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Farinha sem glúten: entenda as propriedades e saiba como preparar a sua
Alguns alimentos como pães e bolos fazem parte da nossa culinária e são muito consumidos no dia a dia. Contudo, a farinha branca não possui muitos atrativos quando o assunto é dieta ou no caso das pessoas que apresentam alguma intolerância bem específica, como os celíacos. Pensando nisso, o SaúdeLab trouxe hoje esse artigo que vai clarear sua mente com relação à farinha sem glúten.
Desse modo, entenda melhor sobre o assunto que, a priori, parece difícil de compreender, mas que não tem tantos segredos assim. Além disso, saiba como preparar a sua própria farinha para elaborar as mais variadas receitas.
Entendendo melhor sobre o glúten
Muito se fala sobre o glúten, mas ainda há pouco conhecimento verídico sobre ele. Afinal de contas, o que é glúten? A grosso modo, ele é uma proteína presente em alguns cereais, como o trigo, malte, centeio e a cevada.
Sua estrutura é composta basicamente por dois grupos de proteínas: a glutenina e a gliadina. Assim, as farinhas que possuem glúten em sua estrutura, como é o caso da farinha de trigo (mais comum), são utilizadas de forma frequente por sua característica flexível; ou seja, o glúten permite que a massa fique mais macia e moldável, pois garante elasticidade e retenção de água.
Mas então por qual razão o glúten é tudo muitas vezes como vilão? Primeiramente porque o trigo passa por diversas alterações genéticas, o que resulta num excesso do glúten.
Esse excesso, por sua vez, está relacionado ao aparecimento de alguns sintomas, como dores nas articulações, dores de cabeça, intestino permeável, gases e até mesmo doenças autoimunes.
Diante desse contexto, seja por escolha ou necessidade, substituir a farinha de trigo pela farinha sem glúten é interessante, indicado e muita gente já opta por essa troca saudável.
Contudo, vale salientar que não basta apenas fazer a troca, é preciso levar em consideração o resultado da receita; isto é, facilidade no preparo, sabor, textura e o que mais for importante para você.
Como fazer uma boa substituição
Ora, sabemos que é importante substituir a farinha com glúten pela farinha sem glúten. Embora haja uma série de produtos disponíveis no mercado, pode não ser uma boa opção levar para casa, pois a maioria é produzida com farinhas refinadas; é quase como trocar 6 por meia dúzia.
Dessa forma, uma boa substituição consiste em misturar alguns tipos diferentes de farinhas sem glúten, tendo em vista a função de cada uma para, assim, chegar numa receita mais próxima possível das farinhas com glúten.
Principais farinhas sem glúten
Para fazer uma boa mistura e resultar numa farinha sem glúten satisfatória é importante compreender que há 3 tipos de farinhas: farinhas de estrutura, agentes de liga e agentes de leveza.
Em cada grupo há opções variadas que podem integrar diversas combinações. Confira, a seguir, cada uma delas.
Farinhas de estrutura
Veja quais são as farinhas sem glúten de estrutura:
- Farinha de arroz branco – sabor neutro e absorve menos água;
- Arroz integral – sabor neutro, rica em fibras e amido;
- Quinoa – rica em proteínas, carboidratos complexos, fibras, cálcio e ferro;
- Grão de bico – rica em vitaminas do complexo B, fibras, proteínas e está associada ao bem estar, pois contem triptofano;
- Coco – absorve muito líquido e é rica em fibras;
- Amaranto – considerada low carb;
- Trigo sarraceno – rica em antioxidantes, fibras e proteínas;
- Oleaginosas – rica em umidade e garante mais sabor às receitas.
Agentes de liga
Como o próprio nome já sugere, as farinhas que atuam como agentes de liga são importantes para garantir a elasticidade das massas. Confira, portanto, quais são elas:
- Farinha de linhaça – indicada para receitas que não precisam de ovos, rica em fibras e ácidos graxos;
- Chia – sabor mais intenso, garante maior saciedade;
- Psyllium – absorve muito líquido e deve ser usada em menor quantidade para não deixar a massa pesada.
Agentes de leveza
Assim como os dois tipos anteriores, as farinhas sem glúten consideradas agentes de leveza são importantes para o resultado final da receita. Os principais tipos são:
- Fécula de mandioca/polvilho doce – sabor neutro, garante viscosidade, leveza e flexibilidade;
- Fécula de batata – sabor neutro, indicada para receitas mais suaves;
- Polvilho azedo – garante expansão;
- Amido de milho – encorpa cremes e garante estrutura para massas em geral.
Receita de farinha sem glúten: uma misturinha para chamar de sua
Agora que você obteve todas essas informações é hora de colocar a mão na massa, quase que literalmente! Pois bem, trouxemos uma receita versátil que vai te ajudar a iniciar nessa nova jornada de substituição.
Entretanto, você pode criar outras combinações, sempre tendo em mente a proporção: 70% de farinhas de estrutura, 40% de farinhas agentes de leveza e 10% de agentes de liga, ok?
Para fazer essa farinha sem glúten, serão necessários os seguintes ingredientes e quantidades:
- 200 gramas de farinha arroz branco;
- 150 gramas de farinha arroz integral;
- 10 gramas de xantana;
- 130 gramas de fécula de batata;
- 50 gramas de polvilho doce.
Agora, para preparar, basta misturar todas as farinhas e armazenar em um pote limpo, seco e com tampa (de preferência de vidro e hermético). Depois disso, é só aproveitar a sua farinha sem glúten!