Sintomas de Hipertensão: como identificar os sinais da doença que acomete 1 a cada 5 brasileiros adultos?

A Hipertensão Arterial é uma das doenças que mais matam no Brasil. Além disso, é um dos principais fatores de risco para outras doenças do coração com insuficiência cardíaca, cardiomiopatia, angina pectoris entre outras. Hoje, o Saúdelab, vai abordar esta doença que acomete 1 a cada 4 brasileiros adultos no país. Segundo a Sociedade de Cardiologia de São Paulo, atualmente há mais de 36 milhões de pacientes no Brasil com pressão alta. Isso quer dizer que uma em cada cinco pessoas sofre com esse problema. Mas quais são afinais os sintomas de hipertensão e como diagnosticar essa doença?

Como é uma complicação silenciosa, é difícil notar os sintomas de hipertensão. Mesmo assim, é importante estar a par do que você pode sentir se possuir essa doença. Confira tudo sobre ela neste artigo e mantenha seu controle médico em dia.

Vale lembrar que um médico deve ser sempre consultado!

O que é hipertensão?

Hipertensão arterial
A Hipertensão Arterial afeta 1 a cada 5 brasileiros adultos. Foto: Freepik

Em primeiro lugar é preciso entender o que é esse problema. Basicamente podemos entendê-lo como um aumento exponencial e por longo tempo da pressão arterial. Essa pressão é o que faz o sangue circular por todo o corpo.

O sangue bombeado parte do coração. Para que ele chegue a todas as partes do corpo necessárias, faz uma “força” contra as paredes internas das nossas artérias. Há uma resistência por parte dos vasos das artérias em deixar o sangue passar. Essas duas forças formam a pressão arterial.

A variação da pressão é normal. Nós jamais mantemos os mesmos valores durante todo um dia. Ao realizarmos atividades, principalmente as de impacto, estimulamos a pressão a subir. Quando repousamos, principalmente ao dormir, ela baixa.

A hipertensão é causada por algum distúrbio em todo esse processo, que não permite que ela fique regulada. A hipertensão é algo ainda mais complicado se acontecer durante a gravidez. Durante o período de gestação do bebê é absolutamente necessário ter ainda mais cuidado e atenção a quaisquer sintomas.

Sinais e sintomas de hipertensão

Na maioria dos casos, quando os primeiros sintomas da doença aparecem é porque ela já está avançada. Isso porque a pressão alta age em silêncio. Nesse sentido o ideal mesmo é passar por um acompanhamento médico desde os primeiros anos da idade adulta. Principalmente se há histórico na família.

Os sintomas de hipertensão arterial surgem em momentos de crise aguda. Nesses momentos é preciso estar muito atento, visto que evoluem rápido para um enfarto ou mesmo Acidente Vascular Cerebral, o temido AVC.

Entre os sintomas mais comuns estão dores no peito e tonturas. Fraqueza, visão embaçada e sangramentos no nariz podem surgir também. Falta de ar e dores de cabeça aparecem com certa frequência.

Importante salientar que nem todos os sintomas acima são sintomas de quem tem hipertensão. Da mesma forma nem todos esses sinais aparecem em quem tem a doença. Há casos em que não há qualquer sinal ou indicativo de que a pessoa está com a pressão alta.

Quais os tipos de pressão alta?

De acordo com Sociedade Brasileira de Hipertensão, conforme dados publicados na VII Diretriz Brasileira de Hipertensão, a pressão alta pode ser classificada das seguintes forma, considere PAS = Pressão Arterial Sistólica e PAD = Pressão Arterial Diastólica:

  • Normal: PAS ≤ 120 PAD ≤ 80
  • Hipertensão estágio 1: PAS  140 – 159 e PAD 90 – 99
  • Hipertensão estágio 2: PAS 160 – 179 e PAD 100 – 109
  • Hipertensão estágio 3: PAS ≥ 180 PAD ≥ 110

No entanto, vale ressaltar que diagnóstico da doença somente pode ser feito por um profissional devidamente capacitado para tal. No dúvida, sempre procure o médico. No caso de sintomas da hipertensão arterial, procure atendimento médico imediatamente.

Como medir a pressão?

Hipertensão arterial
No dúvida, procure um profissional habilitado para tratar da doença. Foto: Freepik

Ter um aparelho medidor de pressão em casa é essencial. Usá-lo não é nada complicado, podendo salvar a vida de uma pessoa que tem a doença e não sabe se está em crise. Assim, é preciso saber como aferir a pressão arterial.

