tristeza, a depressão não é uma fraqueza que se pode sair quando quiser. A depressão pode exigir tratamento a longo prazo. Segundo a Mayo, a maioria das pessoas com depressão se sente melhor com medicação, psicoterapia ou ambos.
Existem definições bem claras de efeitos positivos de tratamento medicamentoso. Entretanto, a definição de um tratamento ineficaz, por exemplo, não é tão clara para o coautor do estudo, Dr. William Bobo. Ele é também presidente do Departamento de Psiquiatria e Psicologia da Mayo Clinic na Flórida. O estudo foi publicado na revista médica Journal of Clinical Psychiatry.
Estudando a resposta aos antidepressivos
“Pela nossa experiência, muitos pacientes melhoram com um determinado tratamento, mas não o suficiente para que ele se mantenha”, explica o médico. Portanto, aqueles que não apresentam um benefício significativo, dizem que o antidepressivo está funcionando, mas não o suficiente para ser continuado.
A pesquisa comparou três escalas em que pacientes com depressão melhoraram ou pioraram após o início do tratamento. Os pesquisadores descobriram que entre quatro a oito semanas, a definição de “sem benefício significativo” pode ser definida como 30% ou menos de melhora nos sintomas depressivos.
Os autores do estudo reuniram uma ampla variedade de disciplinas, incluindo psiquiatria, engenharia da computação, estatística, assim como farmacologia clínica e molecular para identificar uma definição numérica de resposta não significativa ao tratamento.
“Os resultados do estudo mostram que uma resposta positiva aos antidepressivos e a falta de resposta positiva não são simples opostos, afinal”, observou o médico. Logo, mudar o tratamento apenas quando não há nenhuma melhora pode manter os pacientes em tratamentos lentos. “Agora, temos um limite numérico para definir o que se entende por uma resposta não significativa”, pontuou.
O estudo possibilita pesquisas visando a previsão de resultados ruins de tratamento com antidepressivos. Agora, a capacidade de prever benefícios improfícuos pode ser tão importante quanto prever boas respostas a um antidepressivo, para que a medicação correta seja prescrita.
“Então, isso pode ajudar a reduzir o tempo que eles permanecem em um tratamento destinado a falhar e facilitar uma mudança mais rápida para algo que pode ser mais eficaz”, concluiu Dr. Bobo.
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