Para medir a pressão é preciso estar atento a alguns números e termos. Em primeiro lugar, a pressão é medida em milímetros de mercúrio, ou mmGh. São dois números que precisa conhecer: o valor da pressão sistólica e o valor da pressão diastólica.

A sistólica é o primeiro número obtido, no momento em que o sangue é liberado pelo coração. O valor médio e ideal da sistólica é 12. Já a diastólica deve ficar por volta dos 8. Ou seja: máxima de 12, mínima de 8, fala que todo paciente de cardiologia gostaria de ouvir.

A pressão alta é quando o conjunto fica em 14 por 9 ou superior a isso por muito tempo. Como dissemos: é comum que os valores fiquem altos em ocasiões de ação, movimento e estresse físico. Se esses números aparecem em situações de repouso é porque há mesmo um problema.

Além disso, por se tratar de uma doença silenciosa, mesmo com os dados pressórios alterados, muitas vezes os sintomas de hipertensão arterial podem não ser observados. Desta forma, a consulta com cardiologista deve ser frequente.

Causas da doença

De acordo com médicos, quase 90% dos casos são causados por desajustes nos hábitos de vida. E para evitar que você comece a ter remédio para pressão alta na sua vida, o ideal mesmo é começar a mudar os seus hábitos. Confira abaixo algumas atitudes que potencializam o aparecimento da doença:

Fumar

Fumar apenas um cigarro pode aumentar a pressão arterial durante meia hora. Quem é fumante ativo certamente tem muito mais chances de desenvolver pressão alta. É só fazer os cálculos em relação a um maço de cigarros por dia.

Obesidade

A obesidade está entre os maiores fatores de risco para desenvolvimento da hipertensão. Segundo especialistas, cada meio quilo de gordura que se forma no corpo exige a formação de mais um quilômetro e meio de pequenos vasos sanguíneos.

Isso é necessário para abastecer os novos vasos que se formam. A pressão também aumenta, obviamente. Quem sofre um aumento de peso de 20% multiplica por cinco as chances de sofrer de hipertensão.

Falta de exercício

Assim como a obesidade, a falta de exercício é um grande complicador para quem sofre de hipertensão. Não só porque auxilia no aumento da gordura corporal, mas porque deixa de fortalecer os músculos do coração.

Consumo exagerado de álcool e de café

Hipertensão arterial
Alta ingesta de gorduras, álcool e café podem interferir na doença. Foto: Freepik

Até 15% das pessoas com problemas de hipertensão têm como causa o café ou o álcool. O café por norma é uma bebida que acelera o metabolismo e o coração. Não é à toa que é ingerido para deixar a pessoa mais atenta. O consumo de álcool moderado, mas regular também influencia nessa subida.

Ingestão de sal e de alimentos com sódio

O corpo necessita diariamente de apenas um oitavo de uma colher de chá de sal. Grande parte das pessoas consome muito mais do que isso em apenas uma refeição. Esse temperinho e todos os alimentos com sódio são os maiores inimigos dos hipertensos.

Possíveis tratamentos para pressão alta

Uma parte bastante reduzida dos hipertensos consegue controlar a doença apenas mudando de hábitos. Deixar de fumar, cortar o sal, reduzir o café preto e o álcool são algumas dessas mudanças. Manter a prática de exercícios físicos de forma regular e evitar alimentos industrializados é fundamental.

Infelizmente grande parte de quem tem sintomas de hipertensão, principalmente em níveis acentuados, precisa usar remédios. Caberá ao médico cardiologista analisar resultados de exames, avaliar o histórico patológico do paciente, entre outras coisas. Fumar ou não é decisivo nesses casos.

Os sintomas de hipertensão vão e vem. Por isso as consultas e os exames periódicos são essenciais. Caso se note que há um bom controle do problema, não é preciso remédios. Importante dizer que não existe apenas um tipo de medicamento para amenizar a doença. Cada caso deve ser avaliado por um especialista.

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Referências bibliográficas:

  • He J, Whelton PK, Appel LJ, Charleston J, Klag MJ. Long-term effects of weight loss and dietary sodium reduction on incidence of hypertension. Hypertension 2000; 35:544–549.
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Elizandra Civalsci Costa
Elizandra Civalsci Costa

Farmacêutica (CRF MT n° 3490) pela Universidade Estadual de Londrina e Especialista em Farmácia Hospitalar e Oncologia pelo Hospital Erasto Gaertner. - Curitiba PR. Possui curso em Revisão de Conteúdo para Web pela Rock Content University e Fact Checker pela poynter.org. Contato (65) 99813-4203

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